Aprenda a reconhecer um manipulador
Você não quer ser manipulado por ninguém? Então aprenda a reconhecer um manipulador.
“O primeiro requisito para manipular bem uma pessoa é fazer com que ela não perceba que está sendo manipulada”.
Esta frase pode parecer um pouco estranha, mas é assim que age um manipulador. As manipulações mais comuns acontecem dentro do ambiente familiar: pode acontecer entre um casal e familiares próximos, que acreditam que podem direcionar o comportamento um do outro. A manipulação pode ser exercida por uma pessoa que acha que sabe o que é melhor para o outro e tenta definir seu caminho, e também por pessoas que agem em benefício próprio.
Não é fácil detectar um manipulador habilidoso e experiente. Suas táticas são tão sutis que é difícil perceber suas intenções. Muitas vezes, a pessoa que está sendo manipulada não quer acreditar no que está acontecendo, pois isso lhe causa dor e sofrimento.
Quando a manipulação é executada por alguém próximo, é quase impossível entender o que está acontecendo. Por exemplo, em um relacionamento amoroso, os dois devem tomar decisões sem que o outro se sinta magoado ou ferido.
Se um dos dois é manipulador, acontece o que chamamos de “desequilíbrio de poder na relação”: um assume o papel de dominador e o outro de dominado. Isto afeta todas as questões cotidianas, como dinheiro, sexo, crianças, atividades, passeios e trabalho.
Você quer saber se o seu parceiro ou alguém próximo está manipulando-o? Então preste atenção a estes sinais, pois se você não reagir a tempo, poderá sofrer sérias consequências.
1- Você se sente culpado por tudo. Esse é o poder que o outro exerce sobre você. Não importa o que faça, diga ou pense, e mesmo que não tenha cometido nenhum erro, esse sentimento aparece.
“Você vai me deixar sozinho para sair com seus amigos”. “Estou doente, não posso sair para trabalhar”… Um manipulador é especialista em distorcer os fatos e mudar a situação a seu favor, para que o outro se sinta responsável e culpado.
2- Vivenciamos os traumas do outro. Quando temos um relacionamento amoroso ou mesmo de amizade com alguém e descobrimos que algo de muito grave aconteceu na sua infância ou no seu passado, lhe damos todo nosso apoio. O problema é que os manipuladores se aproveitam da nossa boa vontade e passam a exigir cuidados constantes.
As suas fraquezas e inseguranças são projetadas nas pessoas do seu convívio.
“Não quero que você saia à noite porque me lembro que a minha noiva me traiu com o meu melhor amigo”. “É melhor não trabalhar para não sofrer assédio do chefe, como aconteceu comigo”. Assim, ele acaba tirando a sua liberdade e não permite que você tome suas próprias decisões.
3- Dizem que têm medo de ser abandonados. Alegam que sofreram algum trauma que não conseguem esquecer. “Tenho medo que me abandone”, “Não posso viver sem você”, “Me falta o ar quando você não está ao meu lado”.
Acreditam que, com essa tática, o companheiro vai perdoar os seus erros. Existe uma linha muito tênue entre compreensão, consideração e manipulação emocional. Não permita que os problemas alheios o sobrecarreguem e atrapalhem a sua vida.
4- Duvidamos da nossa capacidade. Antes de conhecer seu parceiro, você era uma pessoa segura, se alegrava com seu sucesso, tinha uma boa autoestima. Agora, já não está tão seguro de si e duvida das suas habilidades. Atenção: quando essas dúvidas aparecem, elas podem estar relacionadas aos comentários e ações de outras pessoas, (trabalho, amizades, escola e família).
O objetivo do manipulador é mantê-lo preso a ele. Age como se você não tivesse capacidade de executar suas tarefas e como se outra pessoa precisasse fazê-las por você. Isso pode enfraquecer a pessoa que está sendo manipulada e torná-la dependente e sem vontade própria.
As pessoas que utilizam essas práticas são muito hábeis e sutis. Será que estamos sendo manipulados e nem percebemos? Para que uma parceria funcione, ambos devem “olhar para a mesma direção” e se apoiar mutuamente. Se você está sendo manipulado, não se considere culpado; é preciso parar e refletir. Talvez seja melhor desviar-se do caminho para que as coisas não piorem.