Por que nos tornamos conformistas?

Por que nos tornamos conformistas?

Última atualização: 14 janeiro, 2017

Não é raro olharmos para trás e percebermos que houve um momento em nossa vida no qual não éramos conformistas. Sonhávamos em chegar longe, queríamos fazer de nossa vida algo memorável. Mas algo aconteceu e, em algum momento, mudamos de rumo.

Nos tornamos conformistas por diversas razões: por  dependência  de outras pessoas, por baixa autoestima, por falta de motivação ou por medo de algo… Um ou vários destes fatores limitam nosso desenvolvimento e crescimento pessoal e nos impedem de ultrapassar a marca do “justo e necessário”.

Cada um, de fato, pode assumir a vida da forma que desejar e podemos dizer que é a partir daí que tudo acontece. Alguns farão pouco, outros farão muito, e outros farão apenas no necessário para passar pela vida tranquilamente, sem se envolver muito em nenhum assunto de importância.

“Caso após caso, vemos que o conformismo é o caminho fácil…”
– Noam Chomsky-

O “extra” ou valor agregado em qualquer aspecto da vida (ou seja, o fazer além por um desejo de ser melhor) é o que marca a diferença. Porque esse valor agregado, esse plus, além de agir como um modificador do entorno, de imprimir um selo próprio de sua existência, também é o que define o destino de cada pessoa: seus alcances e suas limitações.

Conformistas por fazer estritamente o necessário

Ser conformista está estritamente relacionado com o nível de interesse e de exigência que aplicamos sobre nós mesmos. Somente quem se empenha em alcançar os objetivos mais elevados consegue construir uma vida que floresce a cada passo. Entretanto, fazer apenas o estritamente necessário é simplesmente renunciar ao melhor da nossa existência.

mulher-copo

Certamente, muitas vezes não nos damos a possibilidade, o presente, de tentar responder a uma simples e enigmática pergunta: Até onde nós podemos chegar? O que há no fundo desta atitude é, acima de tudo, falta de confiança em si mesmo e medo para poder fazer a diferença. Algo que se traduz em preguiça ou desinteresse, configurando assim a base sobre a qual se edifica uma vida “sem sal nem açúcar”.

Claro que também não se trata de fazer mais do que se deve. Às vezes, ao tentar fazer mais, acaba-se fazendo menos. Como diz o antigo provérbio: “Quem muito abarca pouco aperta”. Trata-se de colocar um toque de excelência em tudo aquilo que fazemos cotidianamente, por menor que seja. Trata-se de dar valor às nossas ações, porque em cada uma delas estamos deixando uma marca do nosso caminhar pelo mundo.

Deixe que os outros façam…

Há pessoas que resistem em  crescer Sabem que continuar agindo como crianças é algo que traz grandes limitações, mas também muitos benefícios. Um deles é o fato de que nunca precisam se ver diante da angústia de tomar decisões, de resolver problemas ou de assumir a responsabilidade pelos seus erros.

Não importa que uma pessoa tenha uma idade avançada: às vezes ela continua se comportando como uma criança. Um dos aspectos nos quais isso mais se reflete é na atitude de “deixar que os outros façam”. Essas pessoas permitem que os outros tomem as rédeas em todas as situações incômodas ou comprometedoras. Não querem ser os responsáveis: é para isso que os outros servem.

mulher-papel

Obviamente, viver se baseando no que os demais fazem nos torna pessoas conformadas e pode fazer com que anulemos nossas capacidades e potencialidades. E elas só voltarão a aparecer quando a vida nos colocar de frente com situações exigentes.

O curioso é que quanto mais delegamos as  responsabilidades e os riscos de viver aos demais, mais cresce a desconfiança interior do que somos capazes ou não de fazer. Isso acaba criando um círculo vicioso. O ruim de “deixar que os outros façam” é que também pode acabar deixando passar as emoções e as experiências mais intensas e construtivas da nossa vida.

A baixa autoestima e a falta de motivação

Quando temos um baixo nível de  autoestima  ou baixo nível de motivação, tendemos a cair no conformismo. Por um lado, porque não pensamos ser capazes de fazer uma determinada coisa, e por outro, porque não temos esse impulso ou energia que é necessária e até mesmo imprescindível para realizar ou continuar qualquer projeto.

mulher-plantas

Um exemplo que funciona muito bem é o dos filhos. Muitas pessoas, ao adquirirem a responsabilidade de ter pessoas que dependem delas, adquirem também uma motivação que lhes força a criar e construir. É precisamente neste momento que elas deixam de ser conformistas, pelo menos nesse aspecto. Às vezes, também, uma situação limite se transforma em uma motivação: ela sabe que se não fizer nada, vai afundar. Por isso, as grandes encruzilhadas nem sempre trazem consequências negativas.

Por isso, a autoestima e a  motivação  andam de mãos dadas e podem ser determinantes no nível de conformismo de qualquer pessoa. Alguém que não crê em si mesmo ou que não conta com esse empurrão adicional para fazer e criar certamente vai carecer de ânimo ou de coragem suficiente para alcançar as metas além do estritamente necessário.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.