A culpa e suas duas grandes amigas, a dúvida e a insegurança

A culpa e suas duas grandes amigas, a dúvida e a insegurança

Última atualização: 18 junho, 2017

A culpa nunca chega sozinha, e pode surgir por inúmeras razões em nossas vidas. Em algumas ocasiões ela nos tortura por aquilo que fizemos, mas não deu o resultado que esperávamos. Em outras, nos persegue por não termos tido a coragem de fazer ou dizer algo que agora nos corrói em nosso interior. É neste segundo caso que a culpa se apresenta em nossa vida acompanhada por suas duas grandes amigas: a dúvida e a insegurança.

Nunca deixe de fazer algo por medo. Vale mais a pena se arrepender de ter feito do que culpar-se pelo que poderia ter sido.

É então que a dúvida toma as rédeas de nossas decisões e a insegurança decide que é melhor não fazer nada por medo de perder o que temos, quando a culpa se instala em nossas vidas. Isso faz com que fiquemos tristes e paralisados vivendo em nossa imaginação o que poderia ter acontecido, em vez de aceitar a realidade da nossa imobilidade.

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A dúvida: a capitã do nosso exército de medos

O medo passa, mas o que deixamos de viver por medo não volta.

A dúvida nos observa dia após dia e nos lembra, de maneira estratégica, das situações em que fizemos algo que deu errado, aquelas situações nas quais ferimos alguém sem querer ou em que fizemos papel de ridículo. Em definitiva, a dúvida se encarrega de multiplicar nosso mal-estar até nos fazer duvidar de tudo que somos ou fizemos.

Mas isso não é tudo. Quando nosso mal-estar aumenta, a dúvida chama seu exército, aquele que reúne nossos medos, e os manda desfilar. É então que as imagens de todo o mal que pode acontecer nublam nossa mente e nos impedem de decidir o que realmente queremos.

Não apenas queremos ser felizes, buscar nosso bem-estar, mas também queremos viver sem sofrer, e aproveitando-se disso, a dúvida nos ataca novamente. É assim que caímos outra vez no medo e na culpa, é assim que a insegurança se alia com a dúvida e nos prende tentando aliviar este mal-estar que sentimos e que sabemos que faz parte da vida, embora queiramos evitá-lo.

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A insegurança: as cordas que nos impedem de avançar

“É possível fugir de tudo, menos do que se perde”.
-Marwan-

Então a insegurança se mostra com toda a sua frieza, fazendo-nos duvidar de nós mesmos e de nossas ações. Ela nos prende na imobilidade, no medo de fracassar novamente se fizermos algo mais ou tentarmos outra vez.

Com a insegurança perdemos nosso ponto de apoio, nossa autoconfiança. Perdemos o equilíbrio emocional e nos prendemos a um lugar hostil com nós mesmos. Este lugar é onde nossa própria imagem se dissolve em um conjunto de medos que refletem não o que somos, mas o que tememos ser.

Assim, criamos raízes nas possibilidades de um futuro fatídico, mas que não é real, ainda que nos comportemos como se fosse. Demonstramos assim que nossa autoconfiança pode nos levar longe, mas a falta dela causa uma autoavaliação negativa contínua, dirigida a tudo que poderíamos fazer.

Por isso, quando a culpa aparecer na sua vida acompanhada pela dúvida e a insegurança, centrar-se no presente, no que é real, irá ajudá-lo a superá-la. Além disso, fará com que você dê a melhor versão de si, de seu potencial, porque os limites deixam de ser mentais e se convertem em reais.


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