Counseling, a profissão do desenvolvimento e da realização pessoal

Counseling, a profissão do desenvolvimento e da realização pessoal

Última atualização: 01 agosto, 2019

Counseling ou consultoria psicológica é uma profissão que está em grande desenvolvimento e ganhando cada vez mais adeptos, já que ajuda as pessoas a resolverem seus problemas cotidianos por si mesmas. O método utilizado não envolve conselhos nem guias, foca-se na época atual da vida de cada um sem necessidade de relembrar coisas nem voltar ao tempo, simplesmente acompanhando as pessoas em seu relato e ajudando-as a escutar a si mesmas.

Desta forma, e utilizando seus próprios recursos, as pessoas encontram dentro de si mesmas as soluções para os problemas que as afligem, aprendem a se descobrir e se conhecer e mais, e assim tornam-se mais tolerantes consigo mesmas e com o seu entorno.

O segredo desta forma de acompanhamento encontra-se nas três atitudes básicas que todo consultor deve ter: empatia, aceitação positiva incondicional e congruência, que formam parte da teoria que desenvolveu o psicólogo humanista americano Carl Rogers denominada “foco centrado na pessoa”, tomando como base que a pessoa é a que melhor se conhece e sabe o que quer e necessita, inclusive em tempos de crise.

Os mecanismos que um consultor psicológico utiliza

Assim, a forma como um consultor psicológico acompanha seu paciente é colocando-se no lugar da pessoa e a ajudando a descobrir o que sente (empatia) sem julgá-la em relação a sua visão de mundo e a seus valores (aceitação positiva incondicional) e, sendo o consultor verdadeiro consigo mesmo e com a pessoa que está acompanhando (congruência), todas estas atitudes juntas desencadeiam na pessoa ajudada uma introspecção que a permite registrar o que acontece e encontrar dentro de si recursos necessários para resolver o problema que a está fazendo sofrer. A pessoa, por sua vez, descobre a si mesma e aprende a aceitar-se por meio da aceitação que recebe por parte do consultor. Desta forma, vai se desenvolvendo e rompendo com estruturas que até o momento a acompanhavam e, assim, consegue ser mais autêntica e livre.

Outra vantagem deste tipo de processo é o curto prazo. A pessoa sai dele conhecendo-se suficientemente para enfrentar diferentes situações de sua vida de uma forma mais responsável sem ser “a vítima” do que acontece mas, como mencionado anteriormente, fazendo associações e encontrando soluções. Como a pessoa é dona do seu processo, é ela quem decide quando está pronta para deixá-lo, e não o profissional.

Mas nem tudo é um mar de rosas, já que todo processo de mudança pessoal pressupõe algum momento de dor. Até a pessoa não se enxergar de maneira nova, irá sofrer nos primeiros momentos ao encontrar-se diferente do que vinha sendo. Mas conforme ela vai enxergando e refletindo, irá se dar conta de que a mudança é positiva e o sofrimento que a acompanha irá se transformar em alegria.

Nos processos deste tipo a pessoa é como a larva que sai de seu casulo para transformar-se em mariposa e poder voar; o processo implica certo sofrimento, mas uma vez que sai, encontra-se com asas e entre flores. 

Diferença entre um consultor psicológico, um psicólogo ou psiquiatra

O papel do consultor é o de ser um companheiro no processo de mudança e no desenvolvimento da pessoa, sem intervenções, ou seja, sem dar diretivas, simplesmente ajudando a iluminar as áreas internas que a pessoa vai percorrendo para que descubra a si mesma e tome decisões próprias com recursos próprios.

Por fim, vale esclarecer que o consultor psicológico somente pode atender pessoas que se encontrem dentro do marco da normalidade, ou seja, sem patologias nem transtornos. Estes são terrenos de psicólogos e psiquiatras, para os quais o consultor psicológico deverá encaminhar, conforme corresponda, as pessoas em que identificar alguma situação deste tipo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.