Assertividade: possível graças ao conhecimento dos nossos direitos

A assertividade é uma forma de comunicação que pode ser aprendida e treinada. Para fazer isso, você deve conhecer todos os direitos básicos assertivos. Vejamos alguns deles.
Assertividade: possível graças ao conhecimento dos nossos direitos
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Escrito por Sonia Budner

Última atualização: 22 dezembro, 2022

A assertividade é a capacidade que cada indivíduo possui para defender os seus próprios direitos de maneira não agressiva. É o direito de ser quem você é, de expressar o que pensa ou sente e de fazê-lo com o maior respeito por si mesmo e pelos outros. Além disso, uma pessoa pode ser assertiva quando conhece os seus direitos e as alternativas que tem para protegê-los.

Hoje vamos nos concentrar em três dos direitos assertivos básicos, sem esquecer que existem muitos outros. Assim, em vez de abrir uma lista interminável, exploraremos três deles em profundidade: o direito de não dar explicações, o direito de ter sucesso e o direito de aproveitar e desfrutar.

Assertividade: um conceito pouco conhecido

Na realidade, os direitos assertivos básicos são todos aqueles que as pessoas possuem pelo simples fato de existirem. Isso também significa que as outras pessoas têm os mesmos direitos assertivos que você, um fato que não deve ser esquecido quando temos que escolher como defender esses direitos.

Mulheres conversando no trabalho

A assertividade é a qualidade entendida como conhecimento, coragem e saber agir de forma adequada, que nos permite defender os nossos direitos quando a situação não favorece essa defesa. Graças à assertividade, podemos dizer não ao um chefe ou amigo quando ele nos pedir um favor ou apontar uma injustiça que ele cometeu.

Graças à comunicação assertiva, podemos expressar opiniões, defender direitos e fazer sugestões sem violar os direitos de terceiros. Além disso, uma comunicação honesta com o exterior nos permitirá manter um diálogo mais saudável, pois não teremos que inventar justificativas para a nossa maneira de agir, evitando assim a dissonância.

Estamos falando de uma forma de comunicação que pode ser aprendida e treinada. Portanto, hoje falaremos sobre os direitos assertivos mais importantes.

Na assertividade, as explicações são voluntárias

Existem inúmeras ocasiões em que nos sentimos obrigados a justificar as decisões ou ações que tomamos, inclusive as opiniões que temos sobre um assunto. No entanto, a verdade é que só somos obrigados a dar as explicações que quisermos.

Cada um é o seu próprio juiz, e o direito assertivo básico de não dar explicações vem do fato de que ninguém pode julgá-lo, independentemente de você ter ou não cometido um crime. Se você se encontra frequentemente em situações em que se vê dando muitas explicações – mesmo quando não quer dá-las -, pode estar concentrando a sua existência em querer agradar os outros para ser aceito.

Nem todos vão gostar de nós, assim como nós não gostamos de todo mundo, mas todos nós merecemos respeito. Muitos dos pensamentos que temos não são lógicos, assim como muitas das nossas ideias. Suportar essa incoerência é uma conquista que requer prática e assertividade.

O direito ao sucesso

Aparentemente, proteger esse direito não é uma tarefa complicada, não é mesmo? Bom, às vezes pode ser, e muito. Talvez você tenha que enfrentar a concorrência para alcançar tudo que almeja. Estamos falando de uma competitividade que nem sempre é justa ou que, por inveja, não hesita em desdenhar do que conquistamos.

A síndrome de Procusto é o termo usado para nomear as pessoas que sentem a necessidade de ‘cortar a cabeça ou os pés’ daqueles que se destacam. O medo de ser vítima de Procusto força algumas pessoas a fazer todo o possível para não se destacar ou se diferenciar dos demais.

Mulher de sucesso

Direito de aproveitar e desfrutar

O direito de desfrutar, aproveitar e ser feliz. Muitas pessoas que trabalharam duro, lutaram, passaram por uma série de derrotas ou eventos dramáticos, têm a sensação de terem despertado. No entanto, a verdade é que esse direito ao desfrute deve ser considerado algo básico.

A Idade Média foi, certamente, um período sombrio. A alegria e o riso eram proibidos em muitos lugares. A visão da vida como caminho do sofrimento foi generalizada. Assim, nesse cenário, a celebração e a festa eram censuradas. Voltando à atualidade, a verdade é que demos um passo adiante nesse sentido. Um passo muito importante. No entanto, ainda existem pessoas que se abstêm de celebrar ou manifestar alegria por medo de serem chamadas de  histriônicas.

A assertividade nos faz viver melhor. Muitas vezes, as circunstâncias nos colocam em uma encruzilhada onde não é fácil defender os nossos direitos. No entanto, após esse momento de angústia, perceberemos que, sendo assertivos, o nosso olhar para a vida se tornará mais limpo e a nossa própria companhia será muito mais agradável, porque seremos capazes de nos reconhecer da forma como somos.


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