5 estratégias de neuromarketing com as quais eles nos fazem comprar

O neuromarketing nos permite saber como uma pessoa pensa, sente e decide na hora de adquirir produtos ou serviços. As estratégias a seguir são algumas das mais utilizadas para influenciar nossa decisão de compra.
5 estratégias de neuromarketing com as quais eles nos fazem comprar
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Queremos pensar que somos seres racionais, que tomamos decisões com liberdade e cuidado; no entanto, nosso desejo está longe de ser realizado, pois muitas vezes processos inconscientes entram em jogo em nossa tomada de decisão de consumo. As estratégias de neuromarketing exploram precisamente esse ponto cego para influenciar nossas decisões de compra. Quer conhecer algumas das mais usadas? Convidamos você a continuar lendo!

Toda campanha e estratégia publicitária busca despertar a atenção do consumidor, persuadi-lo e convencê-lo a adquirir o produto ou serviço que é oferecido. No entanto, esse processo é otimizado graças ao neuromarketing, pois leva em consideração quais estímulos e táticas produzem as respostas neurológicas e emocionais que levam à compra. Existem várias estratégias e aplicações, e com certeza você já conhece mais de uma.

Estratégias de neuromarketing aplicadas a vendas

Para que um processo de vendas seja bem-sucedido, não basta divulgar as características do que é oferecido; é preciso conhecer o consumidor, entender seus pensamentos, suas emoções e suas decisões.

Por que escolhemos um produto e não outro, o que nos motiva, o que nos move, como respondemos a cada tipo de informação… Ter as respostas para essas perguntas é extremamente valioso para conseguir uma conversão. E é isso que a neurociência aplicada ao marketing oferece.

Vejamos algumas das estratégias mais usadas.

Homem comprando pelo computador
O neuromarketing destina-se a influenciar as decisões de compra.

1. Envolver os sentidos

Para captar a atenção do consumidor é importante envolver os sentidos e fazê-lo de forma adequada. A visão é o principal meio de estimulação, que permite captar a atenção e fazer com que a pessoa processe uma quantidade maior de informações.

Por isso, cuida-se do aspecto visual da embalagem, da imagem da marca ou da elaboração de anúncios ou páginas da web. Existem vários aspectos a ter em conta, por exemplo:

  • A psicologia da cor nos permite entender quais emoções cada tom gera na pessoa e poder usá-las de acordo com nossa conveniência.
  • A tipografia (mais simples ou original) ajuda a mensagem a ser lida com mais clareza ou, pelo contrário, a pessoa passar mais tempo interagindo com o produto.
  • Foi visto que as formas orgânicas são preferidas pelo cérebro em comparação com as geométricas, portanto, usá-las pode fornecer uma vantagem.

No entanto, o resto dos sentidos também tem muito a contribuir. Uma melodia cativante associada a uma marca ou um certo cheiro ao entrar em uma loja pode influenciar na decisão de compra.

2. Apelar ao cérebro emocional

Embora pensemos que decidimos racionalmente, a verdade é que o fazemos a partir do cérebro emocional. Por isso, as estratégias de neuromarketing que apelam às emoções (gerando nostalgia, medo, raiva, desejo…) são tão eficazes.

Da mesma forma, recorrer à empatia (criar personagens ou contar histórias com as quais o consumidor se possa identificar) também dá muito bons resultados.

3. Criar um sentimento de pertencimento e aproveitar a identidade social

O sentimento de pertencimento é uma necessidade humana básica: ansiamos e gostamos de sentir que fazemos parte de um grupo. Por esse motivo, muitas marcas se concentram em fazer com que os usuários se identifiquem com uma série de valores associados ao seu produto ou imagem.

Assim, ao pertencer a esse grupo, o consumidor se sente especial, importante e identificado com a cultura ou filosofia proposta, e isso gera fidelidade.

4. Brincar com o preço

O preço é um dos aspectos mais relevantes no processo de venda, pois pode ativar a ínsula cerebral (relacionada a eventos dolorosos). Um preço mal ajustado pode levar à rejeição da compra pelo mesmo motivo, pois a pessoa não percebe que o custo corresponde ao valor que é oferecido.

Agora, se mostrarmos o produto antes do preço, isso pode mitigar o efeito e tornar o custo mais aceitável.

Por outro lado, é sabido que os números redondos são menos apropriados se queremos que um preço seja aceito. 19,90 ou 19,99 sempre vão gerar mais receptividade que 20. Por isso, na maioria das lojas e empresas observamos essa estratégia.

5. Optar pela escassez e exclusividade

Existem duas formas de estimular o consumo que podemos identificar facilmente nas lojas online. Se criarmos a sensação de que um produto é exclusivo e escasso, é mais provável que surja uma vontade de adquiri-lo, o que precipitará a decisão de compra.

Isso se consegue gerando a ideia de que o serviço ou produto não está disponível para todos, seja pelo preço, seja porque as cotas são limitadas ou porque restam poucos exemplares.

Mulher fazendo compras em uma loja online
Quando é transmitida a ideia de que um produto não está disponível para todos, é mais provável que as pessoas queiram comprá-lo.

Aprenda estratégias de neuromarketing para tomar decisões inteligentes

Essas são apenas algumas das estratégias que o neuromarketing oferece na hora de aplicar nas vendas. Obviamente, não podemos estar totalmente cientes de todos os processos cerebrais que ocorrem quando um produto chama nossa atenção ou quando decidimos comprá-lo, mas saber como nossa mente funciona pode nos ajudar a não nos deixarmos levar tão facilmente.

Prestar atenção a estes tipos de iscas mentais e técnicas nos tornará, no mínimo, mais conscientes do porquê de decidirmos como fazemos. E, é claro, se estamos do outro lado e queremos aumentar nossas vendas, elas podem ser muito úteis.


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  • Knutson, B., Rick, S., Wimmer, G. E., Prelec, D., & Loewenstein, G. (2007). Neural predictors of purchases. Neuron53(1), 147-156.

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