O estresse muda a nossa personalidade. Você, que antes era tão otimista, confiante, que respondia a todos com um sorriso…
Meu maior triunfo: ter alcançado a autonomia emocional

Uma das nossas maiores conquistas a nível pessoal é alcançar em algum momento da vida uma total autonomia emocional. É nesse momento que assumimos a total responsabilidade sobre nós mesmos sem dependências tóxicas, sem depender de qualquer pessoa para lutar com dignidade e equilíbrio e alcançar tudo o que desejamos e merecemos.
Não é fácil. A autonomia emocional é uma aspiração de crescimento pessoal que nem todos conseguem alcançar. Essa autonomia, definida como a capacidade de tomar decisões de acordo com sua própria vontade, tem muitos obstáculos, muros altos, e um exército de inimigos endurecidos pela batalha. A pressões externas e os nossos sabotadores internos restringem este objetivo o tempo todo.
“Se você não é capaz de me amar como eu mereço, é melhor que vá embora. Existirá quem seja capaz de apreciar o que eu sou.”
As misteriosas redes de controle e dominação
A vida, por si mesma, nem sempre nos permite desfrutar de uma autonomia pessoal total e absoluta. No entanto, o que temos a nosso favor é a capacidade de decidir; onde a autonomia emocional atinge sua relevância máxima. No momento em que nós conseguimos desenvolver uma clareza mental adequada para recuperar a voz e a dignidade, seremos capazes de dizer o que queremos, quando queremos, o que não queremos e quem não queremos em nossas vidas.
Precisamos aprender a viver com as nossas próprias referências de poder.
Como alcançar a nossa autonomia emocional
Vivermos como estrategistas em autonomia emocional implica dominar tudo o que definimos como autossuficiência. Construa uma identidade forte para garantir a sua integridade, para tomar decisões e se responsabilizar pelas consequências dos seus atos. Mantenha uma atitude positiva perante a vida e faça dela uma viagem muito especial. Uma viagem para dentro de nós mesmos para nos conscientizarmos de todos os nossos aspectos, sejam positivos ou negativos.
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro, desperta.”
– Carl Gustav Jung –
Nós propomos começar esta viagem através dos seguintes passos:
As bases da autossuficiência
Se alguém escolhe as coisas para você, você não se sente capaz. Se alguém resolve os seus problemas, se você espera que o outro aprove as suas ideias, que lhe deem permissão, ou indiquem aonde deve ir ou não, você nunca desenvolverá uma autossuficiência adequada. Mesmo que duvide, hesite, tenha medo ou não se sinta capaz, faça e decida agir por si mesmo.
Um dos maiores inimigos da independência emocional é certamente a “autonomia comprometida”. São essas situações complexas construídas especialmente entre casais, onde ambos vivem em um autoengano muito destrutivo.
Podemos dizer “faça o que você quiser”, “decida o que você precisa”, “o que você disser está bem”, “saia hoje à noite com os seus amigos, se você quiser”, quando na verdade, esperamos justamente o oposto. Na verdade, são mandatos implícitos que precisamos saber gerenciar para que a autonomia emocional seja autêntica e completa nesse relacionamento.
A autonomia emocional também determina que nenhuma pessoa tem o direito de decidir por nós o que podemos fazer ou ter. “Você está bem onde está”, “Isso é bom para você, isso é o que o faz feliz e não essas bobagens que passam pela sua cabeça”.
Outro aspecto sobre o qual precisamos refletir é que muitos de nós sabemos muito bem quais são os componentes que formam a autonomia emocional: sabemos o que é a autoestima, a assertividade, a resiliência… No entanto, apesar disso, nos deparamos com múltiplos bloqueios emocionais.
Talvez devêssemos levar em conta o conselho que Erich Fromm nos deixou: “Atreva-se a ser livre”. Porque na maioria das vezes, só é necessário ousar, dar um passo adiante para nos transformamos no que realmente queremos.
Imagens cortesia de HuanLe.