Amar para ser amado

Amar para ser amado

Última atualização: 31 março, 2015

Entre os desejos e as aspirações da maioria das pessoas está o de ser amado e valorizado por alguém; mas como alguém vai lhe amar se você não é capaz de amar a si próprio? Este tema costuma ser complexo, em primeiro lugar, por ser muito extenso, e em segundo lugar, por poder chegar a ser muito subjetivo, mas ele é realmente simples. Oscar Wilde o entendeu perfeitamente: “Amar-se é o começo de um romance que durará para sempre”.

Esta apreciação é subjetiva, porque muitas vezes as pessoas tendem a se menosprezar, a acreditar cegamente que precisam dos outros para serem felizes, ou pior, precisam constantemente da aprovação de outra pessoa para se sentirem bem consigo mesmas, e isso, meus amigos, é uma péssima educação que nos incutiram desde a infância.

O que a sociedade nos impõe

Lembremos que é comum dar aos pequenos um conjunto de regras ou obrigações, contrárias à sua natureza, para ir impondo através de estímulos – tanto negativos quanto positivos – o seu dever de se adaptarem às normas da sociedade, e que é mais importante não perturbar, contrariar ou incomodar outras pessoas do que realmente se sentir satisfeito com o que se é. Por exemplo, dizer a uma criança sobre o seu desenho: não pinte vacas azuis, não existem vacas assim e nunca poderiam existir, você tem que pintá-las como são.

Além disso, a constante ameaça de “as pessoas dizem” limita muito cada indivíduo que opta por viver sob esta premissa. Além de ser impossível agradar “as pessoas”, acontece que não nos ensinam outras duas lições: a primeira é que “as pessoas” também devem nos agradar, ou seja, não só respeitar os outros, mas que os outros devem nos respeitar da mesma forma; e a segunda é que existe algo chamado indivíduo e é o que somos, por isso temos o direito de viver com base em nossos próprios valores, desejos e aspirações, e isso deve ser respeitado.

E quando você pensa em casar?

E para que serve esse discurso do pensamento individual e as pressões sociais? Fácil, porque a sociedade historicamente tem pressionado para que a uma certa idade o indivíduo já esteja casado e com filhos. É uma exigência velada; qualquer pessoa acima dos 20 e poucos anos, ao reencontrar-se com pessoas ou manter conversas com os mais morais escutará a típica pergunta: e quando você pensa em se casar?

Com situações assim, muitos correm para se casar ou estabelecer relacionamentos com aqueles que “amam” ou os fazem se sentir amados, mas a verdade é que este é um grande erro, e por isso a taxa de divórcios atual é tão elevada. A verdade é que muitos são incapazes de se aceitarem, não se permitem margem de erro e são rígidos com sua vida, e portanto esperam exatamente o mesmo dos outros, especialmente daqueles com que escolheram compartilhar sua vida, mas se não se amam e se aceitam como são, como esperam que outra pessoa os ame?

Viver a vida

Ria, erre, aprenda com os erros, solte uma gargalhada quando algo der errado; a vida é para ser vivida, para ser apreciada, e tentando cumprir normas sem sentido (muitas delas não têm realmente um fundamento lógico) passa o tempo que deveríamos dedicar à introspecção, a nos conhecer, a nos respeitar e a nos amar como somos, a reconhecer nossas virtudes (porque todos nós temos virtudes) e quando isso acontecer – que nos amemos como deve ser – a pessoa certa que nos amará pelo que somos, sem máscaras e sem esconder partes de nossa natureza, aparecerá.

Imagem cedida por Ken Bosma.


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