Quem me quiser, que me procure
Não deveríamos andar atrás de alguém que nos vê chegando e se esconde. Não deveríamos ir atrás quando já sabem onde estamos, conhecem nossa intenção de transitar por seu atalho, e não nos abrem caminho. Não. Temos que nos dar uma oportunidade.
O carinho não se suplica e a falta de interesse acaba com ele. É hora de arrancar minutos do relógio e folhas do calendário. É o momento de ressurgir, de gostar de nós mesmos e de trabalhar nossa dignidade. Então, quem me quiser, que me procure.
O afeto não fala a mesma língua do que o egoísmo e que a indiferença. Não, o carinho é sincero, imparcial, cordial, recíproco; só conhece o interesse quando procura o benefício comum, quando tenta regar sua árvore e crescer.
A súplica, a autoestima e o bem-estar emocional
“Arrastar-se” e suplicar migalhas de atenção e carinho deixa um rastro permanente em nossa autoestima e em nosso bem-estar emocional. Sermos ignorados faz com que nos sintamos pequenos, insignificantes e vulneráveis.
A isso se unem a impotência, a frustração e a raiva por não ter o tipo de relação que nós gostaríamos de ter com essa pessoa que não se interessa pela presença e menospreza nosso interesse.
Nossa autoestima se reduz muito quando isso acontece. Sentir isso faz até mesmo com que sejamos incapazes de manter uma atitude correta com nós mesmos.
Restaurar o que o tempo e as atitudes de indiferença dos outros diminuíram não é uma tarefa fácil. Recompor nossos pedaços exige orgulho, coragem e um certo “egoísmo saudável” que não é mais do que começar a cuidar de nós mesmos.
Não procure, permita que o encontrem
Comece a buscar a si mesmo e permita que o encontrem. Correr atrás das pessoas que o ignoram o está envenenando. Quem o quer vai procurá-lo, e quem não o fizer, simplesmente não é uma pessoa que deve estar ao seu lado.
Sabem isso de começar a voar? Pois é o momento de colocar isso em prática, abrir as asas e retomar o voo. Então retome as rédeas da sua vida e rodeie-se de pessoas boas, que não o afogam e que não se nutrem de egoísmos.
Devemos saber que as pretensões do coração egoísta podem marcar nosso caminho. Portanto, devemos tentar nos desfazer o quanto antes dessas pedras que foram colocadas nos nossos sapatos.
Por isso, para restabelecer a nossa autoestima, devemos entender que nada pode ser possível se não cuidarmos de nós mesmos.
O normal é que uma vez que rompermos com esses círculos viciosos, seja difícil deixar de sentir falta de ou de desejar algo que nunca tivemos, mas que sempre quisemos.
Deixar ir aquilo que não nos beneficia sempre traz novos e bons ventos para nossa vida. Pouco a pouco, redescobriremos essa ideia de que só precisamos de nós mesmos para viver, de que somos as pessoas mais imprescindíveis em nossa vida, e de que merecemos nos rodear de quem aprecia a nossa companhia.