5 curiosidades sobre a hipnose

A hipnose é conhecida por muitos por meio de shows. No entanto, a hipnose é uma prática terapêutica usada para tratar problemas de saúde. Aqui falaremos sobre seus aspectos mais marcantes.
5 curiosidades sobre a hipnose

Última atualização: 29 julho, 2023

A hipnose é um estado alterado de consciência em que uma pessoa experimenta um alto grau de concentração, relaxamento e é vulnerável à sugestão. É utilizada como ferramenta terapêutica em psicologia e psiquiatria para tratar transtornos como ansiedade, depressão, dor crônica, transtornos alimentares, entre outros.

É uma técnica que tem sido utilizada por diferentes culturas e comunidades ao longo da história, destacando-se a sua aplicação para fins curativos. Neste artigo, falaremos sobre alguns desses usos e outras curiosidades sobre a hipnose. Não perca!

“A hipnose é a arte de se comunicar com o subconsciente.”

~ Milton H. Erickson ~

Curiosidades da hipnose

O termo “hipnose” deve-se ao médico James Braid, que em 1843 cunhou a palavra para descrever um estado de sonolência artificial. Ele acreditava que poderia ser induzido em pacientes fixando o olhar em um objeto brilhante e sugestão verbal.

Com a inclusão desse termo, despertaria o interesse de muitos em estudar o assunto, o que também levaria a que algumas curiosidades da hipnose fossem encontradas. A seguir, compartilhamos os mais importantes com você.

1. Uma técnica usada há séculos

A prática da hipnose remonta ao Egito e à Grécia. No antigo Egito, a hipnose era usada para fins de cura e era praticada em templos de cura. Os sacerdotes usavam técnicas de sugestão e relaxamento para colocar as pessoas em estado de transe e então usavam uma variedade de métodos para curar doenças.

Por outro lado, na Grécia antiga, acreditava-se que o sono e a hipnose tinham origem divina e eram usados em rituais religiosos para colocar as pessoas em contato com os deuses. O método usado era conhecido como “incubação”, no qual as pessoas adormeciam ou entravam em estado de transe enquanto estavam em um local sagrado, como um templo.

2. Povos pré-colombianos e hipnose

Vários povos pré-colombianos usaram esta técnica e continuam a fazê-lo. A principal ferramenta a que recorrem são os toca-discos do xamã.

Estes são dispositivos físicos que giram em seu eixo que o xamã usa para entrar em estado de transe, seja por meio da visão ou da percepção cinestésica. No entanto, pode ser encontrado com algum outro significado usado como uma rota.

No livro Chamanismo: tiempos y lugares sagrados diz-se que os gira-discos dos xamãs são uma forma de induzir estados alterados de consciência e acredita-se que tenham a função de estabelecer contato com o mundo espiritual, curar os doentes e realizar outras práticas rituais.

3. Milton H. Erickson hipnotizou a si mesmo

Outra das curiosidades sobre a hipnose é encontrada através de Milton H. Erickson, considerado um dos fundadores da terapia breve e da hipnose moderna. Erickson é notável por ser capaz de se hipnotizar para controlar sua dor crônica após sofrer de poliomielite.

Embora não se saiba exatamente como ele conseguiu isso, diz-se que ele aprendeu a entrar em um estado de transe profundo desde muito jovem, após sofrer uma série de doenças e ferimentos que o mantiveram convalescendo na cama durante grande parte de sua infância.

Nessa época, ele desenvolveu um longo período de atenção e explorou os processos de pensamento e a imaginação como forma de escapar da dor e da ansiedade.

Com o passar dos anos, Erickson tornou-se um especialista em hipnose e criou sua própria técnica, conhecida como “hipnose ericksoniana”, à qual se refere um artigo no International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis.

4. Uma recuperação surpreendente

Pat Collins foi uma famosa hipnoterapeuta americana que alcançou resultados surpreendentes em sua prática clínica. Um dos casos mais conhecidos ocorreu quando Collins conseguiu fazer uma pessoa paralisada andar sob hipnose. Aconteceu em 1951 no estado de Illinois (Estados Unidos).

A pessoa em questão era um homem de 50 anos que sofria de paralisia nas pernas há mais de 20 anos. Collins supostamente hipnotizou o homem em sua casa e sugeriu que ele pudesse andar. Aparentemente, ele começou a mover as pernas e acabou se levantando e andando pela sala, tudo sob hipnose.

O caso foi noticiado em vários jornais e revistas da época e atraiu muita atenção do público. No entanto, alguns críticos questionaram a validade do evento e argumentaram que o efeito da hipnose pode ser temporário ou que outro fator entrou em jogo.

5. A hipnose não é um estado de sono, mas um estado de atenção focada

O estado de sonho e o estado de atenção focada são diferentes. No estado de sono, o corpo e a mente relaxam e podem ocorrer processos mentais inconscientes, como sono e sonhos.

Em contraste, de acordo com um artigo publicado na revista Brain Sciences, no estado de atenção focada a mente está ativa e alerta e a atenção está focada em uma tarefa específica.

No estado de atenção focada, o cérebro exibe um padrão de ondas cerebrais diferente do estado de sono. Predominam as ondas beta, que são de alta frequência e baixa amplitude. Por outro lado, no sono o padrão é de ondas delta, que são de baixa frequência e alta amplitude.

Além disso, em um estado de sono, a pessoa não tem consciência do que está ao seu redor, enquanto no estado de atenção focada, a pessoa está ciente do que está ao seu redor e pode responder a estímulos externos. A hipnose é um estado de atenção concentrada, embora muitos hipnotizadores usem o comando “dormir” para induzi-la.

Uma técnica que continuará a dar o que falar às pessoas

Depois da exposição feita de curiosidades sobre a hipnose, fica claro que é uma técnica com muita história. Por meio dela, foi possível estudar diferentes aspectos da mente humana e avanços foram feitos para o tratamento de diferentes transtornos mentais.

É uma técnica com várias particularidades, por isso deve ser utilizada sob a supervisão de profissionais que conheçam bem o seu uso e como obter os melhores resultados.


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