O que é o estilo de vida minimalista?

O que é o estilo de vida minimalista?
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Diz o arquiteto e escritor John Pawson que “o minimalismo, mais do que uma arquitetura, é um estilo de vida”. Ele foi entendido desta maneira por um grupo de famílias que criou uma plataforma onde ensina o que é o estilo de vida minimalista.

A plataforma em questão se chama The Minimalists, e nela eles tentam dar um sentido à vida. Como? Por exemplo, criando alternativas para a necessidade material que nasce da publicidade e que a própria sociedade acaba potencializando.

O que é o estilo de vida minimalista?

Segundo os minimalistas, hoje nós vivemos em um entorno estimulante demais. Além disso, muitos desses estímulos são anúncios concentrados em motivar o consumo; isso faz com que, a cada dia, nós acreditemos que existem mais objetos considerados imprescindíveis para o nosso bem-estar.

Seguindo o pensamento minimalista, cada nova compra nos faz ficar mais pesados. Ou seja, nosso plano emocional fica sobrecarregado, e acabamos deixando de lado algumas partes essenciais do ser humano, como a liberdade.

Casal fazendo compras

Por isso, os defensores do estilo de vida minimalista Ryan Nicodemus e Fields Millburn o definem como uma ferramenta que serve de catalisador para nos desfazermos dos excessos. Para quê? Para que possamos focar aquilo que é realmente importante e que nos trará a felicidade, a liberdade e a realização.

Se você está interessado no estilo de vida minimalista, existe uma série de características que o definem partindo de uma ideia única que as estrutura e inspira: eliminar necessidades materiais e artificiais e se concentrar na parte pessoal.

Elimine o que é acessório ou supérfluo

Basicamente, eles pregam que devemos eliminar tudo aquilo que não seja necessário. Se, durante a sua vida, você esteve armazenando objetos inúteis, trata-se de fazer um exercício de organização para esvaziar esses espaços, de maneira que eles possam ser liberados ou preenchidos com elementos que cubram necessidades reais.

A sabedoria mais tradicional lembra que o apego pelos bens materiais nos faz, de alguma forma, escravos. A acumulação nos faz perder tempo limpando, organizando ou mantendo tudo isso, o que supõe um obstáculo para empregar os nossos recursos naqueles assuntos que são realmente importantes. Desta maneira, os minimalistas convidam as pessoas a esvaziar as gavetas e os armários, eliminando tudo aquilo que, na verdade, não serve para nada.

“Se você quer criar algo belo, só tem que torná-lo necessário, nada mais”.
– Giorgio Armani –

Combata o apego aos objetos materiais

Às vezes nos afeiçoamos aos objetos e, por isso, não os jogamos fora. Na verdade, eles podem ser cheios de lembranças para nós. No entanto, o minimalismo lembra que, na realidade, muitas lembranças estão na memória da pessoa, e não no objeto em si.

Os minimalistas afirmam que devemos nos projetar para o futuro, e não para o passado. Então, o apego deve ser com as pessoas, começando pelo próprio indivíduo, e não com os bens materiais.

Organização e simplicidade no lar

Os minimalistas também defendem a ideia de ter um lar organizado, onde a simplicidade seja o tema dominante. Cada coisa que conservamos deve ter um uso específico e, por essa razão, ela tem que ter o seu próprio espaço. Além disso, se sempre colocarmos os objetos no mesmo lugar, será mais fácil encontrá-los.

“Existem momentos em que o gosto pela simplicidade se torna um sentimento quase generalizado”.
– John Pawson –

Mulher trabalhando em casa

Controle consumista

Outro aspecto importante que o minimalismo valoriza é o controle do consumo. Devemos ser cuidadosos com as compras, já que, em muitas ocasiões, adquirimos bens que não servem para nada.

Eles também defendem outra máxima, que é substituir cada coisa que entra no lar por outra que deve ser jogada fora, doada ou vendida. Assim, se algum dos seus bens já perdeu a sua vida útil, não o acumule.

Digitalização

Outra opção adotada pelos minimalistas é a digitalização. Eles defendem a ideia de acabar com os álbuns de fotos, as contas, as cartas, as faturas, os ingressos, etc. Primeiro devemos tirar uma foto ou escanear o documento, depois iremos guardá-lo digitalizado, e por último jogamos fora o original.

Outras opções minimalistas

Existem outras pautas adotadas pelos minimalistas. Como você pode imaginar, todas elas apostam em simplificar a vida e reduzir os bens materiais:

  • Simplificar a tecnologia. Ou seja, não possuir telefone celular, iPod, iPad, laptop, computador de mesa, etc. O ideal é tentar diminuir tudo isso ao menor número possível de dispositivos.
  • Eles também nos estimulam a controlar o consumo da informação. Dado que estamos expostos a muitos estímulos, perdemos a concentração e um tempo valioso sem estarmos realmente bem informados, na maioria dos casos.
  • Selecionar compromissos é outra máxima. Não perca o seu tempo com encontros que não vão adicionar nada à sua vida. Devemos ser mais produtivos e, por isso, às vezes é preciso dizer não.
  • Acumular experiências, em vez de objetos, também é outra de suas características.
  • Finalmente, eles tentam controlar a mente, se concentrando no que é realmente importante e buscando o equilíbrio emocional.

Este é o estilo de vida minimalista. Aprender a viver o presente, se dirigindo para o futuro, aproveitando as pequenas experiências e acumulando somente os bens necessários. Você se sente atraído por esta abordagem?


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  • González, G. L. (2017). Sobre continuidad, especificidad, minimalismo y símbolos. Algo más sobre el enfoque modular e internista. Ludus Vitalis12(22), 203-212.
  • Ramos, J. (2019). Minimalismo. XinXii.
  • Sólyom, A. (2018). Minimalismo vital: Simplicidad para una vida plena y con sentido. Integral: Vive mejor en un mundo mejor, (463), 52-57.

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