Importante é que o amor seja eterno enquanto dure

Importante é que o amor seja eterno enquanto dure

Última atualização: 03 agosto, 2016

Ainda que saibamos que não há nada eterno na vida, e menos ainda quando falamos de sentimentos, o certo é que algo tão forte quanto o amor tem que nos parecer eterno. Ao menos enquanto existir.

O amor precisa ter futuro. Em outras palavras, é preciso perceber com clareza a existência de algo que mantenha a esperança do que ainda está por ser vivido. Ou seja, um brilho na cumplicidade de dois corações que se amam.

É complicado lidar com esses términos num mundo que nos apaga os sorrisos depressa. Mas o certo é que se as estrelas brilham é apenas porque paramos para admirá-las, porque, se não fizéssemos isso, nem mesmo existiriam para nós. O mesmo ocorre com o amor, temos que observá-lo para conhecê-lo.

O sol pode se nublar eternamente;
O mar pode secar num instante;
O eixo da Terra pode se romper
Como um débil cristal.

Tudo acontecerá! A morte poderá
Me cobrir com seu véu fúnebre;
Mas jamais poderá se apagar em mim
A chama do teu amor.

“Amor eterno” de Gustavo Adolfo Bécquer.

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O amor eterno não se encontra, se constrói

Às vezes sentimos que o amor já não é o que era, que se modificou e que só existe o fugaz. Então nos decepcionamos, porque não conhecemos nossos parceiros, porque não temos a certeza de que são o amor de nossa vida e porque não conseguimos entender que se trata de muito mais que o imediatismo de dois corpos que se amam.

Talvez, às vezes, o amor não seja sério porque não deixamos que seja, porque tememos a decepção e porque não acreditamos nos milagres nem nos contos de fada. Mas o verdadeiro sentimento não se constrói com ideias hiper-românticas tiradas de histórias da Disney.

O amor não surge se o limitamos; ou seja, se lhe damos um prazo de validade, também lhe colocaremos um preço. Além disso, às vezes pode ser barato porque nos custa pouco (em termos de esforço, é claro). Alguns olhares, com um beijo e um verso que rime com “te amo”, tão leves quanto uma pluma.

É algo maior, em que o corpo e suas necessidades não nos fazem perder a direção. Uma pessoa não escolhe por quem se apaixona, nem o momento, nem o lugar. Isso não é amor, é outra coisa. Amar de verdade é mais transcendente e mais puro.

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O sonho de uma vida juntos

E quando ficarmos velhinhos, poderei lhe dizer que você é o amor da minha vida…

Ter a esperança ou a ideia de que nosso amor dure gera confiança e projetos em comum. Esses dois ingredientes são fundamentais para alcançar a felicidade e a estabilidade em nosso relacionamento.

Temos que ser corajosos e nos comprometer a cada instante. Porque o amor não serve de nada se o sufocamos desde o princípio e não acreditamos no seu poder nem em sua força. Isso marca a distância entre um parceiro e um companheiro de vida.

Se falamos de amor de verdade, falamos de algo que não se pode definir nem limitar. Nem sequer podemos controlá-lo ou atá-lo, porque o amor é tão vigoroso que ainda que esteja nu, não se sente vulnerável.

Ou seja, um amor se vive como se a vida fosse eterna, mas não ao contrário. Desfrutaremos mais do amor se conseguirmos frear a impaciência e a pressa pelas etapas. Definitivamente, se nos livrarmos do medo da impermanência, da mudança e dos ciclos do amor.

É ambicioso crer no amor eterno, mas se dermos tempo ao efêmero, teremos uma grata surpresa. A ideia é deixar de sermos partidários do tudo ou nada.

Não se trata de comprar o céu e hipotecar nossa vida, mas de conquistar uma parcela em que nos sintamos como no céu. Isso só se consegue quanto não impomos limites absurdos a nossos sentimentos.


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