Perdoar não é virar-se para trás

Perdoar não é virar-se para trás

Última atualização: 14 janeiro, 2016

Desde pequena tive a sorte de crescer “escutando interiormente” aqueles que me rodeavam e amavam, começando a aprender assim um dos principais valores que nos moldam como seres humanos: o perdão.

Na infância, recebemos e captamos sensações e aprendizados que nos permitem começar a desenvolver nossas emoções.

O perdão, o amor e a confiança
 “Se na verdade queremos amar, temos que aprender a perdoar”

– Teresa de Calcutá –

Nosso entorno nos condiciona, tanto para o bem quanto para mal. No meu caso, esta última condição não foi assim. Tive sorte, e vou adorar contar o porquê.

Cada dia da minha vida, desde minha maturidade precoce, minha família e amigos eram constantes na hora de me fazer desenvolver um valor que, nos dias de hoje, compõe uma das parcelas do meu atual esqueleto emocional: o fato aprender a perdoar a quem nos faz mal.

Muito cedo entendi a importância desse valor. Perdoar permite que nos sintamos em paz; atingimos uma plenitude interior com nós mesmos e, em consequência, com o mundo.

E acredite: esse pilar de vida é totalmente verdadeiro. Em muitas das nossas filosofias e religiões dizem que o ato de perdoar nos converte em almas grandes, dota-nos de um grande coração e de um imenso valor interior. Também afirmam que o nosso eterno companheiro de aventuras, o esquecer, é presente daqueles que são valentes e valorizam sua própria felicidade.

Perdoar e esquecer: dois ingredientes vitais que cada um de nós teríamos que desenvolver todos os dias de nossas vidas, sabe por quê?

Pouco a pouco fui aprendendo que você não será mais fraco por perdoar alguém que lhe fez mal. Descobri que se perdoarmos e logo esquecermos, podemos sentir que as coisas nos deixam de fazer mal, podendo esquecendo ou eliminando de nossas vidas aqueles que não nos amam verdadeiramente.

A importância de perdoar

Convide seu próprio coração a se abrir quando alguém se desculpar frente a você e perdoe-o, mesmo que possa parecer complicado, por mais grave que tenha sido a experiência ou o dano causado. Quando concretizar o ato de perdão, você se sentirá iluminado e em equilíbrio com sua própria essência, sua alma. E isso é uma das melhores recompensas desta vida: o primeiro passo para a eternidade.

Perdoar também nos convida, muitas vezes, a nos fazer a pergunta do que acontece quando alguém nos faz mal e não se desculpa. Devemos perdoá-lo mesmo assim?

Convido-o a refletir com o coração. Você perceberá que sua própria alma o levará a perdoar de toda forma. Lembre-se somente do quão importante é “saber esquecer“. No fim das contas, não vale a pena sofrer por aquele que não pôde ou soube demonstrar que o valorizava.

Se acontecer essa situação, eu gostaria de transmitir a você a preciosa emoção de que você é muito mais forte, porque é capaz de demonstrar que se valoriza e tem respeito pela sua própria pessoa. E confie em mim, isso é o que verdadeiramente importa: o respeito e o amor por nós mesmos em primeira instância. Sem isso, não sabemos dar amor, e em consequência, viver plenamente.

Perdoar nos deixa mais leves

Por isso, perdoe e lembre-se de esquecer. Ambos se tornarão a chave para que você continue com seu desenvolvimento pessoal e evolução como grande ser humano que você é.

Viver sob esses valores o permitirá se desfazer da mochila carregada que você leva sobre as costas, que não deixa olhar para o céu, para o destino que todos nós desejamos alcançar.

Não me despedirei sem antes ressaltar que viver com rancor não gerará nenhum bem a você, e nenhum mal à pessoa que lhe causou dano. Só podemos mudar tendo a valentia de perdoar e o trabalho de esquecer o ocorrido.

Aprenda a aceitar as desculpas se lhe oferecerem isso de coração. Se isso não acontecer, simplesmente esqueça e continue com seu caminho, lembrando que perdoar não é se virar para trás.

“Perdoar é o valor dos valentes.

Somente aquele que é forte o bastante  para perdoar uma ofensa  sabe amar

– Mahatma Gandhi –


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