Quando morre o apego, nasce a liberdade emocional

Quando morre o apego, nasce a liberdade emocional

Última atualização: 07 setembro, 2015

Hoje eu deixo você livre. Hoje eu quero esquecer os meus medos. Hoje eu quero começar a me dar valor. Hoje eu seguirei em frente. Hoje deixarei você esperando.

Muitas vezes nos tornamos conscientes da escravidão emocional a que estamos sujeitos quando a nossa relação começa a desmoronar. Isso acontece quando uma pessoa nos fere, ou nos escraviza, ou ainda quando alguma coisa dentro de nós foi quebrada e temos que dizer adeus.

Nessas situações, nós sentimos que o mundo está desligado e uma onda de imensa dor, que está sobre nós, nos impede de respirar. Esta é uma sufocamento emocional e o seu ingrediente chave é a dependência emocional.

Mas, às vezes, é hora de se libertar do apego, do que nos obrigamos a sentir e, é hora de começar uma nova vida, rumo à liberdade emocional. E são estes os momentos nos quais não nos sentimos fortes o suficiente para não seguirmos de mãos dadas com essa pessoa, ou simplesmente com alguém que nos guie.

Quando morre o apego, nasce a liberdade emocional

Desfrutar da solidão para ser feliz como casal

“Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama ao máximo.
E quem ama ao máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma – encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.”

Onze Minutos por Paulo Coelho

A melhor maneira de ser feliz com alguém está em aprender a ser feliz sozinho. Por quê? Porque desta forma a companhia se ​​torna uma escolha e não uma necessidade.

Nós entendemos o amor erroneamente porque a chave não é o “eu preciso de você na minha vida”, mas o “eu prefiro você na minha vida.” Ignorar os sentimentos de posse e as necessidades de controle nos ajuda a viver em paz e liberdade com nós mesmos.

Parar de esperar, a chave da liberdade emocional

“Continuo mal e piorando um pouquinho, mas estou aprendendo a ficar só, e isso é uma vantagem e um pequeno triunfo”

Frida Kahlo

Sua verdadeira liberdade vem quando você começa a entender quem você é e o que você é capaz de fazer. É a sua independência, o cobiçado troféu, que começa quando você se desapega, quando você se livra de suas amarras e olha para a frente, sem precisar de alguém para pegá-la pela mão.

Não ter e não possuir é a melhor experiência que podemos ter de liberdade. O apego a algo significa, de alguma forma, ter que conviver com a escravidão.

Quando morre o apego, nasce a liberdade emocional

Nossa dependência e nosso apego nos tornam escravos, especialmente se a nossa autoestima depende de algo ou alguém. A necessidade de elogios, de carinho ou de atenção faz com que alguém se torne dono do nosso destino.

Não são os outros que nos prejudicam, mas sim nós mesmos quando validamos as opiniões e ações dos outros. Ninguém pode machucá-lo sem o seu consentimento interior, o lugar que deve ser o pilar que suporta a sua arquitetura emocional.

Assim, a autoconfiança e autoestima são sempre as melhores ferramentas para dizer adeus aos vícios desnecessários que prejudicam a nossa vitalidade e o nosso desejo de alcançar a realização pessoal.

Temos de ser os primeiros a nos respeitarmos, deixando de lado as expectativas aprendidas sobre o que nos disseram, que só somos amados se precisam de nós, e que o amor só é amor se vivermos por e para ele.

Imagem de destaque cedida por AJ Cass


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