2 ideias falsas sobre o amor

2 ideias falsas sobre o amor

Última atualização: 25 dezembro, 2016

O amor romântico faz parte de um mito criado pelos contos de fadas, pelo cinema ou pela literatura que traça o contorno de um mundo platônico, em muitos casos longe da realidade. É claro que seria um erro pensar que ele é totalmente falso, já que se refletirmos sobre este conceito lá no fundo, nosso coração irá nos confirmar que o amor honesto existe sim.

Todos já vivemos em algum momento da nossa existência o amor verdadeiro ou pelo menos já nos entregamos a ele, querendo abraçar a experiência de forma completa. Assim, já realizamos ações repletas de romantismo como parte dessa entrega e dessa sedução necessária para conquistar a pessoa que amamos.

Por outro lado, a verdade é que dentro do rótulo do amor romântico se entrelaçam ideias que não são totalmente verdadeiras, podendo até mesmo chegar a serem negativas para o nosso interior, como desenvolver uma dependência entre os dois amantes ou devoção excessiva. Hoje iremos revelar duas ideias falsas sobre o amor.

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Lendas falsas sobre o amor romântico

Desde pequenos nos motivam a desenvolver uma visão da realidade onde o principal conceito é o “ideal romântico”, uma série de estereótipos no qual temos que encaixar o parceiro/a perfeito/a. Ideias como a compreensão, o senso de humor, uma boa comunicação e respeito. Desfrutar de todas essas experiências e situações é sem dúvida saudável para o nosso ser. Ficamos cada vez mais perto de descobrir o que realmente desejamos e o que não estamos preparados para permitir.

O lado negativo desta idealização é que nos deixamos levar em excesso pela ideia deste tipo de amor romântico, esquecemos que trabalhamos com um molde curvo e que a realidade e as pessoas sempre têm suas arestas. Um modelo, que como já dissemos vem dos contos infantis, é perpetuado pelo cinema e vendido pela publicidade.

No entanto, nas letras pequenas da mensagem diz-se que todas as pessoas mentem, porque crescer em uma verdade imaculada não é menos tóxico do que crescer na mentira absoluta. Que existem pessoas que têm defeitos que não fazem parte dos socialmente aceitos e que ainda assim merecem carinho e amor. Diz-se que o tempo e as condições são mutáveis e que o único “para sempre” é o agora. Tudo isso são letras pequenas que não lemos, que ignoramos pela dificuldade que implicam.

O amor é para sempre

Apaixonar-se não implica acreditar que este amor vai durar eternamente. Implica que os nossos sentimentos são de uma intensidade grande e que, com a força desta ilusão, somos capazes de imaginar um futuro juntos. Um amanhã onde essa ilusão se perpetue, por isso é que é difícil entender que estes momentos possam ter um final.

Assim, caminhamos como gigantes e de forma cautelosa, abandonamos a nossa proteção para nos deixarmos rodear pela sensação de segurança que a própria paixão emite. As barreiras deixam de ser necessárias, porque neste momento nos sentimos muito fortes.

Desta forma, diante da ideia do “para sempre”, o amor é algo que se cuida e se constrói sobre uma base diária, no sentido de que no seu desenvolvimento não faltem dificuldades, transformações e adaptações. Este é o esforço que nos é pedido, e esta é também a sua parte bonita se soubermos responder, e não é menos bela do que a que o amor idealista promete.

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Por isso, um conselho que posso lhe dar é que nunca se obrigue a acreditar que a sua relação atual tem que durar para sempre. O único responsável por garantir a sua própria felicidade é você mesmo. As pessoas evoluem e mudam, assim como as emoções e as sensações.

Uma tarefa que pode ajudá-lo a reafirmar o vínculo com a pessoa que você ama é estabelecer compromissos. Não falamos de compromisso, mas de compromissos, no plural. Não falamos de assegurar que certos sentimentos não mudaram, mas sim de colocá-los em prática para que o amor nunca sinta falta de cuidados e de atenção.

Finalmente, não se esqueça de que você já viveu sem o seu parceiro/a e que se ele/a partir, você poderá viver sem ele/a. Isto é algo que torna a pessoa que você ama menos importante, mas previne que você gere uma dependência da qual pode acabar sendo escravo.

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O amor necessita que renunciemos a tudo

Este é, sem dúvida, um ideal clássico e prejudicial do amor romântico. Neste ponto é bom ressaltar que a figura que costuma ser mais prejudicada é a mulher, já que o estereótipo existente estabelece que ela tem que ser a figura capaz de deixar tudo por ele. Deixar tudo de lado pelo seu parceiro.

O amor saudável cresce quando ambas as partes investem no compromisso que firmaram. Em uma relação saudável, a busca do equilíbrio é fundamental, onde ambas as partes se entregam de forma equilibrada e respeitam em todos os momentos a independência e a individualidade do outro. Costumam ser casais em que o amor nasce com base na confiança e no respeito, no trabalho em equipe, e em que um não monopoliza a identidade do outro.

Neste ponto, poderíamos confirmar que o amor romântico esconde, como vemos na sociedade de hoje, casais prejudiciais e pouco saudáveis. Recordar que o amor verdadeiro e saudável é aquele sentimento que não domina nem coloca barreiras irá ajudá-lo a viver o dia a dia de forma plena com seu parceiro/a. Este é o amor mágico, o perfeitamente imperfeito, e não outro que você possa ter em mente.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.