Benefícios do ácido fólico para a saúde cerebral 

Benefícios do ácido fólico para a saúde cerebral 
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 15 novembro, 2021

Os benefícios do ácido fólico para a nossa saúde cerebral são extraordinários. Este folato, também conhecido como vitamina B9, melhora, por exemplo, o tratamento com antidepressivos ao potencializar o efeito dos mesmos. Sabe-se que ele é essencial para a desintoxicação celular, para “fabricar” neurotransmissores e diminuir a velocidade da deterioração cognitiva. 

Estamos falando de um componente presente em um tipo de alimento que dispõe de determinados nutrientes essenciais para melhorar o humor, os recursos cognitivos e a saúde cerebral. Assim, quando falamos de ácido fólico, é comum pensar quase imediatamente em uma mulher grávida ou que deseje engravidar.

O cérebro precisa manter um nível adequado de ácido fólico. Os baixos níveis deste folato estão vinculados a uma presença mais elevada de homocisteína, que aumenta a inflamação cerebral e o risco de acidentes vasculares cerebrais.

Sabemos que este folato é essencial para o bom desenvolvimento do feto, e que um déficit do mesmo pode ocasionar sérios problemas congênitos, como é o caso da espinha bífida ou de outros efeitos no tubo neural do bebê.

Entretanto, a vitamina B9 é um recurso excepcional para otimizar muitos dos nossos processos cognitivos. E mais, assim como os estudos revelam, como o realizado em diversas universidades da Holanda, o ácido fólico pode nos permitir chegar a idades avançadas com uma melhor saúde cerebral.

Além disso, também podemos reduzir em um índice significativo a incidência de demências ou infartos cerebrais. Como vemos, é possível melhorar a nossa dieta para poder chegar à terceira idade com faculdades mentais mais ágeis e uma forte reserva cognitiva. 

Benefícios do ácido fólico

Benefícios do ácido fólico para a saúde cerebral

As revistas de psiquiatria já publicam estudos sobre esse assunto há mais de três anos. Assim, trabalhos como o que podemos ler no Journal of Clinical Psychiatry revelam o que esta pequena molécula é capaz de fazer. Para começar, sabe-se que determinados medicamentos psiquiátricos, como os que são utilizados para tratar o transtorno bipolar, reduzem a presença de ácido fólico no cérebro. 

Isso é tão sério que, como medida preventiva, costumam ser receitados suplementos vitamínicos para prevenir esta queda. Também sabe-se que o ácido fólico pode potencializar a resposta dos antidepressivos. Deste modo, se além de seguir a medicação cuidarmos da nossa dieta e não deixarmos que este folato falte, a melhora pode ser mais rápida e estável.

Se no cérebro tudo é química, o ácido fólico é o mediador que torna possível uma série de processos, reações e ligações. Ter consciência disso pode ser de grande ajuda. Bom, vejamos agora quais benefícios o ácido fólico tem para a nossa saúde cerebral.

O ácido fólico pode melhorar o nosso humor 

O ácido fólico pode melhorar o nosso humor

Existem diversos estudos que demonstram como uma boa quantidade de ácido fólico pode melhorar nosso humor e elevar a nossa produção de serotonina. Os especialistas indicam que o melhor ácido fólico que podemos tomar é o metilfolato, já que sua meia vida é mais elevada em nosso organismo.

Por outro lado, sabe-se que muitas pessoas apresentam uma incapacidade genética para metabolizar de forma correta o ácido fólico. Por essa razão, sempre apresentam um certo déficit, doenças associadas e um maior risco na hora de desenvolver alguns transtornos de humor.

Seja como for, já existem muitos psiquiatras que recomendam tomar suplementos à base desta vitamina para otimizar os processos de recuperação e melhorar o bem-estar anímico.

Um déficit de ácido fólico aumenta a inflamação cerebral

O metilfolato é essencial para que o cérebro possa “fabricar” neurotransmissores e DNA. Se não dispusermos deste folato em bons níveis, seja por conta de uma dieta inadequada ou de um problema genético como exemplificado antes, podem ocorrer várias coisas. O mais impressionante é o aparecimento de uma alta concentração de homocisteína.

Lembremos que a homocisteína é um composto químico que media a inflamação e a pressão alta. Tudo isso deriva em um maior risco de sofrer infartos cerebrais, apoplexias, etc. E mais, a hipótese inflamatória da depressão tem adquirido cada vez mais consenso. Essa ideia defende que um elevado nível de homocisteína influencia o desenvolvimento dos transtornos depressivos.

Envelhecimento saudável

Mais memória com ácido fólico e vitamina B12

De acordo com um estudo realizado por Janine Walker, pesquisadora da Universidade Nacional da Austrália, as pessoas que têm uma boa manutenção de ácido fólico e vitamina B12 por três ou mais anos chegam a idades avançadas em melhor estado. Nestas pessoas, a incidência de Alzheimer diminui, a memória se mantém ágil, a reserva cognitiva é preservada, e é possível ter uma velhice mais ativa.

Tudo isso nos dá ânimo para seguir o conselho dos especialistas. A partir dos 60 anos de idade, devemos aumentar o consumo deste tipo de nutriente. Fazer isso não custa nada e os resultados podem ser notados facilmente.

Framboesas

Quais alimentos são ricos em ácido fólico?

Talvez você esteja pensando em ir à farmácia comprar um suplemento vitamínico à base de ácido fólico. Essa não é a melhor opção, a não ser que o mesmo tenha sido prescrito por um médico, psiquiatra ou nutricionista especializado.

Portanto, é melhor agir com base nas nossas necessidades. Se no momento não apresentarmos nenhum déficit, o ideal é se limitar a incluir e manter estes nutrientes em nossa dieta. Podemos fazer isso com alimentos que podem ser encontrados em qualquer supermercado, como:

  • Lentilha;
  • Grão-de-bico;
  • Aspargos;
  • Espinafre;
  • Brócolis;
  • Abacate;
  • Morango;
  • Laranja;
  • Mamão;
  • Framboesa;
  • Couve-de-bruxelas;
  • Aipo.

Para concluir, como vimos anteriormente, o ácido fólico não é apenas um componente que não pode faltar na dieta de uma grávida. Todos nós, especialmente quando chegamos a idades avançadas, precisamos prestar atenção no consumo deste tipo de folato tão essencial para o nosso cérebro.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.