Como curei minhas feridas emocionais e me libertei

Como curei minhas feridas emocionais e me libertei

Última atualização: 29 setembro, 2015

Quando falamos de feridas emocionais, não estamos nos referindo exclusivamente aos danos secundários que alguém possa ter nos causado; nós também somos responsáveis ​​por muitos desses vazios e limitações pessoais.

Há pensamentos que nos ferem; não devemos alimentar o ego ou nos agarrarmos ao passado para vivermos apenas de nostalgia, por exemplo.

Nossa atitude em relação a vida, às vezes, também corrói a nossa alma e a forma como nos relacionamos com o mundo.

Curar e corrigir este tipo de estruturas internas é uma forma de sermos livres emocionalmente. No entanto, devemos primeiro fazer um exercício saudável de reflexão e mostrar uma clara vontade de mudar as coisas, mas a partir do nosso próprio interior.

É aí que reside a verdadeira força emocional.

Todos nós acreditamos ter uma grande sensação de liberdade, mas ela é falsa. Somos controlados por nossas crenças, às vezes limitados por elas, por nossas feridas emocionais que nos aprisionam… Como podemos renascer emocionalmente para sermos verdadeiramente livres?

Chaves para alcançar a liberdade emocional

Cure suas feridas emocionais

Em primeiro lugar, devemos ter claro que nem todas as pessoas são iguais e nem têm a mesma “bagagem” de experiências.

No entanto, quando se fala de pensamentos e emoções que limitam o nosso crescimento pessoal e a nossa liberdade, há alguns pontos básicos que vale a pena considerar, ou pelo menos refletir a respeito.

Nós lhe convidamos a refletir conosco.

1. Não tenha medo da dor das feridas emocionais

Dor e sofrimento não podem ser escondidos em um canto secreto de nosso ser. Todas as feridas sangram, toda dor emocional chora, grita ou é sentida em todo o abismo de solidão.

Suas emoções não são suas inimigas e nem o definem. Isto significa, por exemplo, que você pode sentir a dor da decepção em um momento muito específico de sua vida, mas toda a sua existência não será (ou não deveria ser) categorizada por esse sentimento.

A dor se vive no “aqui e agora” e deve ser entendida, compreendida e gerenciada da forma mais saudável possível. Caso contrário, optar por esconder essas emoções, trancando-as por toda a vida, tornará a nossa liberdade pessoal e emocional uma ilusão.

2. Você deve aprender a ser compreensivo consigo mesmo

Você cometeu um erro? Você passou muito tempo da sua vida com uma pessoa que talvez não merecia o seu tempo? Não se castigue e nem se rotule como “ingênuo” por isso, e muito menos como “fracassado”:

Nenhuma vida que valha a pena é livre de erros. Na verdade, todos os aspectos que você considera como “erros” são realmente experiências de aprendizado que o tornarão mais forte.

Seja compreensivo com você mesmo e entenda que a última coisa que você deve fazer é alimentar qualquer culpa pelo que aconteceu.

A culpa arrasta, afoga e envenena; é uma inimiga clara da liberdade emocional. Mantenha a mente aberta e seja capaz de aceitar todas as experiências, sejam elas boas ou ruins, pois esta é a finalidade desta coisa chamada vida.

Tente acordar todas as manhãs com o seu entusiasmo renovado; abra-se para você mesmo e para os outros sabendo que você merece ser feliz novamente, bloqueie o fluxo de pensamentos negativos que, por vezes, aumentam a nossa própria prisão mental.

Com cada esforço que você fizer, a cada passo que você der para ser feliz novamente, estará se libertando dos erros e da culpa. Não alimente ilusões, evite nutrir decepções.

Cure suas feridas emocionais

3. Você não pode mudar quem lhe fez (ou lhe faz) mal

Se você tem que conviver com uma família, pais ou irmãos que o machucam de alguma forma, você deve ter muito claro que você não pode mudar as pessoas que lhe causam mal. Você não pode mudar a maneira deles entenderem as coisas ou a personalidade dos mesmos.

Entretanto, você pode ser emocionalmente livre e curar a influência deles sobre você. Você é o que importa aqui e agora, você é quem está sofrendo.

Muitas dessas coisas que você internalizou do seu passado “coçam” e até criam uma ferida invisível, e é aí que as prisões interiores se encontram. Liberte-se, entenda que isso não deve mais causar danos a você, tente perdoar mas, ao mesmo tempo coloque limites.

Cure as palavras ditas e as engolidas, cure a dor da decepção ou do desprezo, deixe os fardos irem de vez, levante a sua voz para declarar que você vai deixar de ser uma vítima. Você está curado, você renasceu e você está emocionalmente livre.

4. Cure as suas raízes

O que queremos dizer com curar as suas raízes? É sem dúvida uma questão complexa que envolve muitas áreas pessoais, muitas experiências e construções psicológicas. No entanto, considere essas dimensões.

Reflita sobre isto:

Desative o ego do seu dia a dia, permita-se ter uma visão mais ampla e livre das coisas.

– Não se submeta às circunstâncias nem lute contra elas fomentando o ódio ou o rancor. Evite os extremos porque as duas dimensões irão aprisioná-lo e arrastá-lo. Mantenha o seu equilíbrio, a paz interior e priorize a sua liberdade emocional acima de tudo.

– Não se proteja sob um positivismo pouco objetivo. Não finja sorrisos quando você não os sente; isso é tristeza, porque dessa forma o que você faz é enfeitar sua árvore com folhas, quando as suas raízes estão doentes.

Sinta suas emoções e administre-as corretamente, pois caso contrário você irá mascarar o seu crescimento pessoal. Você precisa ser corajoso e honesto consigo mesmo.

Cure suas feridas emocionais

Fugir do medo é temer. Lutar contra a dor é doloroso. Tentar ser corajoso é estar assustado.

– Alan Watts (filósofo britânico 1915-1973) – 

Imagens cortesia de Kelly Vivanco


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