3 mulheres que deixaram a sua marca graças à sua arte e personalidade

3 mulheres que deixaram a sua marca graças à sua arte e personalidade

Última atualização: 28 agosto, 2016

Atualmente as mulheres vivem uma luta constante pela sua identidade e para conciliar os diferentes papéis que desempenham na vida.

Essa luta seria mais inspiradora se, na sociedade atual, os ícones femininos, as mulheres que ocupam altos cargos em todos os setores da sociedade, estivessem providas de talento, autenticidade e simplicidade.

Infelizmente não é sempre assim, e os modelos que encontramos não são os mais adequados.

Então, olhe para trás e encontre inspiração em algumas mulheres que foram capazes de deixar a sua marca no imaginário coletivo por seu talento, caráter e determinação.

São exemplos claros de pessoas que dedicaram a sua vida para serem fiéis a si mesmas, e não para impressionar os outros; deixaram uma marca muito mais profunda do que pretendiam.

Três mulheres inesquecíveis

Greta Garbo

É o mito absoluto da sétima arte e um ícone que transcende gerações, mas o início da sua carreira não foi nada fácil.

Ela nasceu em uma família extremamente pobre na Suécia e Greta precisou trabalhar desde muito jovem.

Desde a idade de 14 anos era a garota propaganda de uma loja de departamento. Logo recebeu ofertas de Hollywood que ela soube aproveitar, mas sempre protegendo a sua vida privada.

Exemplo de discrição e profissionalismo, sempre fez o seu melhor para ser uma boa atriz (inicialmente em filmes mudos); e não sucumbiu às ofertas milionárias de entrevistas sobre sua vida privada na mídia impressa e televisiva.

Greta Garbo praticava o princípio: “Seja para você e não para outros.”

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Aposentou-se com a idade de 36 anos e viveu sozinha pelo resto da sua vida, porque era isso o que ela queria, investindo a sua fortuna em empresas de sucesso.

Era uma grande amante da natureza, da tranquilidade e da sua família; morreu em Nova York aos 84 anos de idade, deixando um legado de equilíbrio e mistério.

Um exemplo de como uma boa educação e fidelidade aos princípios também têm um lugar no mundo do entretenimento.

Frida Kahlo

A mexicana mais famosa da história é uma autêntica lenda pelos seus quadros, por sua apaixonante personalidade e mundo interior, que expressava através da sua arte.

A sua vida foi marcada por dores intermináveis. Quando criança sofreu de poliomielite que a deixou com uma perna mais fina do que a outra e muitas dores. O destino a atingiu novamente com um acidente aos 18 anos de idade que mudou a sua vida para sempre.

O ônibus em que viajava sofreu um acidente e uma barra de ferro se desprendeu da sua estrutura e atravessou a sua pélvis.

O resultado foi devastador: sua coluna se quebrou em três partes, a perna direita foi fraturada em onze partes, deslocou o pé direito e o ombro esquerdo, um corrimão atravessou a anca esquerda e saiu pela vagina.

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Este acidente a deixou acamada por muito tempo e com fortes dores. Foi submetida a mais de trinta cirurgias e vivia com um espartilho de gesso.

Frida escolheu a pintura e a escrita para expressar a sua dor. Conseguiu se recuperar durante alguns períodos e viveu romances passionais: o mais famoso foi Diogo Rivera, com quem sofreu vários abortos que a mergulharam em uma profunda tristeza.

Todo o seu amor e frustração foram expressados com tanta sensibilidade em seus trabalhos que foram exaltados como um símbolo global da expressão artística da dor na arte.

Morreu aos 47 anos de idade e a cada ano que passa o seu legado humano e artístico parecer ser mais relevante para o mundo. Certamente, a arte é uma maneira de ser imortal.

Maria Callas

Maria Callas foi uma soprano de origem grega que se tornou a cantora de ópera mais influente do século XX.

Seus pais eram imigrantes gregos em Nova York, onde se estabeleceram e tinham um nível de vida confortável, porque seu pai era um farmacêutico e logo criou um negócio próspero.

Seus pais se divorciaram e ela voltou para a Grécia com sua mãe, com quem não tinha um bom relacionamento. Posteriormente, Callas disse que sua mãe havia sido decisiva em enfraquecer alguns aspectos da sua autoestima, pois a chamava de gorda, feia e frequentemente a comparava com a sua irmã.

No entanto, sua carreira foi subindo como a espuma, mas de uma forma escalonada, porque Maria não queria simplesmente cantar em óperas que tivessem sucesso assegurado, ela queria cantar em obras que transmitissem algo a mais.

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As pessoas comentavam muito na época que ela rejeitava papéis que traziam fama instantânea para as mulheres que os interpretassem, mas confiou em seus instintos, continuou estudando e fez uma carreira invejável, sempre guiada pelos seus critérios. Finalmente, a chamaram de “A Divina”.

O musicólogo Kurt Pahlen, definiu sua arte como “… o seu canto é como uma ferida aberta que sangra entregando as suas forças vitais … como se ela fosse a memória da dor do mundo …”.

Quando conheceu Onassis, deixou o marido e com o magnata grego protagonizou um grande escândalo na mídia. Antes de conhecer Onassis a sua voz já tinha baixado de qualidade, havia perdido muito, e depois da ruptura com Onassis se agravaram os problemas com suas cordas vocais.

Onassis tentou reatar o relacionamento em diversas ocasiões, mas Maria tinha uma personalidade muito forte e nunca o perdoou por abandoná-la dessa forma por Jacqueline Kennedy, embora continuasse apaixonada por ele.

Nos últimos dias de sua vida, Onassis pediu a Maria que ficasse com ele e ela finalmente o acompanhou até o final da sua vida.

Maria sempre foi uma mulher muito sensível e insegura, porém de uma determinação e caráter surpreendentes.

Ela morreu aos 53 anos de um ataque cardíaco. No entanto, a teoria de suicídio com tranquilizantes não está descartada. Pode ser que a sensível e insegura Maria e a lendária “A Divina” tenham escolhido descansar para sempre em sua cidade, Paris,  depois de uma vida de luzes e sombras, mas acima de tudo, de puro sentimento.

Ela viveu sozinha em sua fase final e morreu só … “A pior tristeza é aquela que não tem testemunhas”


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