O mito de Eros e Psiquê

O mito de Eros e Psiquê retrata uma história de amor. Ele diz que esse sentimento surge do acaso e se nutre dos sentimentos que inspira além da aparência física. Também diz que é baseado na confiança e que, talvez, seja o melhor motivo para perdoar.
O mito de Eros e Psiquê
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 14 maio, 2020

O mito de Eros e Psiquê fala sobre uma das três filhas do rei da Anatólia, que não era apenas a mais bonita entre todas as locais, mas também a mais bonita do mundo.

Diz-se que quem a via ficava impressionado com sua beleza. Por isso, a deusa Vênus começou a sentir ciúmes. Não aceitava o fato de que uma mortal fosse mais bonita do que ela. Os homens, em vez de adorar Vênus em seus templos, iam até onde Psiquê estava para contemplar sua beleza.

A deusa não suportou mais essa afronta e, por isso, pediu a seu filho Eros que a procurasse e a acertasse com uma de suas flechas, de modo que ela se apaixonasse pelo ser mais horrível que existisse.

Eros, obediente como sempre, fez o que sua mãe ordenou. No entanto, acidentalmente, acabou acertando a si mesmo com a flecha que atiraria em Psiquê. Isso fez com que ele se apaixonasse perdidamente por ela.

O deus do amor nunca havia se apaixonado, então não sabia como agir. Por isso, não teve escolha senão pedir a ajuda de Apolo, deus da luz e da verdade.

“O amor é um crime que não pode ser realizado sem um cúmplice”.
-Charles Baudelaire-

Estátua do cupido

Um estranho destino

O mito de Eros e Psiquê conta que o próprio deus Apolo não sabia como agir. Ele pensou que, a princípio, o melhor era afastar todos os pretendentes da garota. Com seu poder, fez com que os homens admirassem Psiquê, mas não a amassem.

Assim, todos exaltavam sua beleza, mas ninguém queria se casar com ela. As duas irmãs de Psiquê já haviam se casado e ela, por outro lado, não. Seu pai, afligido por essa má sorte, pediu a ajuda dos deuses.

Apolo sabia que o amor de Eros deveria permanecer em segredo porque, do contrário, Vênus se enfureceria. Então, ele simplesmente aconselhou o pai de Psiquê que a levasse a uma montanha distante e a deixasse lá.

O pai, muito triste, obedeceu às instruções de Apolo. Ele era um deus sábio e sua filha certamente seria feliz. Diz o mito de Eros e Psiquê que, ao chegar à colina, a menina chorou inconsolavelmente e depois adormeceu.

Acordou mais tarde em um belo jardim, ao lado de um belo castelo. Uma voz a convidou a entrar, a vestir lindos vestidos e a comer comidas deliciosas.

O mito de Eros e Psiquê

A mesma voz que a havia guiado dizia que seu futuro marido a visitaria à noite. No entanto, ele o faria no escuro e por nenhuma razão ela poderia ver seu rosto. Se isso acontecesse, os dois teriam que se separar para sempre.

Ela deveria confiar nele, porque se não houvesse confiança, não era possível amar.

O mito de Eros e Psiquê diz que a garota se sentiu muito lisonjeada por tanta atenção. Depois de passar algumas noites com seu novo marido, ela começou a se apaixonar cada vez mais por ele. No entanto, havia algo que ainda a afligia.

Fazia tempo que não via suas irmãs e, por isso, sentia falta delas. Seu marido tentou convencê-la a não se encontrar com elas, mas ela já estava decidida. Então, ele concordou, mas a alertou para não falar sobre ele.

As irmãs finalmente puderam ir ao palácio e ficaram com muita inveja de tudo que a irmã tinha e do amor que brilhava em seus olhos. Elas utilizaram truques para despertar a desconfiança em seu coração. Disseram-lhe que talvez o marido fosse um monstro horrível.

Conheça o mito de Eros e Psiquê

O preço do amor

Conta o mito de Eros e Psiquê que a menina seguiu o conselho de suas irmãs: iluminar o rosto de seu marido. Ao acender a luz, viu que era o belo Eros que estava ao seu lado.

Enquanto o observava, o óleo da luminária o queimou. Ele, machucado e chateado, afastou-se dela e foi procurar sua mãe. Disse que nunca voltaria a ver Psiquê.

Arrependida por sua desconfiança, a própria Psiquê procurou Vênus para salvar seu casamento. Vênus a submeteu a duríssimos testes, não adequados para humanos. No entanto, as formigas, uma roseira e uma águia a ajudaram a superá-los.

Finalmente, Vênus pediu que ela fosse ao submundo e lhe trouxesse um pouco da beleza de Perséfone, dona daquele lugar. Perséfone se comoveu com a história da garota e lhe entregou parte de sua beleza em uma caixa.

Após muitas dificuldades, Psiquê conseguiu voltar. No entanto, antes de chegar, ela quis um pedaço da beleza para si. Por isso, abriu a caixa; uma fumaça entorpecente saiu da mesma e ela adormeceu.

A essa altura, Eros já a havia perdoado e a seguia por toda parte. Após encontrá-la, ele a acordou do sonho mágico.

Eros implorou aos deuses que aceitassem o casamento entre ele e Psiquê. Eles concordaram e deram ambrosia à Psiquê, para que ela também fosse imortal. Diante dessa situação, Vênus cedeu e aceitou o casamento. Diz o mito de Eros e Psiquê que, a partir daí, eles se amaram para sempre.


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  • Asimov, I., & Gironella, F. (1974). Las palabras y los mitos (No. 19). Laia.


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