Como vai sua vida afetiva?
A maioria das pessoas busca em sua vida relacionamentos que correspondam uma necessidade, mas se alguém lhe oferecesse metade de algum objeto, acredito que não seria muito interessante, não é mesmo? Por que, dentro dessa crença de que somos incompletos, exigimos que o outro corresponda as nossas faltas? Desejamos uma parte das pessoas, mas não dos objetos, Por quê?
Quando somos inteiros criamos condições para encontrarmos no outro não uma parte deste, mas pessoas inteiras para se relacionar de forma saudável. Isso não se limita apenas aos relacionamentos amorosos, mas a qualquer tipo de relação que você possa vir a ter.
A sensação de frustração na vida amorosa muitas vezes pode estar associada à maneira como você se relaciona com seu parceiro. Quando se questiona sobre o assunto, já é o começo para pensar em comportamentos que se repetem na sua relação, para mudar atitudes e ter resultados diferentes.
Se existe um padrão de fracasso nos seus relacionamentos, pode ser que isso esteja associado a algumas crenças limitantes. Desta forma, sua crença norteia seus comportamentos, pois vivemos para confirmá-la. Qual é a crença que mantém o padrão que se repete nos seus relacionamentos?
Distanciar-se da situação pode ajudar para fazer diferente. Porém, lembre-se de que o relacionamento é feito por duas pessoas com criações diferentes, mas que tentam compreender qual é a parte que lhes cabe nessa história. Em que você contribui para que a relação não esteja como gostaria?
Não fazemos parte da vida do outro para corresponder uma carência, uma expectativa por um ideal ou para dividir o outro e nos preencher com algo que nos falta. Você já parou para pensar que buscamos no outro algo que não existe?
Somos incompletos, lembra?
Quando somos inteiros não existe a necessidade de buscar no outro algo que supomos ser a solução da nossa incompletude. Assim podemos nos doar naturalmente sem esperar algo de volta, pois ao nos relacionarmos com o outro que não seja uma parte, o relacionamento flui sem precisar caber de forma forçada na vida do outro.
Com isso acontece a troca de dois inteiros, pois é na relação que se divide/compartilha o que cada um possui de experiência vivida.
A relação acaba por não dar certo quando buscamos no outro algo que nos complete, seja por carência ou expectativa de que o outro tem a obrigação de corresponder o que desejamos, pois o preenchimento nunca será externo (o outro me completa), sendo interno (eu me completo). Não no sentido de ser autossuficiente, mas de um investimento pessoal.