Fobia social: medo de ser julgado

Fobia social: medo de ser julgado

Última atualização: 09 dezembro, 2016

A fobia social é um medo irracional que implica um grande mal-estar diante dos relacionamentos sociais. Aqueles que padecem desta fobia procuram se manter distantes e isolados, já que não gostam de  qualquer tipo de relacionamento e de interação com as outras pessoas.

É um tipo de fobia que tem muitas limitações, já que o contato humano é fundamental. Precisamos nos relacionar com nosso entorno em todos os âmbitos importantes da nossa vida, seja no profissional ou no familiar, para conhecer um pretendente ou começar e manter uma amizade.

Quem padece de fobia social evita todo tipo de circunstâncias nas quais tenha que ser forçado a interagir com outras pessoas. Contudo, muitas vezes isto não é possível. Portanto, não resta outra opção a não ser enfrentar situações que lhe são muito difíceis, principalmente porque não pode afastar a ideia da sua mente de que está sendo constantemente julgado.

Aprendi que a coragem não é a ausência de medo, mas sim o triunfo sobre ele. O corajoso não é aquele que não tem medo, mas sim aquele que derrota esse medo.
-Nelson Mandela-

Compreendendo a fobia social

Embora existam muitas fobias, a fobia social é uma das mais incompreendidas e paralisantes. Eventos sociais, festas, reuniões – em suma, situações nas quais for preciso se expor diante de outras pessoas – são as experiências mais temidas. Da sua antecipação nasce uma fuga que alimenta a sensação de ansiedade.

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O medo mais profundo nesta fobia é o de se ver diante de situações comprometedoras, que se tornam vergonhosas e humilhantes. Possuem essa natureza seja pelas consequências do próprio medo e da ansiedade, seja pela crença de se sentir incapaz de enfrentar tal situação.

Aqueles que padecem de fobia social se sentem incompreendidos e, de certa forma, marginalizados. A sua complexidade e importância está no fato de que a pessoa precisa do contato social que, ao mesmo tempo, evita. Sendo assim, a pessoa se sente dentro de um centro de forças que lhe provocam uma sensação desagradável.

Para que esta fobia seja diagnosticada como tal, precisa ser limitante para quem a sofre. Ele interfere na sua vida de uma forma paralisante, produzindo mal-estar grave, impedindo o desenvolvimento em diversos âmbitos do dia a dia.

Possíveis causas da fobia social

As causas desta fobia podem ser várias, e o período mais sensível no qual ela pode se desenvolver é na adolescência. Seu surgimento pode estar relacionado com pais que foram sempre superprotetores, e ela também pode aparecer a partir da falta de habilidades sociais.

Surge uma grande ansiedade diante das situações onde se antecipa uma interação social, nas quais pode haver algum tipo de contato e proximidade social. A ativação psicofisiológica que acontece nestas situações pode provocar sintomas como: taquicardia, angústia, tremores, rubor, gagueira e suor contínuo

Uma vez que a pessoa tenha adquirido esta fobia, é melhor consultar um especialista. As principais metas a trabalhar são o controle do medo irracional e do mal-estar provocado.

Temos dificuldade de aceitar e expressar nossas necessidades. Diante do próprio medo de sermos julgados, julgamos os outros.

O próprio medo de ser julgado

De uma forma ou de outra, todas as pessoas têm medo do julgamento dos outros quanto a capacidades, atitudes ou sentimentos, sejam passados, presentes ou mesmo antecipados. O problema se manifesta quando este medo começa a ser obsessivo, tornando-se limitante e patológico.

A queixa comum é que não somos compreendidos pelos outros e que ninguém nos entende. Nos queixamos da falta de empatia sem perceber que nossa atitude e nossos gestos são geradores dessa solidão e promotores da falta de afeto.

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A consciência e ato de olhar para si mesmo ajudam a não cair na armadilha de pensar que tudo que acontece é culpa dos outros. Em nosso próprio jeito de ver as coisas e de agir existem consequências, de modo que somos responsáveis também pelo que acabamos atraindo para a nossa vivência.

“Às vezes somos muito teimosos para admitir que temos necessidades, porque em nossa sociedade a necessidade é equivalente a fraqueza. Quando internalizamos a ira, esta costuma se expressar em forma de depressão e de culpa. A ira contida internamente muda nossas impressões do passado e distorce nossa perspectiva da realidade atual. Toda essa velha ira se transforma em um assunto pendente, não apenas com relação aos outros, mas também com nós mesmos.”
-Elisabeth Kübler-Ross-


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