Lembre-se sempre: tudo passa, tudo vem e tudo muda

Lembre-se sempre: tudo passa, tudo vem e tudo muda
Raquel Aldana

Escrito e verificado por a psicóloga Raquel Aldana.

Última atualização: 14 dezembro, 2021

Não importa por quanta dor tiver passado, sempre deve lembrar-se de que cada coisa chega a nós a seu tempo e seu ritmo, e que no fim tudo passa, tudo vem e tudo muda.

Para que isso aconteça falta a nós paciência, tempo e reflexão. Ainda que não sejam coisas fáceis de conseguir, tampouco são impossíveis. Então chegará o dia em que tudo o que passou será apenas um apanhado de lembranças que levaram a muito aprendizado.

Absolutamente tudo que nos ocorre tem um começo e um fim. Ainda que aconteça algo negativo, não se desespere, mesmo que sua vida esteja conturbada. E se está em uma etapa reconfortante, lembre-se de que deve aproveitá-la ao máximo, e manter as boas recordações.

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Com paciência tudo se alcança

Não falta nada a quem tem paciência. Entre outras motivos, isso ocorre porque a meta dos pacientes é avançar e aproveitar todo o possível dos acontecimentos, para devorar experiências, assumir mudanças e não deixar que o presente escape.

Todos ansiamos em algum momento que os ponteiros do relógio corressem mais rápido, ou que as folhas do calendário passassem prematuramente. Com o passar do tempo nos obrigamos, no entanto, a refletir sobre a transcendência do que nos ocorre e do que queremos que ocorra.
Nesse sentido, há um provérbio chinês que encerra em si mesmo um ensinamento altamente terapêutico: “Se algo tem solução, para que se preocupar? Se algo não tem solução, para que se preocupar?”
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Sempre há algo que permanece

É certo que ainda que tudo passe, sempre haverá algo que permanecerá sobre aquilo que passou. Quase sempre o aprendizado das circunstâncias pelas quais passamos impregna parte do que podemos chamar de nossa essência.

Quando nossas preocupações são excessivas e a tensão se torna quase insuportável, devemos repetir que tudo passa e tudo muda. Como podemos nos tranquilizar?

  • Diante de acontecimentos ou épocas angustiantes, devemos nos dar conta dos estímulos internos e eventos externos que nos geram ansiedade ou angústia. Podemos conseguir isso tentando provocar uma preocupação e analisando como nos comportamos diante dela.
  • O ideal é conhecermos estratégias relacionadas à respiração ou outro tipo de atividade que nos ajude a nos concentrarmos no aqui e no agora (por exemplo, pintar livros de colorir anti estresse).
  • Dessa maneira diminuiremos as expectativas e previsões negativas, focando a atenção no momento presente. Não podemos nos deixar levar por expectativas, que podem ser erradas, de eventos futuros.

Que tipo de problema é possível que tenhamos que enfrentar?

Não há uma solução mágica para cada problema, mas podemos sempre ter estratégias que nos ajudem a resolver nossas preocupações da melhor maneira possível. Vamos em primeiro lugar pensar em que tipo de preocupações podemos ter:

  • Preocupações sobre conflitos com outras pessoas ou sobre manutenções e reparos que nossa casa precisa. Esses tipos de problemas são muito imediatos e podemos, então, por em prática estratégias de solução de problemas. Resumidamente:
  1. Temos que prestar atenção no problema assumindo que os problemas são parte da vida e que é importante nos sentirmos capazes de enfrentá-los, assim como procurarmos não responder de maneira impulsiva.
  2. É importante especificar o que influencia o problema e que soluções nos ocorrem para enfrentá-lo, sejam ou não absurda. Podemos contemplar o problema em primeira instância. A quantidade de ideias gera qualidade.
  3. Devemos tomar decisões em relação às alternativas de solução que nos ocorreram, medindo prós e contras tanto a nível emocional, como a nível de gasto de tempo e esforço.
  4. Uma vez que tenhamos tomado a decisão mais sensata, devemos colocá-la em prática. Se não encontramos ainda uma boa solução, repetimos o processo.
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  • Outro tipo de problema ou preocupação sobre questões imediatas não são modificáveis, como, por exemplo, a doença de um ente querido ou o estado em que se encontra o mundo. Nesse ponto temos que ter estratégias de autocontrole e de reavaliação positiva, por exemplo.
  • Preocupações irracionais como com o fim do mundo ou com o fato de que podemos ficar seriamente doentes de repente não se baseiam numa realidade muito provável. Por isso é preciso cultivar a capacidade de racionalizar, com argumentos coerentes, desmontando assim os pensamentos que são nem um pouco prováveis.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.