O centro da nossa vida: pensamentos e emoções

O centro da nossa vida: pensamentos e emoções

Última atualização: 14 janeiro, 2016

É impossível saber o número exato dos nossos pensamentos, mas estima-se que tenhamos até 70.000 por dia, e a revista New Scientist dá uma média de 10 elevado a 80.000.000.000.000 ao longo da vida. Uma cifra que supera o número de átomos que existe no universo se nos basearmos na quantidade de neurônios e todas as conexões entre si.

Entre tantos pensamentos, aprendemos a selecionar aqueles que estão mais alinhados com a visão de mundo que vamos formando ao longo da vida. Aqueles que nos produzem uma emoção concreta e que nos levam a agir de uma determinada forma.

Nem o seu pior inimigo pode lhe fazer tanto mal como seus próprios pensamentos.

– Buda –

Nossos pensamentos geram emoções

Se pensamos que obteremos um bom resultado, sentiremos emoções positivas que nos motivarão a empreender ações direcionadas para consegui-lo.

Se imaginamos um final catastrófico, é possível que nos sintamos tristes e incapazes e isso nos desmotivará a levar adiante as ações, ou adotaremos aquelas alternativas menos adequadas para enfrentá-las.

A nossa mente tem a capacidade de imaginar, sonhar, criar, inventar, comunicar, descobrir e mudar realidades, embora esta seja a mesma capacidade que também dá passos equivocados.

A importância dos nossos pensamentos

Somos intérpretes de emoções

É uma capacidade incrível do ser humano. Precisamos escutá-las, acolhê-las e administrá-las para aprendermos com nós mesmos e assim empatizarmos com os outros. Mas é necessário considerar que nem sempre podemos nos basear em um raciocínio emocional para elaborar um julgamento confiável.

As experiências anteriores influenciam

Estabelecemos associações de como um acontecimento passado fez com que nos sentíssemos. O ruim é que, se foi algo negativo, corremos o risco de projetá-lo para o futuro como um sinal claro de que ele voltará a acontecer, já que nos sentimos da mesma forma como fizemos aquela vez.

Aprendemos e cometemos erros no caminho

Não somos nós apenas que fazemos com que as coisas deem errado. É preciso considerar que a vida é feita de muitas variáveis que influenciam o que acontece. Se nos esquecemos disto, nos sentiremos culpados ou culparemos os outros sempre.

Para construir uma atitude aberta de aprendizagem, é fundamental aprender com os erros ou comunicar aos outros o nosso desagrado, mas não podemos nos culpar excessivamente por eles.

Às vezes, pensar NÃO diz nada sobre você. É apenas um jogo mental.

Para entender isso, aprendamos a distinguir dois conceitos com uma história:

Marta vai se reencontrar com um amigo com quem teve um relacionamento faz alguns anos. Podem surgir muitas dúvidas e ela imagina muitas situações possíveis que podem acontecer no reencontro. Depois desse tempo, Marta não guarda rancor nem raiva dele. Ela voltou a se apaixonar e tudo ficou no passado.

Claro que é logico sentir emoções e agitação ao imaginar como será voltar a falar com ele. Mas essa imaginação pode nos fazer recriar uma trama e sentir emoções que nos predispõem a comparecer ao encontro com uma energia negativa ou positiva, e que além disso nos faz sentir bem ou mal com nós mesmos.

Egossintônico: comportamentos, valores e sentimentos que estão em harmonia com nós mesmos, são aceitos pelo nosso ego e são coerentes com nossos ideais e autoimagem.

“Gostaria de fazer isto que pensei e que está em sintonia comigo”

Imaginei que nos encontramos naquele lugar depois de muitos anos sem nos ver e que o encontro nos deu tanta alegria que acabamos conversando durante horas.

Egodistônico: comportamentos, valores e sentimentos que entram em conflito e são dissonantes com as necessidades, objetivos do nosso ego e autoimagem.

Imaginei-me fazendo mal a você, dizendo palavras que lhe causariam dor e eu não era capaz de deixar de dizê-las. Sou uma má pessoa.

“NÃO gostaria de fazer isto que pensei e que NÃO está em sintonia comigo”

A importância dos nossos pensamentos

Finalizemos…

1. Sabendo que a nossa mente é capaz de imaginar, criar e sonhar o melhor, mas também o pior.

2. Tendo em mente que as emoções são fundamentais, mas nem sempre muito boas para confirmar aquilo que pensamos.

3. Diferenciando entre egossintônico e egodistônico. Sabemos que pensar em algo NÃO é sinônimo de que este algo aconteceria, nem de sermos pessoas ruins pelo fato de termos pensamentos negativos, já que em seguida podemos passar o filtro da nossa autoimagem, moral, reflexão e valores.


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