Inteligência emocional no trabalho: por que ela é tão importante?

Inteligência emocional no trabalho: por que ela é tão importante?
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Um dos conceitos psicológicos mais difundidos fora do âmbito acadêmico é o da inteligência emocional, e hoje falaremos especificamente sobre a inteligência emocional no trabalho.

Diante da inteligência tradicional, que se refere à capacidade de resolver problemas e de utilizar a lógica, a inteligência emocional está relacionada com a nossa capacidade de entender e controlar as emoções, tanto as próprias quanto as alheias.

Apesar de as habilidades relacionadas a esta destreza poderem ser aplicadas a uma grande variedade de situações, é muito importante utilizar a inteligência emocional no trabalho. As pessoas que decidiram se informar e empregá-la nesse contexto notam uma grande melhora, tanto na sua satisfação profissional quanto nas relações com os seus colegas. Inclusive, alguns especialistas asseguram que se trata de um dos segredos para conseguir salários melhores.

Por esse motivo, neste artigo veremos de que maneira é possível aplicar o conceito da inteligência emocional no trabalho. Para isso, nos concentraremos em três âmbitos principais: a busca de um emprego, o desempenho profissional e a liderança. Mas, antes de entrar especificamente nesse tema, esclareceremos o que é a inteligência emocional e no que ela influi exatamente.

Reunião de trabalho

O que é a inteligência emocional?

Tal e como foi definida por Goleman, o criador desse conceito, a inteligência emocional é formada por cinco habilidades diferentes:

  • Autoconhecimento: Ou seja, a capacidade de compreender os nossos próprios sentimentos e estados de ânimo. Também consiste em saber quem somos, nossos valores, metas e habilidades.
  • Autorregulação: Falamos da capacidade de controlar as nossas próprias emoções. Desta forma, podemos utilizá-las a nosso favor em vez de ter que lutar contra elas.
  • Motivação: Trata-se da habilidade de estabelecer metas exigentes para nós mesmos e nos concentrarmos para conseguir alcançá-las apesar das dificuldades.
  • Empatia: Também conhecida como a capacidade para entender os sentimentos, as emoções e as necessidades dos outros. Às vezes a empatia é descrita como “se colocar no lugar do outro”.
  • Por último, as habilidades sociais, todo o conjunto de destrezas que ajudam a nos relacionar de forma mais efetiva com os outros. Elas incluem diferentes habilidades, como a liderança, a persuasão ou a intuição social.

Essas cinco dimensões são fundamentais para desenvolver a inteligência emocional no trabalho, mas cada uma delas será mais vantajosa em uma situação diferente.

Inteligência emocional no trabalho: como usá-la para conseguir um emprego

Para poder utilizar a inteligência emocional, primeiro é necessário conseguir um trabalho. Assim sendo, a inteligência emocional é uma habilidade fundamental para conseguir uma vaga de emprego.

Hoje em dia, conseguir “uma vaga de trabalho adequada” não depende só das habilidades “técnicas”; o nosso sucesso estará marcado pela empatia, a maneira como nos comunicamos e as habilidades sociais.

Devido à grande competição existente no mercado profissional, a decisão tomada pelo departamento de recursos humanos pode estar muito mais influenciada pelas emoções (deles e nossas) que realmente pelo nosso currículo.

Mulher organizando agenda no trabalho

Por outro lado, a autorregulação também será fundamental durante nossa busca de emprego. Sem ela, não seremos capazes de persistir diante das primeiras rejeições, o que vai nos desmotivar e dificultar ainda mais a tarefa de conseguir uma vaga de trabalho que nos agrade.

A inteligência emocional na vaga de emprego

Pois bem, o uso da inteligência emocional no trabalho não acaba quando já conseguimos a vaga de emprego. Ao contrário, em um entorno tão desafiador como o das empresas modernas, as cinco habilidades descritas por Goleman são fundamentais. Além do mais, elas são importantes tanto para o nosso desempenho quanto para o nosso bem-estar emocional.

Muitos trabalhadores dizem se sentir insatisfeitos com a sua profissão. Ainda que, evidentemente, existam muitos fatores que possam influir nessa cifra, sem dúvida a falta de inteligência emocional tem uma boa parte da responsabilidade de que esse dado seja tão alto:

  • Como vamos escolher um emprego que nos agrade… se não entendemos a nós mesmos? (autoconhecimento).
  • Quando alguma coisa dá errado, deixaremos que a apatia controle nossas vidas ou seguiremos em frente? (autorregulação, motivação)
  • Seremos capazes de entender os nossos colegas e ter uma boa relação com eles, apesar das diferenças que possamos ter com os mesmos? (empatia, habilidades sociais).

A inteligência emocional para os gestores

Por último, o que aconteceria se você tivesse que dirigir uma equipe de trabalho? Poderíamos pensar que, então, aqueles que precisariam de inteligência emocional são os funcionários, não?

Entrevista de emprego

Isso é totalmente contrário à própria realidade. Para um chefe ou gestor, a capacidade de motivar os seus funcionários e de entender como eles se sentem é fundamental na hora de conseguir um ambiente de trabalho agradável. Sem ela, seria impossível se transformar em um líder que seja melhor para o grupo, e por isso teríamos problemas com os nossos colegas de trabalho.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.