Por que eu sinto tanto sono? Causas e soluções

Por que eu sinto tanto sono? Causas e soluções
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Escrito por María Hoyos

Última atualização: 29 dezembro, 2022

A sensação de lidar com um excesso de sono de maneira ininterrupta pode ser o sintoma de uma doença, ou a consequência lógica de não descansar bem durante os períodos destinados ao relaxamento.

Estamos nos referindo a situações em que a necessidade de dormir surge fora dos horários destinados a esta atividade, e o tempo dormindo supera as 8 horas diárias.

Isso não deve ser confundido com a fadiga ou a apatia, que costumam ser causadas pela falta de ocupação física e mental. Por outro lado, a necessidade de dormir a todo momento pode estar motivada por uma depressão, ou por uma etapa de muito estresse.

Os transtornos relacionados ao excesso de sono

O excesso de sono pode ser causado por muitas doenças relacionadas a este aspecto tão fundamental da nossa saúde. Elas também são chamadas de transtornos do sono, e incluem a hipersonia, a narcolepsia e a síndrome de Kleine-Levin, também chamada de “Síndrome da Bela Adormecida”.

Insônia

Hipersonia

A hipersonia se subdivide em diferentes tipos, mas todos eles fazem referência ao excesso de sono durante o dia. A hipersonia não impede o sono noturno, por isso as pessoas que sofrem dela dormem sem maiores problemas durante a noite.

O sono que elas experimentam tende a aparecer em situações monótonas, nas quais a estimulação se encontra abaixo de um determinado limite. Exemplos destes tipos de situações podem ser palestras, reuniões de trabalho ou o cinema.

Em nenhum momento este sono diurno é reparador, por isso os pacientes se sentem frustrados durante a sua rotina por causa da sensação de sono constante que os impede de sentir que estão realmente descansados.

A síndrome de Kleine-Levin

Um tipo de hipersonia, a hipersonia crônica, está relacionada com a síndrome de Kleine-Levin, que não é muito comum e afeta principalmente os homens.

Os episódios de sono extremo nesta doença acontecem com uma frequência de 1 a 10 vezes por ano, e a sua duração varia entre dias e semanas. Estas pessoas conseguem dormir de 16 a 18 horas.

Narcolepsia

Os pacientes com narcolepsia passam incrivelmente rápido da fase de alerta para a fase REM, por isso eles sofrem de “ataques de sono” em situações inesperadas.

Estes “cochilos” duram algumas horas e, apesar do efeito deles ser reparador, a necessidade de dormir aparece novamente depois de 2-3 horas. Esta necessidade é muito perigosa, já que eles podem acabar dormindo enquanto estão caminhando ou dirigindo um veículo.

Estratégias para prevenir e combater o excesso de sono

Detectada a necessidade irregular de dormir, o primeiro passo é consultar um especialista no assunto. Além disso, manter bons hábitos relacionados com o descanso sempre será benéfico, independentemente de termos ou não uma patologia do sono.

Estas são algumas dicas que podemos seguir:

  • Beber água suficiente. Uma hidratação ruim fará com que nos sintamos mais cansados. Se realmente tivermos uma doença do sono, não devemos piorá-la com o mau hábito de não beber água. Com esse costume também estaremos favorecendo o bom funcionamento geral do nosso corpo.
  • Afastar-se do estresse. As situações que geram estresse afetam a qualidade do sono e acabam provocando alterações no mesmo. Pode ser que tenhamos a sensação de ter dormido profundamente durante muitas horas, mas na verdade podemos ter dormido um sono muito leve.
  • Rodear-se de emoções positivas. As emoções negativas favorecem a fadiga e afetam o nosso organismo de muitas outras maneiras. Quando estamos de mau humor ou angustiados, só queremos saber de dormir.
  • Criar padrões saudáveis. Um bom método para regular o sono é manter uma rotina: ir para a cama sempre na mesma hora, evitar os cochilos muito longos e em horários variados, e dormir sempre uma quantidade saudável de horas. Desta forma, o nosso ritmo circadiano se manterá em perfeito estado.
Mulher dormindo tranquilamente

Pensemos que o nosso padrão de sono pode ser modificado por diferentes circunstâncias do entorno; isso não é necessariamente um indicador de doença. A nossa forma de dormir muda constantemente em função da idade, dos hábitos ou de como nos relacionamos com o ambiente.

É por isso que, diante de qualquer suspeita ou preocupação, devemos consultar um especialista e aplicar as estratégias citadas (solucionando ou não o problema, elas vão conseguir nos ajudar a descansar melhor).


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