Como trabalhar a comunicação assertiva no relacionamento?
Entre todos os estilos de comunicação existentes, a assertividade é um das mais eficazes. No entanto, poucas pessoas são capazes de colocá-la em prática, especialmente em suas relações amorosas. Por esse motivo, hoje falaremos sobre como trabalhar a comunicação assertiva no relacionamento antes mesmo que os conflitos apareçam.
O artigo ‘Assertividade: definições e dimensões’ explica que essa capacidade social é “um comportamento que expressa os sentimentos e pensamentos de um indivíduo de maneira honesta, sem ferir os outros”. Como vimos, isso é essencial em todo relacionamento, por isso é importante que o casal trabalhe a comunicação assertiva.
Formas de trabalhar a comunicação assertiva no relacionamento
A comunicação assertiva pode ser praticada todos os dias com pequenas ações simples. No entanto, para que realmente surta efeito e para que, no momento das discussões, os membros do relacionamento sejam fortalecidos em vez de feridos, é conveniente incorporá-las à rotina.
Expressar o que pensamos e sentimos
Pode parecer estranho, mas nos relacionamentos amorosos, os pensamentos ou sentimentos raramente são expressos. Por exemplo, se alguém fica incomodado com a música muito alta do outro, em vez de lhe dizer, prefere se calar para evitar conflitos.
Isso é contraproducente, pois podemos acabar explodindo. Além disso, esses momentos incômodos que podemos experimentar no nosso dia a dia são uma oportunidade para trabalhar a comunicação assertiva no relacionamento.
É melhor não se calar e, com respeito, pedir à outra pessoa para diminuir o volume da música.
Aprender a falar por nós mesmos
Por alguma razão, geralmente não falamos na primeira pessoa quando discutimos com alguém. Muitos culpam o parceiro com muita facilidade e podem até lançar frases como “meu amigo também vê as coisas como eu”, por exemplo.
Isso é um erro, pois não nos permite trabalhar a comunicação assertiva. Aprender a falar na primeira pessoa nos ajuda a assumir a responsabilidade pelas nossas emoções e a verbalizá-las. Se você não sabe como fazê-lo, pode usar o “eu sinto…” ou “eu percebi…”.
“Temos dois ouvidos e uma boca para ouvir o dobro do que falamos”.
– Epiteto –
Antes de agredir, é melhor perguntar
Quantas vezes agredimos verbalmente o parceiro quando ele diz “você é muito desorganizado” ou “eu não gosto que você faça isso desse jeito”? A nossa reação geralmente é agressiva, e não assertiva. Se já estivéssemos acostumados a ser assertivos em vez de atacar, perguntaríamos antes.
Por exemplo, se o seu parceiro lhe dizer que você é muitos desorganizado, você pode perguntar como melhorar isso. Dessa forma, será possível iniciar um diálogo que levará a uma solução agradável para todos. Muitas vezes parece que o parceiro é nosso inimigo, mas não é bem assim.
Comunicação assertiva: pensar antes de falar
Embora existam muitas outras maneiras de trabalhar a comunicação no relacionamento, todas elas, como já mencionamos, devem ser praticadas todos os dias.
Obviamente, existem algumas dicas que podem ser de grande ajuda quando iniciamos uma discussão para evitar cair nos velhos padrões de comportamento.
- Pensar na mensagem, mas também na forma: sentir-se magoado, ou até agredido, pode nos levar a machucar o parceiro. Por esse motivo, é melhor respirar, manter a calma e pensar antes de falar. Não é preciso ter pressa. Pense que as formas de se expressar podem invalidar a sua mensagem e gerar um conflito real.
- Sentir empatia: aprender a se colocar no lugar da outra pessoa é algo muito valioso.
- Não acumular reclamações: como mencionamos anteriormente, é preferível expressar o que nos incomoda no momento em que sentimos… e não em uma conversa em que o assunto seja outro.
“A comunicação efetiva começa com a escuta”.
– Robert Gately –
Aproveitemos todos os momentos do nosso dia para trabalhar a comunicação assertiva no relacionamento. Assim, pouco a pouco, construiremos uma intimidade na qual a confiança cresce.
Lembre-se de que machucar com as palavras não é construtivo, é destrutivo. Como disse Satir no artigo ‘O vínculo do casal: uma possibilidade afetiva para crescer’, não devemos esquecer de nos expressar “de maneira direta, honesta e respeitosa”.
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