As regras da felicidade, segundo Schopenhauer

As regras da felicidade, segundo Schopenhauer

Última atualização: 23 agosto, 2016

Arthur Schopenhauer foi um brilhante filósofo alemão, profundamente engenhoso e com grande influência durante a segunda metade do século XIX e começo do XX. Ele se caracterizou por uma posição nitidamente pessimista perante o mundo e a vida, o que foi refletido na sua principal obra “O mundo como vontade e representação”.

O grande realismo e a profundidade do seu pensamento o impediam de ver “o mundo colorido”. Ainda assim, Schopenhauer escreveu um ensaio com 50 regras para alcançar a felicidade.

A “felicidade” é um desses conceitos imprecisos sobre os quais o homem, ao longo de sua história, nunca entrou em acordo. Compartilhamos a ideia de que este é um sentimento de plenitude e alegria, mas cada pessoa chega a esse estado por razões diferentes. Na verdade, muitas pessoas afirmam que nem sequer é um estado como tal, mas sim uma percepção passageira.

Schopenhauer desenvolveu um conceito de felicidade que tinha por fundamento a prudência e a ética. Dentro do seu pensamento a felicidade tem mais a ver com a paz interior do que com o júbilo e a alegria. Das suas cinquentas regras para a felicidade, selecionamos 10 que podem ser enriquecedoras para você.

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Evitar a inveja, norma básica do pensamento de Schopenhauer

A inveja é uma força muito negativa que pode se apoderar do nosso coração e bloquear nossa alegria de viver. Quem está mais focado no que os outros fazem ou sentem descuida-se da tarefa de construir sua própria felicidade.

Desapegar-se dos resultados

Trata-se simplesmente de colocar todo o nosso empenho no que fazemos, já que é a única coisa que depende apenas de cada um de nós. Deve ficar a satisfação de tê-lo feito bem. O resto não tem importância.

Permitir-se a alegria

Muitas pessoas chegam a experimentar certa estranheza e até se sentem culpadas quando estão alegres. Isto ocorre porque outras pessoas sofrem ou pelo fato de algumas pessoas considerarem o sofrimento mais louvável do que a alegria. É importante nos desapegarmos dessas ideais e sermos capazes de experimentar a alegria sem nenhum questionamento.

Controlar as fantasias

Goya costumava dizer que “a imaginação produz monstros”. Tanto com nossos temores, como com nossas ambições, costumamos deixar a fantasia criar asas. Por isso, terminamos vendo perigos maiores dos que realmente existem ou sucessos gigantescos que, em todo caso, não passam de simples sonhos.

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Evitar a infelicidade

Ainda que pareça óbvio, nem todos as pessoas evitam a tristeza. Na verdade, algumas pessoas procuram por ela e, é claro, a encontram. Para Schopenhauer, o mais saudável é evitar ou erradicar todas aquelas situações que podem gerar infelicidade, porque em essência não valem a pena e apenas são a fonte de novas dificuldades.

Valorizar o que você tem

A cada dia deveríamos nos despertar e pensar em tudo aquilo pelo que temos que agradecer. Começando por um dia a mais de vida, por um teto, uma cama e uma consciência para valorizar o que temos e que muitos outros não possuem.

Empreender e aprender

Ter planos e projetos gera uma dose importante de entusiasmo na vida. Não importa que esse projeto seja simplesmente cultivar uma planta ou fazer uma comida deliciosa: esses pequenos empreendimentos são um tesouro. Da mesma maneira, a aprendizagem sempre nos permite sentir que estamos crescendo e evoluindo.

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Cuidar da saúde

A doença muda completamente a nossa perspectiva perante a vida. Quem sofreu com os rigores da dor, do incômodo ou da limitação sabe disso muito bem. A saúde é um verdadeiro tesouro do qual devemos cuidar para podermos aproveitar todo o resto.

Ter compaixão por nós mesmos

A primeira forma de bondade deve ser dirigida a nós mesmos, defende Schopenhauer. É importante avaliar-nos, reconhecer os erros e aprender com eles . O que não devemos fazer é nos flagelar, criticar demais a nós mesmos ou apontar de maneira rígida o que fazemos. Afinal, isso não serve para nada.

Preparar-se para o passar do tempo

Quando somos jovens é como se a velhice fosse algo que acontece com os outros, nunca com nós mesmos. Essa fantasia nos leva a viver sem nos prepararmos para esse futuro onde o peso dos anos introduz novas limitações e novas vulnerabilidades. Quem se prepara para a velhice garante um melhor bem-estar nessa frágil etapa da vida.

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