Os benefícios da meditação

Os benefícios da meditação

Última atualização: 19 janeiro, 2016

Você sabia que tem o poder de mudar a sua própria mente e que uma das melhores formas de conseguir isto é através da meditação?

É o que revela uma artigo interessante publicado na revista Scientific American, escrito por Matthieu Ricard, um monge budista e biólogo celular, junto com Antoine Lutz, líder no estudo da neurobiologia da meditação e Richard J. Davidson, pioneiro no estudo da ciência da meditação.

Foi realizada uma pesquisa durante quase 15 anos pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, em colaboração com outras 19 universidades, em mais de 100 monastérios de monges budistas. O estudo comparou imagens de cérebros escaneados de pessoas com milhares de horas de prática da meditação, e as conclusões foram surpreendentes:

– Os níveis de ansiedade e depressão são menores

– As zonas do cérebro associadas aos sentimentos de empatia, compaixão e amor altruísta são mais ativos

– É menor o tamanho da amígdala, a região do cérebro envolvida no processo do medo

– Possui efeitos positivos sobre a molécula telomerasa, a encarregada de alongar os segmentos de DNA nas extremidades dos cromossomos; é a enzima que facilita a imortalidade das células na maioria dos processos cancerígenos.

Incrível, não? Frente a isto, deveríamos nos questionar se a meditação deveria ser um hábito em nossa rotina diária, se queremos ter maior qualidade de vida; do mesmo modo que pouco a pouco, todos vamos ganhando consciência de que devemos ter uma dieta saudável, fazer um pouco de exercício a cada dia na medida das nossas possibilidades, e abandonar hábitos nocivos como o cigarro e o álcool. Talvez também deveríamos pensar em começar a praticá-la, considerando os benefícios da meditação.

A ansiedade, o estresse, a depressão e o câncer são os grandes males de nosso século. Por outro lado, fazendo referência aos benefícios da meditação anteriormente citados, o fato é que todos nós sentimos cada vez mais a necessidade de sermos um pouco mais altruístas e empáticos em uma sociedade competitiva que muitas vezes nos devora.

Como você pode começar a praticar a meditação?

Aqui vão algumas sugestões que podem ajudar-lhe:

Ler um livro sobre o tema escrito por um bom especialista em meditação pode ser um primeiro passo importante. Recomendo “A Meditação Budista” de Ramiro Calle, mestre e escritor de ioga e pioneiro na introdução desta disciplina na Espanha. Atualmente é uma das principais autoridades no tema; com mais de 100 obras escritas, produto também da sua centena de viagens à Índia com a missão de estudar e compreender o modo de vida de seus habitantes, é um escritor que tem muito a nos dizer. Seu livro “100 viagens ao coração da Índia” foi uma homenagem a toda uma vida dedicada a conhecer os povos, os costumes, e a filosofia desse país fascinante.

Participar de um curso de meditação. Há inúmeros cursos gratuitos que incluem comida e alojamento. Se a pessoa considera que o curso realmente valeu a pena, uma vez finalizado, apenas dará uma doação de acordo com suas possibilidades.

Aprender a meditar por si próprio:

– Escolha um lugar tranquilo onde ninguém vá interrompê-lo.

– Sente-se em uma postura bem confortável com a coluna bem reta.

– Faça respirações profundas, soltando o ar devagar. Para se concentrar você pode manter a atenção em sua respiração ou seu ventre. Se você é uma pessoa curiosa, aprenda e escolha qual é o tipo de meditação que pode ser mais adequado segundo a sua personalidade: a meditação Zen, a meditação Vipassana, etc. Encorajamos você a explorar os diferentes tipos de meditação.

Seja constante, experimente, tente cada dia fazer um pouco de meditação. Você pode começar com 5 ou 10 minutos, e perceberá pouco a pouco que irá incorporando essa prática aos seus hábitos de vida e notará os resultados.

Entre os benefícios da meditação, também podemos mencionar o fato de nos sentirmos mais relaxados, aceitarmos a nós mesmos e não cairmos tão facilmente em pensamentos negativos e/ou repetitivos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.