7 maneiras fáceis de aumentar o seu controle mental
O domínio de si mesmo é chamado de controle mental ou autocontrole . Em qualquer um desses significados existe um fato que devemos ter claro: não há mágica nesse tipo de processo, mas muita psicologia. Estamos diante de uma valiosa capacidade que todos devemos treinar em algum momento para administrar o nosso mundo interior de forma inteligente, construtiva e útil.
Muitas vezes diz-se que as pessoas têm uma verdadeira obsessão por controlar tudo, até a si mesmas. No entanto, essa é uma meta impossível de ser atingida em sua totalidade (o que não significa que não exista espaço para melhorias).
O controle mental pode nos ajudar, entre outras coisas, a reduzir o impacto do estresse. Longe de ver essa competência como uma aptidão quase sobrenatural, devemos entendê-la como uma habilidade que, quando colocada a nosso favor, pode trazer equilíbrio e bem-estar.
Afinal, controlar os pensamentos é o segredo para melhorar o humor, o foco e até mesmo a produtividade. Vejamos mais dados a esse respeito.
“Quem conquista os outros é forte; mas quem conquista a si mesmo é poderoso”.
-Lao Tse-
1. O autoconhecimento aumenta o controle mental
Estudos como o realizado no Instituto UCL de Neurociência Cognitiva da London College de Londres nos mostram algo interessante. O nosso universo mental é muito semelhante ao de um computador. Nós criamos conexões, os pensamentos viajam através de impulsos elétricos e, por sua vez, temos um cérebro altamente especializado.
No entanto, existe algo que nos diferencia claramente das máquinas: as nossas emoções e senso de consciência.
- O autoconhecimento é a dimensão com a qual nos conectamos com o que somos, o que queremos, esperamos e precisamos.
- Um bom número de pessoas não saberia como identificar as próprias motivações mais profundas ou expor as realidades internas pelas quais iniciam, mantêm ou encerram seus comportamentos / hábitos.
- Deste modo, uma estratégia chave para aumentar o nosso controle mental (e bem-estar) é mergulhar em nós mesmos. Saber quem somos, o que nos identifica e o que esperamos nos permite encontrar motivação para assumir o controle da nossa vida.
2. Desativar o piloto automático
Viver no modo “piloto automático ” é passar a vida sem prestar muita atenção em nada, abstraído, em uma dimensão distante do que está acontecendo. Passamos de um pensamento a outro e de um comportamento a outro, sem ter a menor ideia do por quê. Sentimos que a vida está nos “levando”, mesmo que não saibamos exatamente para onde.
Seria impossível estar atento a tudo o tempo todo: teríamos praticamente que desistir da nossa vida mental; entraríamos em colapso. O que é possível é fazer pausas, parar um pouco para ver onde estamos e se vamos pelo caminho que realmente queremos percorrer. Essas pausas se traduzem em uma maior consciência e isso, por sua vez, em mais controle mental.
3. Diminuir o ritmo, apreciar o presente, assumir o controle
Aprender a desativar o impulso de uma emoção não é nada fácil. Especialmente se fomos criados em um ambiente que não dava grande importância ao controle dos impulsos. Talvez o nosso estilo de vida atual seja governado pela pressa, exigências, ansiedade e o “tudo tem que estar pronto para amanhã”.
Aprender a estar mais presente, diminuir o ritmo e controlar as próprias emoções é um grande passo em direção ao avanço. Uma maneira de treinar o nosso foco mental para apreciar o aqui e agora e aumentar o controle mental é praticando a atenção plena.
Estudos como o realizado no Hospital Geral de Massachusetts pela Dra. Elizabeth A. Hoge nos mostram que essa disciplina é muito benéfica para a redução do impacto da ansiedade e na mediação de nosso bem-estar psicológico.
4. Mastigar e digerir a frustração
Quem não experimentou a frustração (aquela sensação de que a realidade não atende às nossas expectativas que surge quando, apesar de todos os nossos esforços, não obtemos o resultado desejado)? Algumas são pequenas, outras gigantes. Um amor que não deu certo, uma vocação que não viu a luz, um dinheiro que faz falta…
Os motivos podem ser muitos. Todos estamos imersos em uma realidade que nos obriga a desistir constantemente. Isso é normal. A questão é que alguns aceitam esse fato e outros não.
Não é fácil aprender a aceitar, mastigar e digerir a frustração. Do contrário, a raiva pode facilmente dominar os nossos corações, mentes e vidas. Também é fácil que nos tornemos mesquinhos.
Não vale a pena. Portanto, aprendamos a controlar esse para mal-estar para melhorar a nossa saúde emocional.
5. Saia da zona de conforto
Sair da zona de conforto traz imensos benefícios. Um dos mais importantes é que isso nos ajuda a sermos mais flexíveis e adaptáveis. Por sua vez, esse exercício estimula o desenvolvimento da nossa inteligência, tanto lógica quanto emocional. Desta forma, quase sem perceber, como se este fosse um efeito secundário da nossa atitude, nos tornamos mais tolerantes e donos das nossas próprias emoções.
Não somos máquinas nem precisamos “funcionar” corretamente o tempo todo. A questão do controle mental deve ser sempre considerada como algo relativo, especialmente quando exerce muita pressão sobre nós.
6. Fortaleça a sua inteligência emocional
Em termos gerais, a inteligência emocional se refere à capacidade das pessoas de reconhecer as próprias emoções e as dos outros; discriminar os diferentes estados emocionais e nomeá-los de forma adequada, bem como regular as emoções para se adaptar ao contexto ou atingir objetivos.
Dito isso, além do autoconhecimento, a inteligência emocional engloba também o desenvolvimento da empatia e das habilidades sociais, na qual todos desempenham um papel importante em alcançar o controle mental.
7. Estabeleça metas realistas
Definir metas de curto e médio prazo pode nos ajudar a fortalecer o controle metal, pois nos auxilia a manter o foco na meta e favorece a nossa saúde mental. Neste ponto, é pertinente enfatizar que esses objetivos devem ser claros, realistas e motivadores. Caso contrário, estaremos mais sujeitos à frustração.
Para concluir, destacamos que o controle das nossas emoções aumenta quando a ansiedade diminui. Quando tivermos aprendido estratégias para saber expressar a energia que acompanha a emoção da forma mais favorável aos nossos interesses e aos daqueles que nos rodeiam.
Portanto, vamos aplicar essas ferramentas psicológicas no dia a dia para melhorar a qualidade e o controle dos nossos pensamentos. O esforço valerá a pena.
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- Monsell, S. (1996). Control of mental processes. In V. Bruce (Ed.), Unsolved mysteries of the mind: Tutorial essays in cognition (pp. 93–148). Hove, UK: Erlbaum.
- Coltheart M (2006) What has functional neuroimaging told us about the mind (so far)? Cortex;42:323–331