Quando nada é seguro, aprenda a confiar em si mesmo

Se o mundo está um caos e tudo é incerto, confie em si mesmo. Diante da instabilidade externa, responda com calma interna, confiança e atitude resiliente. Somente quando confiamos em nossos próprios recursos internos, o medo enfraquece e abrimos caminho com maior segurança.
Quando nada é seguro, aprenda a confiar em si mesmo
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 02 dezembro, 2021

Quando não há nada seguro ao seu redor, quando você sentir a sensação de que o chão está se fragmentando sob seus pés, lembre-se: aprenda a confiar em si mesmo. Nada nos amarra mais à vida do que a firme confiança de que merecemos nos sentir melhor, de que aconteça o que acontecer, podemos ativar esforços e estratégias para enfrentar o que estiver por vir. Esse é um recurso psicológico altamente valioso.

Além disso, poderíamos dizer que essa dimensão está vinculada quase que diretamente à nossa capacidade de ter uma vida mais satisfeita e feliz. Afinal de contas, o reverso da autoconfiança é o medo e, como bem sabemos, nada é tão devastador quanto enfrentar um dia a dia em que estão presentes a angústia, a insegurança e a sensação de que não temos controle sobre nada.

Também há algo inegável neste momento: estamos passando por uma crise em todos os níveis. Vemos o futuro com uma mistura incômoda de preocupação e incerteza, sentimos que muitas das coisas que considerávamos certas podem ser completamente reformuladas. Diante desse cenário, temos apenas duas opções: nos deixar cair no abismo da vulnerabilidade ou responder a partir de uma energia revitalizadora – a confiança.

Nada nos garante que o que pode acontecer amanhã será bom ou ruim. Mas se pudermos confiar em nós mesmos, qualquer adversidade se tornará mais administrável.

Mulher plena de olhos fechados

Aprenda a confiar em si mesmo e (quase) tudo será possível

Para Carl Rogers, fundador da terapia centrada no cliente e um dos principais expoentes da psicologia humanista, a autoconfiança é um componente essencial da autoestima. Uma dimensão prioritária que deve ser cuidada para que todos possam alcançar o bem-estar. Abraham Maslow também a incluiu quando enunciou sua teoria sobre a hierarquia das necessidades humanas, representada em sua já clássica pirâmide.

A autoconfiança fazia parte do escalão da estima ou do reconhecimento. Era aquela área em que também se integravam a independência, o apreço por si mesmo, a dignidade, o fato de se sentir competente para alcançar algo seguro a fim de alcançar metas, conquistar espaços, amar e ser amado… De acordo com Maslow, somente quando dominarmos essas dinâmicas, aspiraremos ao cume que é a autorrealização.

A autoconfiança é quase como aquela chave que nos permite abrir muitas das recompensas que a vida nos dá e que, às vezes, não alcançamos por indecisão, por medo, ou pior, porque acreditamos que não merecemos. Por isso, é importante levar em consideração todas as portas que poderíamos cruzar graças a essa competência psicológica.

Em um mundo em caos, aprenda a confiar em si mesmo

Em um mundo em constante mudança, a autoconfiança vai despertar benefícios notáveis ​​em você:

  • Menos medo e um nível menor de ansiedade.
  • Reduzir a voz daquele crítico interno, aquele que há tanto tempo te convence de que você não pode, não sabe ou não merece.
  • Sentir mais motivação para trabalhar e lutar pelo que deseja.
  • Desenvolver melhores estratégias de enfrentamento para lidar com as dificuldades.
  • Ter uma visão mais positiva de si mesmo.
  • Melhorar a qualidade dos seus relacionamentos.
Aprenda a confiar em si mesmo

Como construir uma melhor confiança em si mesmo?

Se você quer mudar a sua vida, se deseja melhorar a sua realidade e enfrentar melhor as dificuldades, faça isso: aprenda a confiar em si mesmo. No entanto, lembre-se de que essa tarefa requer trabalho diário. A confiança em si mesmo e a autoestima se desgastam com facilidade. Não são dimensões estáveis ​​no tempo, não é como esculpir uma figura em um pedaço de madeira e apreciar essa criação pelo resto da vida.

Geralmente, essas dimensões são muito sensíveis. Às vezes, uma decepção, um erro cometido e até mesmo um relacionamento afetivo prejudicial acabam boicotando essas forças psicológicas nas quais investimos tanto tempo. Portanto, temos que estar prevenidos e promover esse autocuidado mental e emocional. Vamos ver quais estratégias podem ajudar você.

  • Tenha claro quais são seus valores, seus propósitos. Saiba bem o que é importante para você, o que você quer da vida e o que espera de si mesmo.
  • Assuma que você não é uma pessoa perfeita. Você tem pleno direito de cometer erros, cair, falhar, sofrer quando o destino te atingir. No entanto, sua obrigação final é se recompor, se levantar e aprender.
  • Seja compassivo consigo mesmo, domine seu diálogo interno sendo gentil com seu próprio ser. Não aja como seu pior inimigo, respeite-se.
  • Reinterprete seus medos. Sempre que eles te convencerem de que você não consegue lidar com algo, pergunte por quê. Reformule-os, elimine-os de sua mente se eles não tiverem sentido ou base.
  • Estabeleça metas simples que você pode alcançar. Assim, você vai passar a se sentir mais solvente, capaz, forte e motivado.
  • Não deixe ninguém limitar seu potencial ou questionar suas capacidades. Você merece alcançar o que quiser.

Em tempos de crise, confie em si mesmo

Aprenda a confiar em si mesmo. Desperte aquela força para que funcione como um paraquedas quando as coisas vierem abaixo.

Aprenda a confiar em si mesmo naqueles dias em que nada é certo e o horizonte ameaça com uma tempestade. Diga sim a colocar em prática a engenhosidade, a resiliência, a habilidade de agir, a sabedoria para saber como lidar com o medo, como reagir às dificuldades…

Quando o mundo está um caos, confie naquele refúgio mental onde tudo é calmo e a confiança se desenvolve. Porque quando o destino é incerto, a única coisa segura é você. Você e sua determinação de seguir em frente, de ajudar os outros, de agir como aquela pessoa que sempre almeja o melhor.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.