Viajar melhora a saúde do seu cérebro
Viajar melhora a saúde do cérebro, porque ficar longe de nossos mapas diários para descobrir outras terras, novos ventos e cenários inspiradores tem benefícios incríveis. Nossas estruturas cognitivas se “iluminam” ao reativar os circuitos de recompensa, nós rompemos com a rotina e o nó de estresse e da ansiedade perde força para libertar a mente e despertar nossas emoções.
Todo mundo precisa de férias. No entanto, e por mais estranho que pareça, muitos trabalhadores não podem ou não querem tirar esses dias de descanso necessário. Outros, por outro lado, não sabem como realmente se “desconectar”, reduzir o ritmo e se despir das responsabilidades.
Isso explica, por exemplo, como o índice de acidentes cardiovasculares não deixa de aumentar a cada ano: nos transformamos em uma sociedade esgotada que não sabe como descansar.
“Um viajante sem capacidade de observação é como um pássaro sem asas”.
-Moslih Eddin Saadi-
A solução para esse problema é simples: fazer uma viagem. Mas não é necessário se afastar muito da nossa própria latitude, não é necessário deixar quilômetros para trás até encontrarmos outro idioma e outros fusos horários.
Existem localidades e cidades próximas que nós desconhecemos e que também nos darão o mesmo resultado. Elas nos permitirão fugir do cotidiano, oferecer ao cérebro estímulos novos e quebrar esses padrões de pensamento aos quais estamos presos ao longo do ano.
5 formas por meio das quais viajar melhora a saúde do cérebro
Às vezes temos que fazer isso: ir para poder voltar. Deixar nossos universos ordinários para retornar a eles com força renovada. Porque uma viagem não deixa ninguém indiferente, sempre recompensa, sempre oferece algo em troca que nos beneficia e nos permite ser um pouco melhores em todos os sentidos. Além disso, o ato de ousar respirar em outra latitude, em outro hemisfério ou mesmo na cidade ao lado é uma aventura que não tem idade.
Porque viajar não é apenas para corações e pés jovens. Existem vários estudos que apoiam o fato de que fazer escapadas regulares durante a meia-idade e na velhice melhora significativamente a nossa saúde. À medida que crescemos e envelhecemos, nada pode ser mais positivo do que romper com as rotinas e permitir que nossa mente se abra para novas experiências e estímulos.
Vamos ver, portanto, por que viajar melhora a saúde do seu cérebro.
1. Ativa e otimiza os nossos processos cognitivos
- Chegar a um cenário novo nos obriga a utilizar mais recursos cerebrais. Temos que olhar para os mapas, fazer uso de nossa inteligência espacial para nos orientarmos, para recordar certos percursos, ruas, pontos de encontro, organizar rotas…
- Viajar também melhora a nossa atenção, estamos mais motivados e isso nos ajuda a configurar memórias e dados com mais facilidade e de forma mais significativa.
2. Maiores conexões neuronais
Toda viagem, de uma forma ou de outra, nos obriga a fazer algo novo, a deixar até mesmo determinados medos para trás. Andar de avião, viajar de barco, montar a cavalo ou em um camelo, quebrar o gelo para falar outras línguas ou até mesmo, por que não, nos dar a oportunidade de fazer uma viagem sozinhos.
Todas essas experiências geram novas conexões em nosso cérebro. Os níveis de dopamina e serotonina se elevam, a circulação sanguínea melhora, o cérebro recebe mais oxigênio… Todos esses estímulos novos e positivos “acendem e iluminam” os nossos neurônios e tecidos do cérebro. É, por assim dizer, a melhor energia que podemos lhe dar, é exercitar ao máximo este órgão para termos mais agilidade e reserva cognitiva.
3. Melhora a nossa empatia
Viajar faz bem para o seu cérebro porque aquilo que mais colocamos em funcionamento é a conexão. Nós nos conectamos com o ambiente, com novas sensações, sabores e experiências… E nos conectamos também com as pessoas que nos rodeiam e as que encontramos em cada uma dessas escapadas. Algo tão essencial quanto se despir de nossos costumes permite ver o mundo com maior humildade e proximidade.
Viajar nos deixa mais tolerantes, nos ajuda a descobrir outras perspectivas pessoais diferentes das nossas, e também nos obriga a aplicar um pensamento muito mais flexível. Todas essas dinâmicas também dão forma à empatia, estimulam a capacidade de nos colocarmos na pele dos outros e encontrarmos outras realidades tão especiais como as nossas.
4. Viajar estimula a criatividade
A criatividade não tem idade. Esse potencial sempre reside dentro de nós, assim como a capacidade de aprender. No entanto, nossos trabalhos e rotinas nos colocam em círculos repetitivos onde pouco ou nada de novo acontece. Onde o dia a dia acaba por nos oxidar, onde a falta de incentivos e novidades reduz a nossa capacidade de gerar ideias inovadoras e pensamentos inspiradores.
Se viajar melhora a saúde do cérebro, é porque desperta a sua mente. Porque desafia os seus sentidos. Porque o situa em paisagens nunca vistas junto com rostos novos, com histórias não ouvidas, comida não provada, ruas que guardam segredos, lojas escondidas de cheiros estranhos e cheias de livros e objetos surpreendentes.
Viajar é cultura, sabemos disso; mas também favorece um despertar interior, onde encontramos inspiração e relativizamos conceitos, ideias, esquemas antigos. É encontrar inspiração e se permitir aprender coisas novas que raramente são esquecidas.
5. Melhora o humor e reduz o estresse
Viajar e desfrutar de cada experiência desse tempo de calma reduz ao máximo o nível de cortisol do nosso organismo. O hormônio do estresse volta à normalidade e ganhamos bem-estar. Não há pressões externas, somente a oportunidade de desfrutar de um ambiente e de cada estímulo inscrito nele: natureza, cidades efervescentes, cultura em cada rua ou em cada galeria, boa comida, praias, museus ou eventos musicais…
Toda escapada é um modo de tirar o melhor de nós mesmos, de se redescobrir e também de se transformar. Faremos isso através de um humor mais aberto, receptivo e otimista.
Viajar melhora a saúde do cérebro porque leva você a ver o mundo com uma perspectiva mais ampla e luminosa. Então não hesite, às vezes vale a pena ter um passaporte cheio de carimbos para ter uma casa cheia de histórias interessantes que somos capazes de narrar, simplesmente porque vivemos essas histórias.