Qual é o melhor tipo de amor?

Você já se perguntou qual é o melhor tipo de amor? Será que existem diferentes formas de amar? Talvez não ou talvez sim. A verdade é que amamos em momentos diferentes e, dependendo de como estamos, os sentimentos e as emoções mudam.

O estadista inglês Benjamin Disraeli dizia que “a magia do primeiro amor está em ignorarmos que ele pode acabar um dia”. É muito provável que ele estivesse certo. Quem não viveu aquele primeiro amor em que o simples contato com a pessoa amada parecia queimar a pele pela paixão ardente a cada segundo?

No entanto, apesar do romantismo em que a cultura e os costumes nos fazem acreditar sobre a magia do primeiro amor, parece que ele não é o melhor. Ou pelo menos é o que dizem alguns especialistas.

Existem vários tipos de amor? Qual deles é o melhor?

De acordo com os psicólogos Cristina Callao e Robert Epstein, existem diferentes tipos de amor. Na verdade, apesar do acervo cultural do amor apaixonado, a realidade é muito diferente. O que lemos nos romances é uma falsa idealização do amor.

Os psicólogos acima citados tentam questionar essa ideia de metade da laranja, onde necessitamos do outro para nos sentirmos completos. No entanto, Callao acredita que esta opção anula totalmente um dos parceiros, porque ele perderá a sua essência e a sua individualidade.

A verdade é que a força da adolescência nos faz viver um primeiro amor apaixonado e inesquecível, e não conseguimos perceber se há melhores opções. Dessa forma, o jovem casal se sente feliz e pleno, e qualquer afastamento os torna profundamente infelizes. Parece que esta não é a opção mais válida.

No entanto, o cérebro humano tende a idealizar tudo que produz nostalgia. Um famoso ditado que exemplifica essa frase diz que “todo tempo passado foi melhor”. No entanto, não parece verdadeiro. A verdade é que os amores apaixonados da juventude muitas vezes são muito sofridos em consequência da falta de serenidade e segurança do casal.

Qual é o melhor tipo de amor? De acordo com especialistas, o amor maduro

Os especialistas consideram o amor maduro como o melhor tipo de amor.

Por quê? Por várias razões:

– O amor maduro chega quando somos pessoas mais experientes, com ideias mais claras.

– O amor maduro chega impregnado de um toque de segurança e serenidade de que todo ser humano precisa.

– A saúde afetiva e emocional de um amor maduro é muito mais produtiva.

– É uma forma de amor que traz benefícios a nível emocional, individual e de casal.

É evidente que poucos poetas louvaram o amor maduro, talvez porque ele não tenha a intensidade dos sentimentos de uma paixão juvenil. No entanto, a ligação criada entre os parceiros se baseia no companheirismo e na confiança, e não tanto na intensidade emocional.

“No início, todos os pensamentos pertencem ao amor. Depois, todo amor pertence aos pensamentos.”
– Albert Einstein –

O perigo do amor romântico

A sociedade atual e a cultura popular têm nos incutido uma certa proximidade com o amor romântico. Muitos sonham com esse amor profundo e intenso que irá mudar suas vidas. No entanto, na maioria dos casos, não será para melhor.

A idealização do amor romântico nos impede de ver a realidade como ela é. Por isso, é muito difícil para muitas pessoas abandonar relacionamentos tóxicos, tumultuados e dolorosos. De acordo com Epstein, aprendemos o amor de uma forma muito pouco realista, aprendemos uma ideia de amor inacessível aos simples mortais. Por outro lado, a programação feita desde a nossa infância é tão forte que raramente não cometemos o erro de buscar um “amor de cinema”.

No entanto, os padrões de idealização do amor podem mudar. Embora as atitudes estejam implícitas no nosso cérebro, está em “nossas mãos” o poder para mudar essa configuração. O processo de aprendizagem que começa com o primeiro amor romântico pode ser usado como uma evolução para encontrar amores mais maduros, sensatos e serenos.

“O amor é uma amizade com momentos eróticos”.
– Antonio Gala –

Para concluir, os psicólogos recomendam priorizar os sentimentos de atração, respeito e apreço. As pessoas honestas, compreensivas, bem-humoradas e que não estão constantemente na defensiva podem ter relacionamentos mais duradouros, sinceros e felizes.