5 razões para começar a meditar, segundo a ciência

5 razões para começar a meditar, segundo a ciência
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por María Hoyos

Última atualização: 29 dezembro, 2022

À medida que nossas preocupações crescem, a necessidade de se desconectar também costuma subir ladeira acima. É justamente nesses momentos que a meditação tem mais valor. Por isso, vamos analisar algumas razões para começar a meditar regularmente, de acordo com a ciência.

São muitos os relatos que falam dos benefícios de começar a meditar, dando pelo menos evidências iniciais suficientemente representativas para que essa prática mereça a nossa atenção.

Assim como mencionamos em outros artigos, a prática pode ser útil para tirar o nosso foco de atenção dos problemas mais imediatos, mas também é ótima para que nós possamos nos conhecer melhor.

Vejamos a seguir algumas razões para começar a meditar agora mesmo.

“Só quando você é extremamente flexível e suave você pode ser também extremamente duro e forte”.
-Provérbio budista-

Benefícios e razões para começar a meditar regularmente

1. Contexto físico

Para começar, a meditação é uma prática com importantes benefícios para o nosso contexto físico. Por meio de sua prática, podemos melhorar a força do nosso sistema imunológico.

Além disso, começar a meditar nos ajudará a atenuar a intensidade das dores depois de uma lesão. Finalmente, praticar meditação com frequência nos permite reduzir a inflamação a nível celular, o que traz um importante benefício para o nosso bem-estar.

Mulher meditando

2. Contexto emocional

No que diz respeito a nossas emoções e ao contexto emocional, a meditação ressalta a influência das nossas emoções positivas ao gerar um estado de calma, protegendo-nos contra a depressão.

Por outro lado, outra das razões para começar a meditar é sua capacidade de atuar como uma barreira contra o desenvolvimento da ansiedade.

Os benefícios da meditação que se relacionam com as nossas emoções se estendem para a nossa capacidade de autocontrole. Isso se deve ao fato de que é uma prática muito relacionada com a introspecção, o que nos ajudará a nos conhecermos melhor.

3. Vida social

Ainda que esse dois elementos pareçam não ter muita relação, a meditação pode nos ajudar a melhorar a nossa vida social. Essa prática tem a fama de ser muito solitária.

A meditação, no entanto, pode ser praticada em grupo sem nenhum problema. Na verdade, assim conseguiremos nos motivar e também tirar o melhor proveito possível da experiência.

A conexão que conseguimos ao praticar meditação junto com outras pessoas nos permitirá estabelecer laços de amizade sólidos, compartilhar um momento íntimo e também gostos similares. Por outro lado, meditar em grupo nos ajudará a não nos sentirmos sozinhos.

Começar a meditar com outras pessoas favorece a criação de laços de amizade sólidos.

4. Funções cerebrais

Praticar a meditação com frequência pode aumentar a nossa quantidade de substância cinzenta do cérebro, principalmente nas zonas cerebrais relacionadas com as emoções e com o autocontrole.

Isso, por sua vez, relaciona-se diretamente com os benefícios mencionados no item anterior.

5. Produtividade

A meditação pode nos ajudar a melhorar nossa capacidade para sustentar e dirigir a atenção, graças ao fato de que nos permite liberar o estresse acumulado.

Além disso, esse benefício aumentará nossa capacidade de concentração, atrasando o acúmulo de cansaço e a chegada da fadiga, e também fazendo com que sejamos menos atraídos pelas distrações.

Além disso, e ainda que não seja o mais recomendável, seremos melhores mesmo trabalhando em modo multitarefa. O mesmo pode ser dito para o trabalho em tarefas nas quais precisamos usar a memória a curto e a longo prazo.

Definitivamente, a meditação aumentará nosso grau de controle sobre diversos processos mentais, de modo que ganharemos agilidade em muitos deles.

Homem meditando no trabalho

Alguns dos mitos sobre a meditação

Finalmente, vamos falar sobre alguns mitos que existem em torno de meditação. Queremos, na verdade, desmentir alguns deles para que possamos começar a meditar tranquilamente e sem preconceitos.

Em primeiro lugar, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a meditação não consiste em simplesmente deixar a mente em branco. Na verdade, quando meditamos, isso é exatamente o contrário do que ocorre.

Essa prática é baseada em deixar nossos pensamentos fluírem, sem se deter diante de nenhum deles, e também sem focar nossa atenção nos eventuais temas que surgem na mente.

Além disso, podemos adotar várias posturas para começar a meditar. O mais importante é que ele seja confortável pra nós. Não é necessário ficar na posição de lótus – a famosa posição com as pernas cruzadas e os pés sobre as coxas. Qualquer postura que não gere um alto nível de tensão muscular no corpo já será uma ótima opção.

Além disso, também não devemos deixar que nosso nível de ativação caia tanto que nos deixe com vontade de dormir. Esse não é o objetivo de meditar.

Finalmente, a meditação é uma prática que pode ser realizada sem vínculo com as ideias budistas ou hinduístas. Na verdade, para aproveitar todos os seus benefícios, não é necessário estar vinculado a nenhuma religião e nem a nenhuma filosofia.

E então… Você está preparado para começar a meditar e aproveitar todos esses benefícios?


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Shapiro, S. L., Astin, J. A., Bishop, S. R., & Cordova, M. (2005). Mindfulness-Based Stress Reduction for Health Care Professionals: Results From a Randomized Trial. International Journal of Stress Management, 12(2), 164-176. http://dx.doi.org/10.1037/1072-5245.12.2.164
    Fredrickson, B. L., Cohn, M. A., Coffey, K. A., Pek, J., & Finkel, S. M. (2008). Open hearts build lives: Positive emotions, induced through loving-kindness meditation, build consequential personal resources. Journal of Personality and Social Psychology, 95(5), 1045-1062. http://dx.doi.org/10.1037/a0013262

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.