Faça com que o amor valha a alegria, e não a pena

Faça com que o amor valha a alegria, e não a pena

Última atualização: 16 setembro, 2015

O amor sempre vale a pena, em qualquer idade, em qualquer circunstância. No entanto, devemos ser claros e lembrar que não serve qualquer tipo de amor. Não serve o amor doloroso, aquele que sufoca e faz com que você pare de ser você mesmo, como se algo em você ficasse preso dentro da insuportável bolha de infelicidade.

Ninguém vem a este mundo sendo um verdadeiro guru dos relacionamentos. Todos nós aprendemos, sofremos, choramos e sorrimos. Porque somos criaturas que experimentam as emoções mais intensas, aquelas que nos deixam de cabeça para baixo ou que nos enriquecem como almas, com o coração aberto.

O amor é uma aventura, um salto. O risco sempre vale a pena se tivermos o paraquedas da autoestima, e a maturidade para estabelecemos alguns limites e prioridades. A prioridade deve ser sempre a felicidade pessoal. Sua alegria.

Como conseguir que o amor valha a alegria e não a pena?

Não existe uma fórmula mágica que vai ajudar a todos nós da mesma forma. Cada um tem em si uma história, necessidades, valores e uma maneira de entender as relações pessoais.

No entanto, uma vez que desejamos acima de tudo ser felizes e parar de sofrer, é preciso manter sempre em mente certos pilares que podem nos dar alguma direção. Aqui vão eles:

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1. Não idealize a pessoa amada

Você provavelmente já se pegou falando consigo mesmo, ou com alguém, sobre o seu parceiro: “Ele é o homem/a mulher ideal. Só de me olhar já sabe como eu me sinto, me faz rir e sonhar, ele é perfeito em tudo. Tenho muita sorte”.

Pode ser que sim, essa pessoa pode realmente ter grandes virtudes. Porém, nunca se permita ver o mundo através de ilusões que impeçam de enxergar a realidade.

O amor nos oprime e nos inflama, nos faz mudar de comportamento, e muitas vezes demoramos a perceber que o que estamos fazemos, na verdade, é projetar os nossos desejos e necessidades em nossos parceiros.

Não idealize. Olhe para a pessoa que você ama com toda a realidade dela, em toda a sua complexidade, com suas virtudes e com os seus defeitos. Defeitos que, sem dúvida, você também tem. O amor é um grande desafio no qual duas pessoas imperfeitas se unem para criar um relacionamento perfeito.

2. Não dê tudo em troca de nada

O que você seria capaz de fazer por amor? Você deixaria sua família? Mudaria de cidade? De amigos? Priorizaria as necessidades de seu parceiro antes das suas? Você deixaria de lado seus próprios valores pela pessoa que ama? Pense objetivamente.

Amor não é oferecer tudo em troca de nada. Os relacionamentos amorosos devem ser uma troca contínua, onde ambos ganham e ninguém perde; não é um jogo de forças, mas sim de riqueza e descobertas, esforços mútuos e concessões negociadas.

3. Ame sem querer possuir

No momento em que as primeiras paredes e obrigações aparecem em nosso relacionamento, nós começamos a ficar sem ar. Se o seu parceiro proíbe, provoca, se em suas palavras você percebe chantagem, vitimização e acusações, esse amor não está trazendo alegria, mas sim tristeza.

Amor dependente, que possui e controla, não é um amor maduro e nem consciente. É um amor egoísta, que prioriza as próprias necessidades e medos: liberte-se dele.

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4. O verdadeiro amor começa no interior

É egoísmo amar a si mesmo? De forma alguma. Algumas pessoas passam a vida inteira esperando a pessoa certa, saltando de relacionamento em relacionamento sem nunca encontrar um parceiro que atenda as suas expectativas e necessidades.

Por que isso acontece? Lembre-se sempre dos seguintes pontos:

  1. Não procure uma pessoa para preencher o seu vazio ou aliviar seus medos. Torne-se primeiro essa “pessoa ideal”. Madura, equilibrada e confiável.
  2. Se você não começar a amar a si mesmo, vai passar a vida inteira esperando que outras pessoas o façam, que supram todas as necessidades que você tem e a todo momento. Você não deve forçar ninguém a resolver seus problemas, suas deficiências, ou curar suas feridas. Você não pode forçar alguém a amar-lhe incondicionalmente se não amar a si mesmo primeiro.
  3. Se você ama a si mesmo, se respeita, e se não teme a solidão, você será capaz de oferecer um amor mais sábio e mais maduro para a outra pessoa. Um amor que encha seu coração de alegria, e não de tristeza.

O amor deve ser oferecido com maturidade e integridade, sem pedir nada em troca. Um relacionamento pode ser rico, sem chantagem, construído por duas pessoas que trabalham juntas para tornar a vida uma grande aventura, cheia de alegria e aprendizado a cada dia.

Imagem cortesia de David Renshaw


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