5 segredos para amar, segundo um monge budista

5 segredos para amar, segundo um monge budista
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 02 abril, 2020

O amor é e continuará sendo um mistério que jamais decifraremos por completo. No entanto, é possível compreender algumas de suas arestas. Os budistas, por exemplo, nos oferecem alguns segredos para amar e desfrutar deste sentimento.

Os segredos para amar, segundo os budistas, não são algo do outro mundo, mas uma simples aplicação do bom senso. Um enfoque que tem ênfase na capacidade de amar e não tanto na possibilidade de despertar o amor nos outros.

A realidade nos ensina que tudo aquilo que semeamos é também o que vamos colher. Por isso, se elevarmos nossa capacidade de amar, a consequência disso será que também sejamos amados, que o que nos dão deixe de ser importante e que o que podemos dar se torne relevante. Tenha em mente estes cinco segredos para conseguir isso.

“Não machuque os outros com o que lhe causa dor”.
-Buda-

1. Compreender, um dos segredos para amar

A palavra “compreensão” do amor vai além de um simples fato intelectual. Ela abrange, é claro, aspectos racionais, mas se estende muito além disso. Significa entender com a cabeça, mas principalmente com o coração. Desenvolver sensibilidade suficiente para perceber as necessidades físicas e emocionais do outro. Também para respeitá-las e tentar satisfazê-las.

Compreender é um dos segredos para amar, pois implica ser capaz de ver o outro em seus próprios termos e não nos nossos. Perceber e intuir suas vulnerabilidades e suas carências. Vê-lo como alguém que não é perfeito e que tampouco deve ser julgado por isso.

Casal no pôr do sol

2. Fazer com que o coração evolua

Um dos segredos para amar é cumprir primeiro com os compromissos que temos com nós mesmos. O primeiro deles é aprender a ser feliz e a estar bem, sem a necessidade de ter um parceiro ao nosso lado.

Não podemos responsabilizar o outro pela tarefa de nos fazer felizes, de preencher os nossos vazios ou de satisfazer as nossas necessidades. Quem não é capaz de encontrar a felicidade por si mesmo não a encontrará através de outra pessoa. Talvez a pessoa acredite nessa ilusão, mas mais cedo ou mais tarde ela descobrirá que nada pode preencher o vazio da ausência deixada por não ser.

3. Ser nobre

A nobreza e a bondade formam uma força esmagadora. Às vezes muitas pessoas pensam que é bom quem tem um coração fraco ou um caráter frágil. Isso não é verdade. Ser bom com os outros é uma decisão nascida da convicção e da força. No entanto, é também um dos segredos mais decisivos para amar os outros.

A nobreza é caracterizada por buscar o bem dos outros, bem como buscar o seu próprio bem. Não causar danos deliberada ou desnecessariamente. Ser capaz de simpatizar com o sofrimento do outro e estar disposto a prestar apoio sempre que possível. Uma pessoa boa atrai a bondade dos outros.

Mão segurando planta

4. Não ter amores passageiros

A expressão “amores passageiros” é contraditória por si mesma. O amor nunca é passageiro. Ele sempre deixa marcas. O que existe às vezes é o desejo de ter aventuras e romances fugazes, que brindem o prazer sexual ou alimentem o narcisismo, sem que impliquem compromissos ou sofrimentos.

Quando alguém quer levar sua vida desta forma, o que a pessoa realmente deseja é que a vida não a toque. É como querer nadar enquanto observa a água da costa. É possível que ela alcance seu objetivo de tocar a água sem se molhar, mas no fim isso só aumentará ainda mais o vazio que carrega por dentro. Há um ponto em que isso não só não satisfaz, como também faz com que a pessoa sinta uma espécie de desgosto de si mesma e dos outros.

5. Reconhecer os quatro elementos do amor

Segundo os budistas, o amor tem quatro componentes essenciais. São eles: bondade, compaixão, diversão e serenidade. Incorporar esses aspectos em um relacionamento é um dos segredos do amor que nunca falham. Cada um deles é indispensável.

Aprender a amar

A bondade promove relacionamentos respeitosos e atenciosos. A compaixão permite construir lealdade mútua e um profundo senso de comprometimento. O sofrimento é compartilhado e, com ele, é criado um vínculo indestrutível. A diversão, por outro lado, significa principalmente buscar a variedade e a amplitude das experiências compartilhadas. A serenidade é a base da tolerância e da boa comunicação.

Como podemos ver, os segredos para amar são acessíveis para todos, mas eles exigem que a pessoa tenha interesse e disposição suficientes para cultivá-los. Eles não nascem espontaneamente, mas devem ser desenvolvidos com muita paciência. Seus frutos são muito doces e, portanto, merecem o esforço.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.