"Apoie-se em mim", a maravilhosa história de Bella e George

"Apoie-se em mim", a maravilhosa história de Bella e George
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 26 novembro, 2022

Bella tem 10 anos e sofre da Síndrome de Morquio. Se ela consegue andar hoje é graças ao apoio de seu Dogue Alemão, um animal maravilhoso treinado desde filhote para ser as pernas, o coração e o confidente sincero de crianças com doenças degenerativas.

Seus pais contam que a conexão entre Bella e seu cachorro George foi quase imediata. As suas  almas se encaixaram instantaneamente para formar o melhor time do mundo, esse que permite que a garota vá às aulas normalmente e encontre forças para se submeter a suas contínuas operações e exames médicos.

Os cães tornaram-se nos últimos anos os melhores terapeutas para crianças e adultos com problemas. São grandes assistentes com uma fidelidade admirável, com uma inteligência maravilhosa para serem autênticos mediadores no árduo trabalho de auto-aperfeiçoamento.

George, esse Dogue Alemão com pouco mais de um ano e meio, faz parte do “Service Dog Project”, um programa pensado para prestar assistência a pessoas com mobilidade reduzida. Mais um exemplo dos benefícios desse tipo de terapia animal que queremos compartilhar com você hoje.

Bella com seu cachorro George

Bella e George: descobrindo o mundo sem muletas

Bella sofre do que é conhecido como uma doença rara. A Síndrome de Morquio é caracterizada pelo desenvolvimento ósseo anormal, principalmente na coluna vertebral. Com apenas 10 anos, essa menina de Massachusetts já usava muletas e cadeira de rodas.

Para tentar frear o avanço imparável da doença, Bella já passou por nove operações. Além disso, toda semana ela deve entrar em um hospital para fazer uma terapia de reposição, com a qual seu organismo possa quebrar as longas cadeias de moléculas de açúcar e, assim, melhorar sua qualidade de vida.

Agora, o fato de estar em uma cadeira de rodas e passar mais tempo no hospital do que nas aulas, fez Bella parasse de lutar. Sua força se desvaneceu e foi aí que o “Service Dog Project” entrou em cena. É um projeto humanitário onde cães da raça Dogue Alemão são treinados para oferecer ajuda a pessoas com sérios problemas de mobilidade.

O que esse animal de aparência nobre fez foi simplesmente mágico. George sorriu de volta para Bella e a puxou para longe de suas muletas e cadeira de rodas. Desde então, a menina vai para a aula apoiada em seu cachorro, e toda semana, quando vai ao hospital, George se deita ao lado da amiga na cama. Eles são inseparáveis.

Bela e Jorge

Os benefícios das terapias com cães

Iniciativas humanitárias como as realizadas em Massachusetts certamente devem ser vistas com mais frequência em todo o mundo. Embora seja verdade que, aos poucos, a figura do cão está se firmando mais fortemente como agente terapêutico em crianças com deficiências físicas ou mentais, há outros campos de cuidado que devemos levar em conta.

Terapias com cachorros em pacientes com Alzheimer

Pacientes com doenças neurológicas degenerativas também se beneficiam muito com a convivência com cães:

  • Eles os ajudam a mitigar o sentimento de solidão e isolamento. O contato com o cão desperta as emoções do portador de Alzheimer e o torna mais receptivo à realidade.
  • De acordo com um estudo realizado na Universidade de Nebraska, a introdução de uma terapia com cães em uma casa de repouso fornece aos pacientes de Alzheimer uma “âncora” para a lembrança.
  • Os cães melhoram sua atenção e os induzem a serem mais comunicativos.
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Cães assistenciais para crianças com autismo

As iniciativas para desenvolver terapias assistenciais com cães em crianças com autismo, estão originando um sucesso muito interessante.

  • A terapia com animais é uma mudança para as estratégias mais tradicionais no trabalho com crianças autistas.
  • Graças aos cães, a aquisição de novos comportamentos pode ser facilitada. Os animais surgem não apenas como reforços positivos, mas também como guias ou agentes que “modelam” determinadas atividades.
  • Os cães são grandes evocadores de emoções positivas que tornam a criança com autismo mais receptiva e motivada.

Para concluir, temos certeza de que, nos próximos anos, as terapias com cães (e outros animais) nos ajudarão a melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. A nobreza desses animais, e seu “sexto sentido” na hora de prestar assistência e saber se conectar emocionalmente com a pessoa, é sem dúvida algo que todos deveríamos aprender.

A história de Bella e George é apenas um pequeno exemplo de como um animal é capaz de se tornar o melhor agente terapêutico para uma criança que agora vê o futuro com outros olhos e com um apoio que lhe dá força e esperança.

Bela e Jorge

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.