É proibido viver no passado

É proibido viver no passado

Última atualização: 25 março, 2015

Carlos Fuentes diz que “o passado está escrito na memória e o futuro está presente no desejo“. Viver amarrado ao passado ou ansioso pelo que acontecerá no futuro é uma forma de se perder no presente. O problema não é lembrar de momentos intensos, nem idealizar uma vida desejada; o problema chega quando nos refugiamos em um, ou em outro lado de forma permanente.

Mas, o que leva muitas pessoas a transformar o passado em seu presente? Resistir a aceitar a realidade que se lhes apresenta ou considerar que uma decisão tomada no passado é a causa do infortúnio presente são os motivos que fazem com que muitas pessoas vivam erroneamente.

O passado está escrito com todas aquelas vivências que nos trouxeram até aqui, a este lugar e desta forma. É um baú cheio de experiências boas e ruins, de decisões erradas e afortunadas, de tristezas e alegrias, e pessoas que entraram e saíram de nossas vidas.

Correr atrás do vento

Não se trata de renunciar ao passado, mas de evitar que este se converta numa amarra, num lastro que nos paralisa e incomoda para aproveitar o presente. Vamos a ele através da lembrança. Sentir a necessidade de viver no passado é um comportamento pouco recomendável para o nosso desenvolvimento pessoal.

Um provérbio russo diz que “desejar o passado é correr atrás do vento”. Olhar constantemente para trás e se instalar no pretérito costuma ser próprio de pessoas que tem medo do presente, da vida e da incerteza e se aferram ao passado porque conhecer o que se passa lhes dá segurança.

A solução está em nossa mente

Não se trata de apagar nosso passado, pois lembrar de momentos agradáveis nos dá prazer e alegria. Trata-se de soltar o lastro e aceitar que o passado é um pensamento espontâneo e não uma vivência real. Saber tirar proveito da lembrança de experiências vividas, sejam elas alegres ou tristes, convertendo-as em um ensinamento para melhorar nossa condição de seres humanos

O objetivo é deixar de falar uma e outra vez do que foi vivido, especialmente daquilo que nos fez mal, para passar a viver um presente sem cargas de culpa, nem dor. Como reza o provérbio árabe “saber que o passado já fugiu, o que se espera está ausente, mas o presente é seu”.

Como podemos lutar contra esse impulso de viver no conhecido? A solução está em nossa mente, freando no momento em que os pensamentos passados se tornam obsessivos e martirizam nosso presente. Se instalar na melancolia continua é um erro porque, por sorte ou por azar, não se pode viajar ao passado. Ao nos culparmos por uma decisão passada e revirar a cabeça para encontrar uma solução para algo que já não existe, a única coisa que conseguimos é um castigo psicológico que não nos permite desfrutar do nosso momento atual.

John Lennon dizia que “alguns estão dispostos a qualquer coisa, menos a viver o aqui e agora”. Para se livrar desse peso, procure centrar o seu olhar no presente, desfrutar e tomar consciência do momento no qual você está vivendo. Deixe de viajar ao passado para tentar corrigir o impossível e apague da sua mente frases tais como “se eu tivesse feito….”. Faça agora.


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