Como usar o WhatsApp e não ficar preso a ele

Como usar o WhatsApp e não ficar preso a ele

Última atualização: 20 maio, 2015

Todos sabemos que cada vez é mais freqüente o uso das novas tecnologias. Poucas pessoas ainda tentam evitá-las; muitos outros, pelo contrário, gostam delas e as usam todos os dias. Podemos comparar o uso da Internet, do WhatsApp, dos jogos online, etc. com o consumo de uma substância. O que isso significa? Que devemos diferenciar entre o uso, abuso ou dependência.

No caso do WhatsApp, podemos dizer que usá-lo de forma irracional ou como um meio de controle sobre os outros pode nos causar vários problemas pessoais, sociais e nos relacionamentos. A seguir, daremos algumas dicas rápidas para fazer um uso racional do WhatsApp.

Como usar o WhatsApp de forma saudável

1. Às vezes acostumamos a sociedade e os nossos conhecidos a receberem respostas imediatas. Se você não responde imediatamente ou não lhe respondem, não tire conclusões precipitadas sobre o que aconteceu. Isto somente nos levará a estados de ansiedade e mal-estar: ‘ele leu e não me responde’, ‘estava online e não foi capaz de me dizer nada’. Em alguns casos você pode estar certo, mas em outros você pode estar errado, e certamente há outras explicações para a falta de resposta. Não estamos na mente da outra pessoa e não sabemos se talvez ela simplesmente não respondeu porque não podia nesse momento. Além disso, observe que, se você for do tipo que quase sempre responde imediatamente, a sociedade lhe exigirá que assim o faça. Se você não responde imediatamente ou não lhe respondem, não tem problema. Temos que aprender a sermos pacientes, a reconhecer que nem todos são como nós e que nem sempre as coisas acontecem da maneira que se espera.

2. Pense que todo mundo tem direito a responder ou não, a escrever-lhe antes ou responder-lhe depois, e pode até ter suas razões para não responder. Escreva quando você considerar ‘oportuno’, mas você deve saber que ‘oportuno’ não significa o mesmo para todos. É importante que aprendamos a nos respeitar e a respeitar o comportamento dos outros. Todos temos direitos assertivos como não dar explicações, não nos justificar, não responder, dizer que não, etc.. Você tem direitos e os outros também.

3. Tente usar o WhatsApp em determinadas horas e, principalmente, evitá-lo em outras. Enquanto você dorme, come, trabalha, etc., seria recomendável tê-lo em silêncio (se possível) ou não usá-lo. Não deixe que ele interfira em suas atividades diárias.

4. Cuidado ao vigiar e controlar os outros. Isso pode se tornar um calvário e uma obsessão e, assim, desencadear possíveis problemas pessoais. Ver se está online, se está conectado ao mesmo tempo que outra pessoa, quando foi a última vez que se conectou… Tudo isso não gera nada além de controle, insegurança, mal-estar, ansiedade…

5. Nunca discuta através do Whatsapp. É algo que se repete bastante nesta sociedade, mas pense que, através deste meio de comunicação, a parte não-verbal, como gestos, olhar, postura, etc., e a comunicação paraverbal, que é tudo o que está relacionado com a voz, não são percebidos como seriam se você estivesse diante da outra pessoa, de modo que podem ocorrer muitos mal-entendidos. Se considerarmos que a comunicação não-verbal representa 55% da comunicação, a comunicação paraverbal 38% e a comunicação verbal (o que dizemos) representa 7%, isso significa que através dessas mensagens perdemos não tanto o que é dito, mas como é dito.

6. Dedique o tempo para falar com as pessoas com quem você está, e não com as que você não está. Se você já está com seus amigos e família, não continue usando este meio e esquecendo que há pessoas com você. Melhor deixá-lo para outro momento.

Para terminar, uma frase muito conhecida que fala especificamente sobre as novas tecnologias: ‘As novas tecnologias nos aproximam daqueles que estão longe e nos afastam daqueles que estão perto’.

Dito isto, devemos ter em mente que o WhatsApp, assim como outros aplicativos, tem um lado positivo. Se for bem utilizado, trata-se de uma ferramenta poderosa que pode nos ajudar muito a nos comunicarmos com os outros.

Podemos aproveitá-lo, mas não nos esqueçamos das pessoas, do presencial e do físico. E, especialmente, não nos esqueçamos das consequências que este tipo de serviço de mensagens pode trazer para nós.


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