3 filmes de amor e nostalgia

3 filmes de amor e nostalgia

Última atualização: 27 maio, 2017

Existem relacionamentos de amor que nos marcam para sempre, e mesmo que tenham se rompido há tempos, deixam uma profunda marca em nós. Tanto é assim que as sensações vividas ficarão sempre presentes e farão parte do que somos.

De forma inconsciente e implícita, essa lembrança condicionará o que esperamos, precisamos e evitamos nos relacionamentos subsequentes. Inclusive, pode ser uma fonte de frustração por não ter vivenciado essas sensações tão intensas e revitalizantes muito antes.

Muitos filmes se baseiam nesse tipo de experiências e nos fazem reviver aquelas sensações que tínhamos adormecidas através das histórias que vemos na tela. Ativam nossos “nós nostálgicos” – como diriam os psicólogos comportamentais – através de certas chaves como olhares, sorrisos e choros.

Vamos recomendar três filmes que agem como estas chaves. Ideais se você quer recordar a beleza e a dor ao mesmo tempo, mas que certa vez foram únicas. A nostalgia, no fim das contas.

Filmes de amor que vale a pena assistir

O paciente inglês

Existem histórias de amor nas telas que são bonitas, agradáveis e simples. Contudo, existem outras que são tudo ou nada, um atrito suave que acaricia uma faca do amor mais apaixonado e tóxico ao mesmo tempo.

Esse é o caso deste filme “O paciente inglês”, que nos leva à história de dois amantes ocultos que traem a tradição. Fazem isto se entregando com paixão à fidelidade de uma certa loucura escondida na incerteza do mistério.

“O amor é uma ilusão, uma história que a gente constrói na própria mente, consciente o tempo todo de que não é verdade, e por isso toma cuidado para não destruir a ilusão”.
– Virginia Woolf-

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O seu amor é cálido e parece estar temperado com incenso afrodisíaco, que propaga pelo deserto o seu destino trágico, suntuoso e único. No relato de um homem vemos como suas lembranças não adquiriram a amargura das cinzas.

Elas se preservam na música, nos vazios ossudos da sua amante, na escuridão de uma caverna e na magnitude de um dedal. Tudo de bom e toda a beleza que pode abraçar sob a luz a um homem com um passado de muitas sombras. O amor parece salvá-lo da dor e o faz sentir seguro para enfrentar a morte com a certeza de ter vivido o mais belo.

Cinema Paradiso

O que seria dos amantes da nostalgia e do cinema se não existisse “Cinema Paradiso”? Assistir este filme é como morder um pedaço da mais bela nostalgia que vem lembrar a sua própria infância (mais ainda se esta foi bela e cinéfila). Digeri-la com a beleza da paisagem e a música italiana ao mesmo tempo em que se sente o amor mais puro e inocente do camponês e jovem Totó por Elena.

Não se pode dizer que o filme é só “água com açúcar”. É difícil e até dá medo contemplar como um homem fica tão marcado pelo seu primeiro amor que os seus sentimentos nunca puderam ser infiéis a esta nostalgia. É belo e triste ao mesmo tempo.

A última cena aparece então como uma metáfora: existe beleza em todos os beijos, mas também emocionam aqueles que foram censurados ou escondidos, mesmo que carreguem o preço da própria felicidade na maturidade. Uma maturidade hipotecada emocionalmente por um investimento pleno sem aval em plena juventude.

As Pontes de Madison

Se um primeiro amor pode marcar para sempre a vida de uma pessoa, um amor na maturidade tendo vivido com um companheiro sem nunca realmente sentir paixão pode ser ainda mais nostálgico quando se adquire consciência disso.

Faz você lembrar de tudo que um dia você poderia ter tido e que as convenções sociais e “deveres emocionais” lhe roubaram. “As Pontes de Madison” é uma arrebatadora história onde a mulher “defensora da vida e do bem-estar” se entrega pela primeira vez na sua vida ao instinto, sem sentir que tenha perdido a razão.

Uma mulher que se sente simples, insignificante e irrelevante diante de um homem “de mundo” que descobre que talvez nunca tenha vivenciado em nenhuma de suas viagens tanto ardor e efervescência no seu interior do que junto a esta dona de casa. Um filme que reflete o lado absurdo do amor, dos relacionamentos e do casal: milhares de casais sem amar e outros milhares de verdadeiros amantes e cúmplices separados.


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