Os efeitos do estresse sobre a saúde

Os efeitos do estresse sobre a saúde
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz.

Última atualização: 05 janeiro, 2023

Atualmente, uma vida sem estresse parece uma utopia, mas enquanto certos níveis de estresse são considerados normais porque são respostas adaptativas às circunstâncias, o estresse crônico ou muito intenso é um estado de ativação do sistema nervoso que está associado a diversas doenças a longo prazo.

Não podemos viver em um estado de tensão contínua; o nosso corpo não aguentará e enviará seus sinais através das doenças. Por isso, evitar o estresse faz bem à nossa saúde.

O que é o estresse e para que serve

O estresse é uma resposta que o cérebro aciona quando percebe uma ameaça exterior, que pode ser uma data limite para a entrega de um trabalho ou uma ameaça de roubo da qual você precisa fugir. Devido a nossa capacidade de imaginação, podemos sofrer estresse por pensamentos que não são fatos reais.

“A voz do ego altera constantemente o estado natural de bem-estar do corpo. Quase todo corpo humano está submetido a uma grande pressão e estresse, não porque ele esteja ameaçado por algum fator externo, mas pela ação da sua mente”.

-Eckhart Tolle-

mulher-estressada

O estresse normal do dia a dia, que acontece diante de uma situação que precisamos resolver, é positivo porque coloca nosso corpo em um estado de atenção que nos permite reagir com mais rapidez, mais energia e foco. É uma tensão que nos prepara para a ação.

No entanto, os casos de estresse crônico nos deixam em um estado de tensão permanente. Isto consome a nossa energia, desequilibra os hormônios e, como consequência, deteriora a nossa saúde.

Efeitos do estresse sobre a saúde

Citamos aqui os principais efeitos que esse estado de tensão e cansaço mental tem sobre a nossa saúde, mas deve ficar bem claro que o estresse é provocado por uma confluência de fatores.

– Depressão e ansiedade: o estresse crônico de longa duração pode causar estados de depressão e ansiedade devido ao desequilíbrio hormonal e ao desgaste energético envolvido.

– Problemas de pele e queda de cabelo: erupções de pele como a acne ou eczema podem ser causadas pela tensão contínua; outras condições como a dermatite atópica ou a psoríase pioram com o estresse. Além disso, pode haver queda excessiva de cabelo, o que em alguns casos pode levar à calvície total.

– Problemas menstruais: o estresse está intimamente relacionado aos hormônios, cujo desequilíbrio prolongado pode causar problemas menstruais, desde menstruações dolorosas até irregularidades do ciclo menstrual. Em casos mais graves, a menstruação pode desaparecer.

– Problemas digestivos: o estresse altera o funcionamento do aparelho digestivo. A digestão se torna mais lenta, “tudo faz mal”, desregula o trânsito intestinal e está intimamente ligado ao aparecimento das úlceras estomacais, porque aumenta a produção dos ácidos digestivos.

– Problemas de sono: as situações estressantes nos impedem de dormir ou nos acordam no meio da noite. Os problemas de insônia causam um desgaste extra, pois o cansaço de uma noite mal dormida afeta o nosso desempenho durante o dia.

– Problemas arteriais e cardíacos: a tensão e a fadiga mental prolongada estão relacionadas a doenças graves, como a hipertensão e doenças coronárias; embora seus efeitos apareçam a longo prazo, são muito graves e é necessário diminuir o estresse.

– Problemas de peso: muitas vezes, o estresse nos induz a comer compulsivamente. O cérebro não consegue perceber os sinais que indicam que estamos satisfeitos. Por isso, o estresse está relacionado com problemas de peso e inclusive com a diabetes.

O que fazer para diminuir o estresse

Pessoa-meditando

Dependendo da situação que gera a tensão e da tendência para a ansiedade de cada pessoa, é muito difícil erradicar completamente o estresse. No entanto, existem algumas coisas que podemos fazer para reduzi-lo ao máximo.

– O esporte é um grande aliado contra o estresse. Praticar qualquer esporte libera as tensões e as energias acumuladas. O simples fato de caminhar duas ou três vezes por semana já faz uma grande diferença, embora outros tipos de esporte sejam mais eficazes.

– A dieta é outro aspecto importante a considerar quando se trata do estresse. Uma dieta saudável e equilibrada, especialmente rica em ácidos graxos como o ômega 3, (encontrado nos peixes), ajuda a reduzir o estresse. Um corpo bem nutrido é um corpo saudável.

– A prática de atividades relaxantes como a Mindfulness, a ioga, a meditação ou técnicas de relaxamento é muito benéfica para reduzir o estresse. Às vezes, encontrar um tempo para si mesmo faz toda a diferença. Dar um mergulho, caminhar, meditar…

– Ficar próximo aos entes queridos e pessoas que nos dão um apoio psicológico nos momentos difíceis ou que geram ansiedade é um dos aspectos essenciais para gerir o estresse.

Depois de uma tarde agradável com um amigo ou familiar, onde nos sentimos acolhidos, os níveis de estresse diminuem consideravelmente. Além disso, está provado cientificamente que o contato físico e as demonstrações de afeto melhoram a saúde das pessoas que sofrem de ansiedade ou depressão.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Almagiá, E. B. (2004). Apoyo social, estrés y salud. Psicología y salud14(2), 237-243.
  • Barra, E., Cerna, R., Kramm, D., & Véliz, V. (2006). Problemas de salud, estrés, afrontamiento, depresión y apoyo social en adolescentes. Terapia psicológica24(1), 55-61.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.