O engagement no trabalho

O engagement no trabalho
Sara Clemente

Escrito e verificado por psicóloga e jornalista Sara Clemente.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Provavelmente você consegue identificar a pessoa de seu ambiente de trabalho que demonstra mais motivação e dedicação em seu cargo. Seria o melhor exemplo para explicar as características principais do engagement no trabalho. Um tipo de estado emocional positivo caracterizado pela energia, a dedicação e a eficiência no local de trabalho.

Engagement (do inglês ‘compromisso’) é um termo muito utilizado atualmente pelos gurus da administração de recursos humanos das empresas.

Além de sua utilidade como estratégia para aumentar a competitividade das organizações, são muitos os benefícios que o engagement proporciona ao trabalhador. Continue lendo para conhecê-los.

Como detectar o engagement no trabalho

As pessoas que têm engagement no trabalho são comprometidas e estão muito envolvidas emocionalmente com a companhia. Não significa que não tenham vida social fora do escritório, mas que o tempo em que estão nele é aproveitado ao máximo. Ou seja, centram-se em frutificar as oportunidades que lhe permitem gerar benefícios para a sua empresa.

Mulher feliz por conquistas profissionais

Este pessoal se caracteriza por não se queixar de sua empresa nem falar mal dela com o resto da equipe. Muito pelo contrário. Mostram-se orgulhosos de ter esse vínculo trabalhista e falam disso com seu círculo mais próximo. Expressam sentimentos positivos pela sua corporação, e não de maneira forçada, mas porque realmente se sentem bem em seu cargo e com os colegas de trabalho.

Além disso, quando a empresa tem iniciativas e novos projetos, se mostram muito interessados em conhecer as novidades e querem fazer parte delas. Se envolvem de tal maneira no que é pedido que costumam dar o máximo de si. Neste sentido, não se importam em fazer horas extras não remuneradas se com isso conseguirem solucionar problemas relacionados à empresa.

Não é vício em trabalho

Por todas as características anteriores, seria possível pensar (erroneamente) que estas são pessoas viciadas em trabalho. Não se trata disso, já que os viciados se sentem mal quando estão fora de seu emprego e em seu tempo livre, e além disso, sofrem de tensão nervosa, ansiedade e incômodo constantes.

As pessoas com engagement no trabalho têm um estado emocional completamente diferente dos viciados. Mostram-se muito positivos, motivados, enérgicos e sentem-se plenos e felizes. E não somente no quesito profissional, mas também no pessoal.

Além disso, na grande maioria dos casos gozam de boa saúde, baixos níveis de estresse e altos de autoestima. Confiam em seu esforço, seus recursos e seu espírito de sacrifício para superar os desafios que se interpõem em seu trabalho. Mostram-se responsáveis e autônomos na resolução de problemas.

Como contribuem para a empresa

As pessoas com engagement no trabalho executam de maneira muito eficaz o que lhes é pedido. São muito responsáveis e inclusive, por vezes, fazem mais do que precisariam. Com isso, contribuem para a otimização de seu rendimento trabalhista e geram um saudável estado organizacional. Seu modo de sentir e de viver a experiência trabalhista contagia o resto da equipe, e conseguem, em muitas ocasiões, espalhar seu engagement individual e torná-lo coletivo.

Colegas de trabalho unidos

Como promover o engagement no trabalho?

Como acabamos de mencionar, são os próprios trabalhadores que, em muitas ocasiões, favorecem a expansão do engagement na empresa. Assim, causam nos demais essa vontade de se comprometer com suas tarefas, de interiorizar os valores da companhia e de aproveitar a oportunidade para desenvolver sua vocação de trabalho.

Não obstante, nas fases de seleção dos candidatos deve-se priorizar as bases desta filosofia empresarial. Os futuros empregados devem ter, na própria entrevista de emprego, uma pré-disposição a falar de seu compromisso com o mesmo. Isto é, devem se sentir de alguma maneira identificados com o que a empresa lhes oferece e apontar razões para essa personalização.

Igualmente, o entrevistador deve compartilhar os valores da companhia para facilitar aos possíveis empregados a familiarização com eles. Como vemos, é um trabalho bidirecional. O candidato tem que estar motivado para passar a fazer parte da empresa e o recrutador de talentos deve mostrar-lhe o caminho.

De maneira geral, há três fatores que facilitam o engagement no trabalho: a realização pessoal, a boa relação entre colegas e um bom salário. A empresa que consegue manter a percepção destes três aspectos alta entre seus trabalhadores terá maiores possibilidades de melhorar seu rendimento com eficácia.

Para atingir este nível de compromisso entre os empregados, podem ser oferecidos programas contínuos de formação e capacitação. Com eles, percebem que sua aprendizagem não está estancada e que as possibilidades de progredir em seu posto são reais. Além disso, é conveniente que possam discutir os problemas ou desafios que enfrentam de maneira aberta e com confiança. Ou seja, um chefe que se preocupa com as dificuldades de seus subordinados não só beneficiará seu departamento, mas toda a companhia.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.