A teoria do iceberg e as nossas decisões

A teoria do iceberg e as nossas decisões

Última atualização: 20 julho, 2016

A teoria do iceberg de Hemingway tem sido aplicada ao longo dos anos em diferentes áreas, como na literatura e nos recursos humanos. Hoje apresentaremos essa teoria aplicada no campo da psicologia.

A teoria de Hemingway diz que apenas percebemos o que vemos à primeira vista; o restante passa despercebido como em um iceberg. Ou seja, existe uma parte consciente da informação e outra inconsciente.

Imagine que você está viajando em um barco e vê um iceberg distante. O que você vê? Uma massa de gelo. Mas debaixo desse iceberg está escondida outra gigantesca massa de gelo que o sustenta, como você pode comprovar na imagem principal do texto. Esta parte invisível aos nossos sentidos é muito interessante.

Quando olhamos a realidade diante de nós vemos apenas a sua superfície, que é a parte visível. Segundo a teoria do iceberg vemos somente 20% do total. E o restante? Comparando com a nossa mente 20% seriam a nossa parte consciente e os 80% restantes correspondem à parte inconsciente.

Teoria do iceberg

Com isso, podemos refletir sobre os meandros da nossa mente e todos os seus processos, essa parte inconsciente que não conseguimos entender.

A teoria do iceberg no dia a dia

Por exemplo, pense nas muitas vezes em que acreditamos em algo e não nos preocupamos em averiguar se estamos confusos ou errados. Seguimos o caminho mais fácil e buscamos informações que apoiem as nossas ideias.

Por que optamos por acreditar na primeira impressão e não tentamos comprovar se isso é falso ou verdadeiro? Por que na maioria das vezes não questionamos os custos e os benefícios? Talvez seja porque depois de uma decisão repentina surjam perguntas e obstáculos que não tínhamos levado em conta.

Será que nós, seres humanos, tendemos a utilizar um programa de economia cognitiva, através do qual escolhemos aquela informação mais fácil e que está relacionada com a nossa maneira de ver a vida?

Por exemplo, acreditamos que uma situação pode ser criada por diferentes questões: minha amiga disse tal coisa porque quer ser como eu, por que tem inveja ou porque não consegue suportar que eu tenha sorte na vida… Na realidade, pode ter sido por muitas outras causas, mas estamos convencidos da realidade que criamos, e qualquer pensamento que passe pela nossa cabeça será relacionado automaticamente com a nossa hipótese.

Na maioria das vezes criamos hipóteses e conclusões baseadas nas informações que temos e que não são a totalidade das informações disponíveis.

Então, cuidado com a suas decisões! Será que não vale a pena averiguar o que realmente está acontecendo sob a água?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.