7 chaves psicológicas para viver sem medo

7 chaves psicológicas para viver sem medo

Última atualização: 02 abril, 2017

Alguma vez você já se sentiu aterrorizado por ter que sair da sua zona de conforto ou controle, ao perceber que a probabilidade de errar aumentava? Segundo Paulo Coelho, “apenas uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar”. Por que temos tanto pânico do fracasso ou do desconhecido? O terror pode ser um instrumento tão poderoso que nos paralisa e o medo uma emoção tão poderosa que acabe com as nossas esperanças? É possível viver sem medo?

São muitas as perguntas, e as respostas nem sempre são claras. Não podemos esquecer que o medo é um mecanismo de defesa e proteção inerente ao ser humano. No entanto, não deixa de ser isso: uma ferramenta, um instrumento, um instinto de conservação diante do perigo… nunca deveria ser uma forma de vida.

Chaves psicológicas para viver sem medo

Muitos pesquisadores, psicólogos e cientistas tentaram estudar as raízes do medo. Fruto do trabalho deles, encontramos algumas ideias realmente interessantes. Será que nós buscamos chaves que nos permitam viver sem estar presos ao medo do fracasso, do que os outros vão dizer, ou do que quer que seja que tenhamos medo?

Escolha viver sem medo ou você morrerá arrependido

Uma enfermeira de cuidados paliativos que tratava de doentes terminais descobriu que o arrependimento estava presente em muitos dos últimos dias de seus pacientes. Estas pessoas que estavam prestes a morrer lamentavam não ter realizado tantos sonhos e se sentiam profundamente tristes por terem se rendido ao medo.

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Era uma sensação de não ter vivido a vida ao máximo, de ter deixado para depois,, que apertava seus corações. Muitos dos pacientes manifestavam que se tivessem uma segunda oportunidade, não esperariam pelo dia de amanhã para fazer algo que têm vontade de fazer hoje… e que em muitas ocasiões eles teriam preferido roubar um beijo, um abraço ou faltar ao trabalho e pedir perdão depois.

Lembre-se de que o êxito não elimina os medos

Muitos confundem o êxito com a felicidade. No entanto, as duas coisas não necessariamente precisam estar unidas. Alguns acreditam que uma carteira mais cheia ou uma casa mais luxuosa são requisitos imprescindíveis para uma vida plena e, nesta convicção, acabam com suas vidas. Por mais que o dinheiro ajude, o mais importante é sempre o pensamento coletivo.

Por outro lado, pense que o sucesso pode provocar muito medo. O terror de perder o que foi construído pode ser uma armadilha terrível. As conclusões do estudo de Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, refletem a importância de manter uma atitude otimista e fé em si mesmo. Caso contrário, a pessoa pode entrar em pânico e perder tudo o que conquistou.

Diga-me com quem andas…

… e eu te direi quem és. Parece um ditado muito batido, mas o estudo do Grupo BMJ conclui que vivem com menos medo as pessoas que se rodeiam de gente positiva. Por isso, escolher sabiamente quem estará ao nosso lado é uma ajuda excelente para sermos mais felizes e menos temerosos.

O futuro é amanhã

Já dizia Sêneca, “a verdadeira felicidade é desfrutar do presente”. Esta frase nos faz lembrar do medo do amanhã. Se vivemos constantemente preocupados com o que acontecerá no futuro, é muito provável que o terror se apodere da nossa mente.

Segundo o estudo publicado pela revista Sciencemag, quem divaga em excesso perde mais tempo e, além disso, tem a percepção de que ele passa muito rápido. Isso faz com que a pessoa viva excessivamente depressa e sinta o pânico da vertigem, pois a vida lhe escapa pelas mãos.

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A atividade física é muito útil

Vamos lembrar do popular mantra romano: “mens sana in corpore sano“. Apesar de ter passado muitos séculos, ele nunca saiu de moda. De fato, a atividade física tem um efeito muito importante sobre a nossa atividade mental: ela faz com que nos esqueçamos por um momento dos medos, das inquietudes e dos problemas.

É isso que mostra o estudo realizado por Daniel Lenders, da Universidade de Arizona. Exercícios como a meditação, a música, o esporte ou qualquer outra atividade física e mental ajudam a relaxar nosso cérebro. Ou seja, são uma terapia excelente para viver com maior consciência e menor temor.

Vamos ser gratos

Embora pareça algo muito simples, é real. Assim o estimaram no Journal of Happiness Studies, onde concluíram que um exercício tão simples como escrever cartas de gratidão gerou um impacto positivo nos envolvidos. Todos mostraram uma melhora dos níveis de satisfação e na valência de suas emoções.

Pense que escrever tem um efeito catártico. Por isso é uma atividade especialmente apetecível nos momentos de preocupação e tristeza. Quando nos sentamos para ordenar letras de forma que reflitam o que sentimos, na realidade estamos dedicando um tempo precioso para escutar e analisar a forma como nos sentimos.

Ajude outras pessoas

Já que estamos sendo gratos, vamos chegar até o final e ajudar os outros. A pesquisadora Cassie Mogilner considera que dedicar tempo a outras pessoas gera a sensação de que o aproveitamos mais. Além disso, é uma fonte de satisfação que, por sua vez, serve como calmante perante a angústia e o desassossego.

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Você já sabe que o medo como emoção sempre estará em nossas vidas. No entanto, está em nossas mãos decidir o poder que concedemos a ele. Não há muito mais a dizer, exceto talvez que não perdemos nada por tentar. Parece evidente que sair da zona de conforto e viver sem medo tem efeitos terapêuticos positivos. Você se atreve a fazê-lo?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.