Quando ninguém acredita em você: o poder da autoconfiança
Quando ninguém acreditar em você, é o melhor momento para você fazer isso. Desse modo, quando alguém lhe disser que você não serve, que o seu momento passou, ou que isso que você deseja não é para você, levante o rosto e sorria. Afinal, para se impor limites já existe você mesmo ou a realidade; poucos são aqueles que precisam de ajuda nesta tarefa. Confie no poder da autoconfiança e vá em frente.
Às vezes, é preciso se aproximar para beber água no açude dos leões. Só assim teremos uma oportunidade: a de adestrar o medo e limitar a sua influência. Neste sentido, a insegurança é uma má companheira, e quem opta por ficar no seu refúgio jamais vai aproveitar todas as possibilidades que surgem diante dos seus olhos.
“Atreva-se a ser corajoso hoje e confie: quando abrir as suas asas, você vai voar”.
– Maria Demuth –
Foi Abraham Maslow quem disse que o ser humano vem ao mundo com um potencial quase ilimitado para se desenvolver, para conquistar a pirâmide de necessidades que inclui os objetivos mais elevados da felicidade e do bem-estar. Por mais curioso que pareça, nem todo mundo consegue chegar até o topo, apesar das suas capacidades permitirem isso.
A causa? Em um ou outro momento todos nós encontramos algum agente habilidoso e disposto a impedir o nosso crescimento pessoal. Nós poderemos encontrá-lo em muitos âmbitos, agindo sem avisar. Ele pode aparecer na forma de um familiar próximo, amigos, professores, colegas de trabalho ou gerentes de empresa. Falamos de figuras que cortam as nossas asas e nos convencem de que não servimos para isso ou aquilo.
O complexo de Jonas: quando deixamos de acreditar em nós mesmos
Ele tinha asma quando era pequeno, e em uma idade muito precoce, foi convencido de que praticar um esporte não era algo bom. Futebol, karatê, tênis? Melhor algo mais calmo, melhor escolher o xadrez ou o desenho, pois assim não iria correr nenhum risco. Mais tarde, ele comentou com seu professor que queria ser astronauta, e foi olhado com uma mistura de riso e ironia. Como, se você não sabe nada de Ciências? – ele disse entre risadas – Melhor optar por uma faculdade de Letras.
Quando ele já estava na universidade estudando Geografia e História, decidiu ser escritor. Demorou um ano para escrever um livro original de ficção cientifica, com temas distópicos e bastante humor. No entanto, quando foi apresentar o seu manuscrito a uma editora, ela nem sequer respondeu.
Seu manuscrito era somente um entre mais de mil. Por isso, a sua família e os amigos sugeriram que o melhor era esquecer isso, que ele se concentrasse em um concurso público e conseguisse um cargo de professor do segundo grau. Um professor que um dia havia sonhado em ser um atleta de elite, depois um astronauta, e depois um escritor…
O que fazer quando ninguém acredita em você? O próprio Maslow escreveu um livro muito interessante sobre este mesmo assunto: The Farther Reaches of Human Nature. Nele, explicava que, apesar de a maioria de nós ter um potencial notável para a autorrealização, nem sempre o aproveitamos. Nós nos limitamos a fantasiar sobre o que poderíamos fazer, sobre o que poderíamos conseguir, etc.
No entanto, muitas vezes não temos os meios nem as condições psicológicas para realizar nossos sonhos. Nós nos deixamos condicionar pelas opiniões alheias e optamos por ficar na nossa zona de conforto. Esta realidade foi chamada por Maslow de Complexo de Jonas, o qual descreve todas as pessoas que, sendo conscientes de suas habilidades, não se atrevem a desenvolvê-las por causa do medo e da insegurança.
Conselhos para aproveitar o poder da autoconfiança
Devemos entender que sempre haverá uma ou várias pessoas que aparecerão para nos dizer que não servimos, que não sabemos e, ainda pior, que não podemos dar forma a aquele sonho, aquele desejo, aquele projeto. Quando ninguém acreditar em você, só resta uma opção, a mais lógica e plausível: que você acredite em si mesmo e demonstre que eles estão errados.
Essa reviravolta não é fácil, nem rápida. Exige um trabalho interior adequado, o qual pode se basear nestas três dimensões. Vamos refletir sobre elas.
1. Não seja você mesmo, seja quem você gostaria de ser
Nós nos acostumamos, excessivamente, a escutar o conselho “aprenda a ser você mesmo”. É o momento de dar um passo além e refinar um pouco mais esta ideia. Se nos limitarmos a ser “nós mesmos”, é possível que aumentemos as dimensões que não nos ajudam em nada. Se, em nosso “eu” atual, habitam o medo, a insegurança e a necessidade de aprovação, dificilmente alcançaremos as nossas metas.
O ideal é esclarecer o que queremos e quem gostaríamos de ser. Devemos promover uma transformação interior para concentrar novas forças e coragem, com as quais conseguiremos acreditar plenamente em nós mesmos.
2. Um salto de fé entre a vida que você tem e a que deseja
Todo salto requer um impulso, e todo impulso precisa de força, vontade, motivação e otimismo. Desse modo, quando ninguém acreditar em nós e nas nossas possibilidades, a última coisa que devemos permitir é sermos contagiados por esse mesmo derrotismo e negatividade.
Crie um plano de ação, desenhe uma estratégia na sua mente e encha-a de positividade e determinação. Só assim você vai conseguir dar os saltos mais altos.
“Quando ninguém acreditar em você, só existe um caminho possível: ser mais forte e otimista do que nunca”.
3. Se determinadas pessoas não acreditarem em você, alguém o fará
Alcançar uma meta requer, sem dúvida, que sejamos capazes de confiar em nós mesmos. Vivemos em cenários sociais e, portanto, conquistar um objetivo e alcançar o sucesso não é algo que possamos fazer sempre sozinhos. Um triunfo precisa de reconhecimento, uma promoção ou um prêmio implica que terceiras pessoas reconheçam o nosso valor.
Portanto, não nos deixemos escravizar por essas primeiras negativas. Não baixemos o rosto diante de quem, em um dado momento, duvidar de nós e, inclusive, ironizar as nossas ideias. No final das contas, as grandes conquistas nunca tiveram inícios simples. Em algum momento vão aparecer as pessoas certas, aquelas que sabem ver, apreciar e intuir as virtudes que nós temos em nosso interior.
Para concluir, vale a pena lembrar, uma vez mais, essa correta definição que diz que o contrário da coragem não é o medo ou a covardia, é o conformismo. Esse é, exatamente, o nosso problema: nos conformamos com o que já temos e, inclusive, consideramos válidos os comentários que as outras pessoas fazem sobre nós.
Vamos começar, portanto, a duvidar de quem destrói os nossos sonhos, de quem nos sugere que voltemos da Lua ou deixemos de insistir naquele desejo ridículo. Nenhuma meta é ridícula se ela está há tempos dando voltas em nossas cabeças e corações. Desafiemos o medo e vençamos o conformismo para alcançar os nossos próprios sonhos.