Se você aumentar a consciência, as mudanças na sua vida virão sozinhas

Se você aumentar a consciência, as mudanças na sua vida virão sozinhas

Última atualização: 20 novembro, 2016

Viver uma crise com plenitude é possível, afirma Jon Kata-Zinn, defensor do mindfulness no ocidente. Não é só isso. Segundo ele, se aumentarmos a consciência, as mudanças na vida virão sozinhas.

Mas ele não fica com uma afirmação vaga e imprecisa, este pesquisador já leva anos dedicando a sua vida a evidenciar cientificamente uma coisa que a experiência humana reconhece há anos: a exploração, a introspecção e a conexão profunda nos ajudam a gerar mudanças duradouras.

Então, segundo afirma em uma entrevista concedida ao jornal espanhol La Vanguardia, graças ao mindfulness ou, o que é a mesma coisa, à consciência plena, conseguimos prestar atenção de forma ativa ao momento presente sem julgamento.

Através do desenvolvimento desta capacidade conseguimos abraçar a realidade das coisas, o que é restaurador e transformador em todos os níveis, já que causa inclusive uma transformação neurológica.

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O mindfulness e a consciência plena não são coisa de gurus

Embora possa parecer algo muito alternativo, por trás do termo mindfulness existe uma grande quantidade de pesquisa científica médica e psicológica que fundamenta que esta conjunção de meditação zen e vipassana é tremendamente benéfica para nós.

Os profissionais especializados e homologados em mindfulness compartilham relatos sobre pacientes que conseguem o controle da dor crônica, da ansiedade, do pânico e de outros tipos de doenças físicas e psíquicas.

Poderíamos dizer que a atenção plena propõe aumentar a própria consciência para conseguir uma mudança de atitude, de perspectiva e de vida. Não dizem para nos apaixonarmos pela vida, mas sim para aceitá-la e experimentá-la assim como ela é.

Esta é uma abordagem nova porque praticamente a totalidade das nossas disciplinas medicinais ocidentais estão orientadas à eliminação dos sintomas, ao alívio do desconforto, à destruição do caos e à necessidade de “normalidade“.

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Sustentar a experiência a partir da presença

A atenção plena procura que simplesmente experimentemos as vivências para conseguir a mudança ou o aprofundamento do que somos e do que existe ao nosso redor.

As mudanças neurológicas que vêm do treinamento adequado em mindfulness acontecem em regiões relacionadas ao aprendizado e à memória, as quais se amplificam. Concretamente, a amígdala fica mais forte (lembrando que esta é a sentinela de nossas emoções, pois se encarrega de reagir diante das ameaças e de avisar o restante do cérebro).

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Na citada entrevista, Kabat-Zinn faz referência ao fato de que os resultados indicam uma modificação no genoma das pessoas treinadas. Ele aponta as seguintes descobertas:

  • Os genes que tem a ver com os processos inflamatórios e, portanto, com o câncer, se inibem.
  • O tamanho do cérebro, que encolhe com os anos, passa a ficar estável se a pessoa faz meditação.
  • As conexões neurológicas afloram e se multiplicam.

Como é possível conseguir tudo isto através do mindfulness? Qual é a verdade que transcende tudo isto? Não existe resposta. Trata-se simplesmente de parar de viver dormindo e começar a estar acordado. Sem fazer nada, nem tentar mudar, apenas meditando e tornando-nos conscientes (uma coisa que, sem dúvida, requer muita disciplina).

Então, por exemplo, se abraçamos os pensamentos negativos que nos fazem entrar em uma espiral prejudicial, impediremos que estes continuem se reproduzindo. É obvio que nem tudo é belo na vida, mas é preciso aumentar a consciência para deixar de alimentar o que é ruim.

Uma mente distraída é uma mente infeliz. Somente se conjugarmos e reunirmos tudo em um, conseguiremos saúde, bem-estar e sabedoria. Porque “o cultivo da atenção plena é uma atitude radical de sanidade, amor e compaixão por si mesmo”.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.