Três dicas para superar as dores do amor
As dores do amor são caracterizadas por uma tristeza profunda e uma grande desesperança, que se origina na impossibilidade de viver uma relação amorosa plenamente com o ser amado. Pode ser que essa pessoa nunca tenha te amado, ou tenha, mas seu sentimento já acabou. Você então fica numa situação na qual não consegue renunciar, nem alcançar o que deseja.
Como quase tudo na vida, as dores do amor também envolvem um processo de reflexão, interiorização e crescimento. Por isso, afirma o neurologista Leonardo Palácios: “É um sentimento, geralmente, de tristeza; e tem três fases: a negação, a culpa e a aceitação”.
A negação, no conceito desse especialista, é caracterizada pela tentativa de recuperar aquilo que foi perdido ou parte da perda. A culpa, por sua vez, é caracterizada pela busca de qualquer responsabilidade pelo que aconteceu e, por fim, a aceitação significa o consentimento, a aprovação e o entendimento do término da relação.
No entanto, é evidente que nem sempre essas três fases são experimentadas ou superadas com sucesso. Isso acaba obstruindo e impedindo o desenvolvimento normal de uma pessoa em sua vida social e afetiva. Para evitar isso, vamos lhe dar três dicas que irão ajudá-lo a encontrar o caminho para superar essas dores do amor.
Entender que os amores têm um começo e um fim
Talvez o mais desconcertante do amor é que, como tantos outros acontecimentos da própria vida, ele tem um começo e um fim. Mesmo os maiores e mais completos amores do mundo têm que terminar, nem que seja com a morte. Aí é chegado ao final da história, e isso provoca uma dor enorme.
No geral, não é necessário que chegue a morte para entender que, ainda mais hoje em dia, os amores são efêmeros e passageiros. Talvez isso encontre sua razão de ser no dinamismo e na personalidade das gerações contemporâneas: tudo é rápido, tudo passa, nada dura… O problema é que às vezes uma história que, aparentemente, nasce para terminar logo, acaba ficando presa no coração.
Não importa quais sejam as expectativas: os amores são sempre um território incerto. E, por uma razão ou outra, é certo que quando há amor também há dor, porque mais cedo ou mais tarde, pela circunstância “A” ou “B”, ele sempre termina.
Um prego não tira outro prego
Esse “desejo” de estar com alguém, talvez sem saber muito bem o porquê, faz com que, em alguns casos, mudemos de parceiro como quem muda de roupa. E quando uma pessoa não vive devidamente o luto de um término afetivo anterior, em vez de resolver um problema, irá adicionar outro à sua vida.
Porque “um prego não tira outro prego”, como é dito popularmente. Em vez disso, o que você vai acabar fazendo é afundá-lo mais e mais e, assim, tornar maior a ferida. O problema é que podemos entrar numa cadeia de novos amores e novos términos, que em último caso apenas deixam um profundo sentimento de vazio, quando não de depressão ou ansiedade.
Refazer a vida afetiva é absolutamente positivo, mas para voltar a amar de uma forma saudável você deve aprender com experiências passadas. Sem isso, fica claro o que vai acontecer… Como dizem: “Quem não conhece a história, está condenado a repeti-la”.
Um grande amor não é esquecido da noite para o dia
As dores do amor são uma experiência difícil, mas é importante viver esse estado ou, pelo menos, experimentá-lo em diferentes ocasiões. Isso nos permite crescer e amadurecer. Além disso, não se deve esquecer que o verdadeiro aprendizado, em vários casos, não está nos livros (que são certamente de grande ajuda), mas sim nas experiências de vida. Vale dizer: bem vividas.
Não podemos esquecer que a dor é um sentimento que todos tentamos evitar. Não estou dizendo para você tratar o sofrimento com carinho, longe disso, mas sim que esteja ciente de que, às vezes, a dor funciona como uma espécie de “pedagogia” da vida. Algo implícito na sabedoria do universo. Uma oportunidade de nos conhecermos melhor e lembrarmos que na privação de algo que amamos há também muitas lições valiosas.
Por isso você tem que dar tempo ao tempo. Um edifício não é construído de um dia para o outro, e os grandes amores, ou grandes esquecimentos, também não. As experiências de amor são intensas e complexas, por isso é necessário digeri-las e controlar a ansiedade pelo mal-estar originado por uma perda para conseguir encontrar os ensinamentos dessa situação.
Não existe uma receita mágica para curar as dores do amor, mas pense que se você está passando por essa transição difícil, é melhor colocar esforço para ser tolerante. Consigo mesmo, com a pessoa amada que já não está, e com as dinâmicas profundas da vida, que têm seu próprio tempo e as suas próprias surpresas no fim do caminho.