Gosto de gente que me procura sem motivos e fica sem amarras

Gosto de gente que me procura sem motivos e fica sem amarras

Última atualização: 14 janeiro, 2016

Em nosso ciclo vital acumulamos diversos tipos de relações sociais. Amizades desde a infância que nunca caducam, colegas de trabalho eventuais, encontros casuais que adquirem mais valor do que a própria família…

Poderíamos dizer que o nosso dia a dia é composto por um complexo caleidoscópio social onde as emoções e os sentimentos podem ser muito diferentes e até contraditórios.

Entretanto, o que mais valorizamos nas pessoas é a autenticidade. Porque as pessoas humildes têm um aroma de simplicidade, e brilham nessa integridade que não sabe de chantagens, cargas ou duplos sentidos.

Reflita conosco agora sobre uma pergunta muito simples: Quantas pessoas “autênticas” há em sua vida? Pense não só nas suas amizades, mas também na família.

É possível que a contagem dessas pessoas não chegue aos dedos de uma mão. São pilares no seu dia a dia, eixos de rotação em sua alma, em seu coração, referências que nunca falham, e com quem você pode ser você mesmo, sem medo de julgamentos.

Falemos hoje em nosso espaço sobre as pessoas que nos procuram todos os dias sem que exista uma razão, só porque sim, porque você existe, porque é você.

Amigos, amores e família… Gente significativa que está na sua vida sem amarras, sem pesos e sem asfixiar. Só compartilhando vida, enriquecendo-a.

O tipo de pessoa que incluímos em nossas vidas

Costumamos dizer que as pessoas chegam ao mundo como caídos de uma chaminé.

Ninguém tem a opção de escolher um tipo de família nem o estilo de criação que receberá dela. Não podemos trocar nossas famílias, mas com o passar dos anos, podemos escolher a forma como nos relacionamos com ela.

O sangue faz família, mas há situações em que as pessoas que a integram nos fazem prisioneiros de suas amarras, das grades que impedem o nosso crescimento pessoal.

Por outro lado, o mesmo não ocorre quando saímos dessa primeira esfera familiar para entrar no complexo campo das relações sociais e afetivas. Que tipo de gente você costuma incluir em sua vida?

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Podem chegar a você  muitos tipos de personalidades. Alguns se encaixarão no quebra-cabeça de suas preferências, no atlas dos seus afetos e na campo de suas emoções, mas…

Como saber quais são as pessoas mais adequadas para nos dar uma felicidade autêntica?

O valor da reciprocidade

Não se trata de um “eu lhe dei isso e agora você me deve aquilo”. Não há nada material; trata-se de uma reciprocidade emocional e de uma compatibilidade onde não existem as chantagens, e menos ainda a necessidade de que a outra pessoa preencha vazios ou problemas próprios de cada um.

  • A reciprocidade é saber que o que eu invisto, me é correspondido. Se eu oferecer a você meu apoio, minha abertura emocional, e minha confiança, espero o mesmo de você.
  • No momento em que há um desequilíbrio, assim que uma das partes assume todo o esforço obtendo só carências, essa relação deixa de ser “consciente”, porque um dos dois atua de modo imaturo.
  • A reciprocidade se apóia também no reconhecimento. “Eu o reconheço como alguém importante em minha vida, portanto espero o mesmo de você.”

A autenticidade

Há quem diga que as pessoas autênticas não são muitas, que todas andam preocupadas em aparentarem ser o que não são ou o que precisariam ser.

As pessoas autênticas existem e sabem se mostrar como são. Aceitam suas virtudes e reconhecem seus defeitos, não têm necessidade de se defender de nada.

Quem é autêntico pratica a sinceridade, mas por sua vez, sabemos que é um tipo de sinceridade que ajuda e reconforta, e que em nenhum momento busca atacar ou julgar seus atos ou palavras.

– Frequentemente, e em especial no âmbito familiar, costuma aparecer muito a técnica do processamento e a sanção, o “Eu já sabia que não daria em nada”, “Digo isso para o seu próprio bem, mas você não é feito para empreender esse caminho”.

– As pessoas que são autênticas, humildes e sinceras  não julgam levianamente, nem censuram. Porque quem é autêntico dispõe de um bom autoconhecimento e uma empatia profunda.

Seja primeiro a pessoa que merece ser procurada

Não devemos cair no engano de depender das pessoas para sermos felizes, para preencher a outra metade do sofá ou para ser o ouvido das nossas preocupações cotidianas.

Da mesma maneira como procuramos a autenticidade nos outros, devemos praticar o mesmo tipo de comportamento em nós mesmos.

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  • Quer pessoas nas quais confiar? Demonstre que é de confiança.
  • Quer que lhe compreendam? Aprenda a escutar. Aprenda a se colocar no lugar do outro.
  • Quer que contribuam com alegria para a sua vida? Trabalhe primeiro na sua própria felicidade e aprenda a oferecê-la.

Se atualmente você tem em seu contexto social mais próximo pessoas que surgem com interesses ou segundas intenções, ou esse tipo de gente que fica colocando múltiplas amarras ao seu redor, reflita sobre o que deveria fazer para se sentir melhor.

Imagens cortesia: Karin Taylor, Nina de San.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.