Não deixe que a insegurança tome conta da sua vida
Muitas pessoas têm tanto medo da rejeição, e este está tão presente nos seus pensamentos, que vivem suas vidas sem cumprir ou sem buscar alcançar seus próprios sonhos ou metas.
Não é que sejam pessoas sem talento, e sim que elas têm a tendência de alimentar um medo enfraquecedor que as impede de dar um passo fora da sua zona de conforto. Apesar de não assumirem riscos em suas vidas, imaginam diversos perigos ao seu redor que os impedem de se atreverem a dar uma oportunidade às coisas boas ainda por conhecer.
“O pior inimigo da esperança não são os fatos, e sim os cérebros dos homens que não os enfrentam.”
– Max Eastman –
Dificilmente experimentam algo novo, preferem o que já tem ou fazem, e esforçam-se para evitar qualquer coisa de modo a não correr o risco de que dê errado (risco este que está presente na maioria das atividades da vida). Odeiam tanto a rotina quanto a amam. Assistem filmes de aventura mas planejam as suas férias milimetricamente e sempre a lugares conhecidos. Esta atitude não costuma ser consciente ou falada, mas se manifesta ao dizer coisas como:
“Isso seria demais”.
“Definitivamente eu não poderia fazer mais nada agora”.
“Eu não tenho tempo suficiente”.
“Eu não sou esse tipo de pessoa”.
Estas, em geral, são as respostas a uma variedade de ideias ou possibilidades diferentes do cotidiano: fazer uma viagem a um lugar novo ou longínquo, voltar a estudar, experimentar um novo passatempo, juntar-se a um grupo ou clube, ir a um evento social, aprender uma nova habilidade, conhecer gente nova, melhorar a dieta e o exercício, apenas para citar alguns.
A insegurança e a ansiedade
Apesar das pessoas que falam desta forma não se identificarem como ansiosas, normalmente a ansiedade incômoda os acompanha como se fosse a sua sombra. Organizam suas vidas de modo muito rígido, com pouco espaço para a espontaneidade ou novas atividades. Têm medo de tudo que é diferente e, principalmente, de qualquer atividade em que o sucesso não seja garantido.
As pessoas que lidam com a insegurança estão desempregadas ou subempregadas, e nunca parecem fazer muito para os observadores externos, ainda que digam que estão muito ocupados. Normalmente sentem, seja de forma vaga ou urgente, que suas vidas são uma pequena parte do que poderia chegar a ser, ou que não são satisfatórias, mas rejeitam qualquer mudança possível. Tendem a usar as seguintes desculpas:
“Não posso deixar o meu trabalho porque em nenhum outro lugar terei todos os benefícios que tenho neste”
“Não gosto nem um pouco do meu trabalho, mas e se eu o deixar e depois não encontrar outro?”
“Eu não posso fazer exercício por causa das minhas costas”
“Não consigo funcionar se eu não tiver as minhas oito horas de sono”
“Não me dou bem com a maioria das pessoas”
“As reuniões pela internet me dão medo”
“Está muito frio (ou quente) para isso”
“Simplesmente não sou um (maratonista, motorista, nadador, bailarino, escritor, leitor, estudante…)”
Por que dar uma oportunidade ao risco?
Você tem apenas uma vida para viver e tenho certeza de que daqui a alguns anos, quando você olhar para trás, se arrependerá muito mais daquilo que não fez do que daquelas situações em que você foi ousado.
Quando você pensar em fazer alguma coisa, quando essa coisa provocar borboletas no estômago e, ao mesmo tempo, o medo começar a dar sinais nos seus pensamentos, pergunte-se:
“Qual o pior que pode acontecer?”
Poucas ações na vida são irreparáveis ou imutáveis… e são pouquíssimas as coisas que podem matá-lo em um instante.
Pergunte-se “O que eu poderia ganhar com isto?” em vez de “O que eu posso perder com isto?”
Esta mudança de perspectiva chama-se fazer um movimento de aproximação à vida, diferente de ter um movimento de evasão.
“Como eu poderia experimentar isto para que a minha vida seja mais interessante?”
Talvez você duvide da sua capacidade de aprender um novo idioma, mas não seria melhor ir às aulas, conhecer as pessoas, escutar as colocações do professor, inclusive ler o livro indicado, e tornar a sua vida um pouco mais interessante? O cérebro é nutrido pela novidade e pelos desafios. Não aniquile o seu cérebro com a rotina entediante.
“Será que eu poderia tentar isto para que as pessoas que eu amo se sintam felizes?”
Suponhamos que você não goste de correr, mas o seu filho(a) adoraria que você treinasse para se juntar a ele(a) no seu hobby. O seu companheiro adoraria que você fizesse aulas de dança de salão para poder dançar com ele(a) numa noite romântica. Será que não vale a pena tentar?
Lembre-se, quando você estiver no seu leito de morte, ninguém se lembrará do seu tempo de inatividade. As pessoas se lembram das coisas que você experimentou, das relações que você perseguiu, dos riscos que você correu, e da vida que você realmente viveu.