Você não escolhe quem entra na sua vida, mas decide quem fica

Você não escolhe quem entra na sua vida, mas decide quem fica
Raquel Aldana

Escrito e verificado por a psicóloga Raquel Aldana.

Última atualização: 14 dezembro, 2021

A sorte, o acaso, a casualidade. Sua influência vai muito além de ganhar um bom prêmio jogando na loteria. Por causa dela, podemos gozar de uma boa saúde e acertarmos na hora de construir o amor pelo caminho adequado com aquelas pessoas que amamos.

Exerce seu papel desde que nascemos, nos dotando de cuidados, uma família, um contexto e uma série de oportunidades que, de outra maneira, não teríamos. Assim, aquilo que não controlamos estava presente em nossas vidas antes mesmos de que estas existissem.

A situação é similar a que ocorre no começo da maioria dos jogos de cartas: cada jogador sai com algumas determinadas cartas, que vão dar a eles uma certa vantagem ou, pelo contrário, azar.

Ser uma coisa ou outra não vai depender exclusivamente das cartas que nosso jogador tirou, mas também das que os demais tiraram. Com as relações sociais, mantendo uma certa distância, acontece algo similar.

Entre centenas e milhares, estarão aquelas PESSOAS

Ao longo da nossa vida vamos nos encontrando com pessoas muito diferentes e de formas muito diversas. Pode ser um novo companheiro de trabalho, uma senhora que espera o mesmo ônibus, alguém que tenta nos devolver o lenço que saiu voando e quase perdemos…

Certamente, se pararmos para analisar, pensaremos em um milhão de situações nas quais é fácil que surja uma conversa com alguém que não conhecemos. Essas pessoas seriam como as cartas do nosso jogador: não temos controle sobre quem vai dar certo conosco nas situações que imaginamos antes.

Também não temos muito controle sobre como se relacionam entre elas, nem sobre o quão abertas e dispostas vão se mostrar na hora de nos conhecer. No entanto, poderíamos tentar fazer com que, deste encontro casual, surja uma relação que vá além da mera casualidade.

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Sim, há fatores que controlamos e que serão fundamentais para poder conhecer melhor a outra pessoa, para que nossa nova relação siga adiante: desde dar um voto de confiança a mostrar interesse por aquilo que nos contam.

Em qualquer caso, a conexão com determinadas pessoas pode chegar a ser imediata e quase mágica. O fato é que, às vezes, a sintonia ser simultânea deve-se ao fato da cumplicidade se basear na percepção de proximidade.

Dito isto, cabe dizer que também pode acontecer o contrário. Ou seja, também podemos fazer com que estes mesmos fatores, pelos quais somos responsáveis e conscientes, causem o fim da relação.

De fato, e ainda que seja paradoxal, isso é muito mais simples que o anterior. A lista de fatos prejudiciais que podem terminar uma relação é infinita e, normalmente, basta somente um deles para isto acontecer.

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Às vezes é muito difícil tirar alguém de nossa vida

Pode ser que venha a sua mente o que acontece no filme “Como perder um homem em dez dias . Nele, uma destemida repórter tenta utilizar todas as estratégias que passam pela sua cabeça para conseguir que um homem, que tenta ter um relacionamento com ela, termine.

O motivo por trás da sua reportagem e sua forma de agir é tentar demonstrar que há certos comportamentos, incômodos para o casal, que fazem com que um relacionamento termine. Sendo assim, ela não pode ser direta e dizer a ele: “Não quero ter um relacionamento com você”.

No entanto, nós podemos sim fazer isso e, porém, muitas vezes utilizamos estratégias indiretas para conseguir o que conseguiríamos com algumas palavras… Frases que, talvez, sejam mais prejudiciais no presente, mas mais justas e até amáveis com o passar do tempo.

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Dessa forma, podemos ter mais ou menos sucesso em nossas relações, podemos ser melhores ou piores seduzindo ou conquistando, mas não podemos nos esquecer de ver a realidade de frente e com clareza.

Podemos fazer muitas coisas para que alguém que amamos fique o mais próximo possível, e também para fazer com que alguém que nos faz mal ou por quem não temos nenhum interesse se afaste.

Reconhecer este poder é, sem dúvidas, o primeiro passo para usá-lo. Nos permitiremos pensar sobre isso e, como consequência, construir pilares de uma boa inteligência social, também com os demais, também com quem escolhermos.

Cada pessoa que entrar em nossas vidas desempenhará determinado papel. Alguns serão um teste, outros nos usarão, outros nos amarão, outros nós amaremos e outros nos ensinarão. Em todo caso, devemos tentar tirar o melhor de nós mesmos e apreciar o que temos em cada momento, além dos defeitos, pois tudo (absolutamente tudo) nos oferecerá um aprendizado.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.