Não permita que o imprevisto paralise você

Não permita que o imprevisto paralise você

Última atualização: 16 março, 2015

Organizamos nossas vidas de maneira a nos sentirmos seguros, como se dirigíssemos sempre no piloto automático… até que aparecem alguns imprevistos que nos tiram da nossa zona de conforto e não resta outra solução a não ser desativar o piloto automático e dirigir nós mesmos. 

Mas… por que temos de passar por estas situações inesperadas? Acontecem por acaso ou têm algum sentido? Ao nos fazermos estas perguntas, estamos dando espaço a importantes reflexões que podem nos permitir fazer as pazes com estes momentos em que o mundo parece virar de cabeça para baixo.

Os imprevistos podem ser interpretados como…

Dependendo sob qual perspectiva observamos as circunstâncias da vida, podemos, por exemplo, ver eventos inesperados da vida como simples fatos aleatórios que não tem um significado ou um sentido. Neste caso, nosso papel seria eliminar os obstáculos que aparecem no caminho para restabelecer o equilíbrio perdido, e os imprevistos seriam meras ameaças contra as quais deve-se lutar em um universo hostil.

Outra forma de ver os imprevistos é assumi-los como “mestres” que obedecem a um plano maior do que o nosso, cujo fim seria ajudar-nos a crescer, aprender e evoluir. Mas se escolhemos enxergar os imprevistos sob a ótica da “aleatoriedade sem sentido”, estamos escolhendo ser reativos, sem darmos espaço à reflexão sobre o que acontece em nosso mundo interno e acabamos sendo levados por nosso ego, o qual responde a padrões automáticos de conduta, como o conflito, o drama, a preocupação, a depressão e a angústia.

Não é difícil deduzir que esta reatividade acende os botões de outras pessoas a nosso redor, o qual gera uma caótica reação em cadeia denominada por alguns como karma. Em contrapartida, se enxergamos os imprevistos através da perspectiva do sentido, estes deixariam de ser intrusos para converter-se em visitantes inesperados, mas amigáveis, que nos surpreendem e nos perturbam um pouco inicialmente, embora em nosso coração saibamos que podemos confiar no que eles nos trazem.

Estas perspectivas têm um efeito calmante e emocionante porque deixamos de ser reativos e passamos a ser estudantes atentos, ávidos por aprender sobre nós mesmos e sobre como podemos transformar situações sombrias em situações de luz, mudando nossos padrões reativos por novas formas criativas de enfrentar os acontecimentos por meio de amor, da paz e da união.

Conselho para não ficar paralisado diante dos imprevistos

Nossa tendência natural à reatividade requer que nos mantenhamos atentos para evitar que esta não recaia em melodrama e caos; que em um abrir e fechar de olhos pode transformar um imprevisto em um pesadelo. Eis aqui algumas dicas sobre como agir diante dos imprevistos:

Respire fundo: Sim, já sabemos que é recurso comum, mas assim é porque funciona. O biofeedback envia uma mensagem de calma para o cérebro que repercute em todo nosso organismo. Além disso, ganha espaço em relação à impulsividade e a reatividade, impedindo que estas ajam por meio de nossos padrões automáticos de conduta.

Pergunte-se o que este imprevisto está lhe dizendo. Para isso, procure entender como isso o afeta, qual área de sua vida e por quê.

– Seja o observador de sua mente. Qual é o diálogo interno ativado com a situação: autocrítica? O julgamento dos outros? O medo? Em seguida, tome consciência de que seus pensamentos e suas emoções não são sua essência, mas nuvens passageiras que temporariamente ocultam sua luz. Tenha certeza de que você é luz, feche os olhos e conecte-se com ela.

Aceite o imprevisto como é, não passivamente, mas com a atitude do aprendiz atento, pronto para aprender sobre si mesmo e agir pro-ativa e serenamente em consequência. Temos o poder de transformar o mundo simplesmente deixando brilhar nossa essência, que é luz e sabedoria, durante os imprevistos, colocando-nos humildemente a serviço de esta grade instrutora que é a vida, para nosso próprio bem e o dos demais.

 Imagem cortesia de @Doug88888


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